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Mulheres Jovens Cientistas: projeto explora a produção de pão de queijo com viés tradicional

Estudantes pesquisam o polvilho do Cará e o queijo de manteiga tradicional do seridó

Publicada por Habyner Lima em 22/03/2024 Atualizada há 1 mês

O pão de queijo pode não ser um prato típico do Rio Grande do Norte, mas boa parte dos potiguares já provaram, em algum momento, dessa gastronomia. No Campus Currais Novos do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), um grupo de jovens cientistas vêm desenvolvendo uma pesquisa acerca dessa iguaria. O projeto é composto pelas estudantes Fernanda Livia, Taize Cruz, Alyssa Suyane e Ruama Garcia, todas alunas do curso superior de Tecnologia em Alimentos, a ação é supervisionada pela professora Ítala Viviane e é oriunda da ideia da produtora de queijo Alane Fernandes, da Queijaria D. Gertrudes.

De acordo com a professora, a ação tem como objetivo unir o pão de queijo a duas potenciais Indicações Geográficas (IG) em processo de desenvolvimento, as quais possuem importância singular para seus estados: o polvilho do Cará, de Goiás, e o queijo de manteiga tradicional da região do Seridó, no Rio Grande do Norte, com 30 dias de maturação. “A junção desses dois ingredientes resulta em um produto diferenciado do pão de queijo tradicional, podendo ser denominado de pão de queijo manteiga, cuja importante contribuição fará dos produtores de queijo de manteiga integrantes da associação Amaqueijo Seridó e produtores do polvilho do cará da cooperativa Cooperabs, os pioneiros na venda desse produto com referências de futuras indicações geográficas”, explicou Ítala.

pão de queijo com viés tradicional 1

“A concepção de um pão de queijo de manteiga não apenas introduzirá um novo produto no mercado, mas também vai incorporar características únicas, relacionadas à origem geográfica das suas principais matérias-primas. Além disso, será enriquecido com um sabor autenticamente nordestino”, disse a estudante Taize Cruz.

Transformações e Perspectivas

“Participar de iniciativas como essa agrega à nossa vida acadêmica em pontos cruciais para nosso desenvolvimento acadêmico e humano, ampliando nossas habilidades de análise crítica, pensamento criativo e contribuindo para nosso conhecimento em uma determinada área, o que ajuda a avançar o campo acadêmico”, contou a estudante Fernanda Livia.

“É sobre ser uma inspiração para outras mulheres, entrar na área da pesquisa ou em qualquer outra área que elas queiram estar, é servir de inspiração para outras mulheres, para que elas vejam que conseguem sim alcançar o pedestal que quiserem, seja entrando na área da pesquisa ou em qualquer outra área que elas queiram estar. É incentivar outros jovens cientistas a explorarem esse âmbito da ciência e pesquisa”, enfatizou Alyssa Suyane.

Poder participar da produção do pão de queijo, estimulando a criatividade e aplicando os conhecimentos adquiridos em sala de aula, é o que Ruama Garcia relata: "Isso desperta em nós a importância da interdisciplinaridade, já que essa prática requer do técnico o conhecimento de diversas disciplinas do curso, como Tecnologia de Alimentos, Análise de Alimentos, Gestão Organizacional, Embalagens, Legislação de Alimentos e Análise Sensorial".

Edital Mulheres Jovens Cientistas

Nos últimos dois anos, a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propi) do IFRN tem impulsionado o incentivo à participação de mulheres e meninas discentes na produção científica institucional, por meio de editais específicos, como o Edital 28/2023.

Palavras-chave:
Mulheres jovens cientistas
produção científica

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