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IFRN tem três projetos aprovados em Chamada Universal do CNPq

Financiamento público apoia projetos que impulsionam o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação

Publicada por Max Praxedes em 06/12/2023 Atualizada há 4 meses, 3 semanas

Três projetos de pesquisa do Instituto Federal do Rio Grande do Norte foram aprovados na Chamada Pública Universal nº10/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CNPq/MCTI). O resultado final da avaliação foi divulgado no site do CNPq.

A Chamada Pública teve como objetivo apoiar projetos de pesquisa que contribuem para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovação do país em todas as áreas do conhecimento. As propostas de pesquisa foram divididas em Faixa A, para grupos emergentes com pelo menos três doutores, com financiamento de até R$ 165 mil; e Faixa B, para grupos consolidados com no mínimo cinco doutores, e projetos limitados a R$ 275 mil.

Os grupos do IFRN tiveram aprovação de três projetos, sendo dois na Faixa A e um na Faixa B. Os projetos de pesquisa aprovados podem receber, no total, financiamento de até R$ 244 mil, aproximadamente.

Projetos aprovados

Faixa Coordenador Total aprovado
A Arthur Salgado de Medeiros R$ 68.620,00
B Dante Henrique Moura R$ 160.000,00
A José Mateus do Nascimento R$ 15.600,00

CNPq - Projetos aprovados em Chamada Universal (2023)

Veículo Elétrico Movido a Energia Solar Fotovoltaica Adaptado para Mobilidade de Cadeirantes

Através da análise do contexto das cidades brasileiras, é possível notar a falta de infraestrutura para mobilidade de cadeirantes. Em praias e outros terrenos arenosos, por exemplo, as limitações são ainda maiores, pois as cadeiras tradicionais atolam facilmente, impedindo a acessibilidade do cadeirante. A inclusão das pessoas com deficiência nesse espaço é de extrema importância para reduzir desigualdades. Com base nessas premissas, a pesquisa proposta tem o intuito de projetar e construir um meio de locomoção que possa dar autonomia e independência a pessoas usuárias de cadeiras de rodas. O veículo construído será elétrico e utilizará de energia solar fotovoltaica para movimentar seus motores. A estrutura do veículo deverá ser adaptada para que um cadeirante possa acessar o veículo com sua cadeira de rodas e controlá-lo de forma independente.

"Esse projeto é continuidade do Projeto Crab, que foi iniciado em 2014 juntamente com o professor João Teixeira e que culminou com a obtenção de uma patente de invenção juntamente ao Inpi em 2017. Nosso objetivo nessa nova etapa é incrementar o nível de maturidade do projeto e construir um veículo funcional para ser utilizado em ambiente operacional na busca por parcerias com indústrias para o desenvolvimento da tecnologia. Nessa chamada foram submetidos mais de 10 mil projetos e aprovados algo em torno de 20% desse total, então ficamos muito felizes com a aprovação. Confirma a importância do projeto na busca pela igualdade de acesso das pessoas aos espaços públicos e do desenvolvimento tecnológico sustentável, e dá uma indicação de que estamos no caminho certo", disse o professor Arthur Salgado, que também é coordenador de Pesquisa e Inovação do Campus Natal-Zona Norte.

A reforma do ensino médio (Lei nº 13.415/2017): implicações para as redes estaduais e institutos federais da região Nordeste

O objetivo do projeto é identificar, descrever e analisar as ações realizadas nos sistemas de educação do Nordeste e nos Institutos Federais da região em decorrência da reforma do ensino médio. Apesar de ter sido aprovado na Chamada, o projeto vem sendo desenvolvido desde 2018. Até o momento, foram concluídas cinco dissertações de mestrado; estão em andamento duas dissertações de mestrado e sete teses de doutorado. Além disso, foram publicados onze artigos em periódicos com classificação Qualis A da Capes e seis capítulos de livros.

De acordo com o professor Dante Moura, o financiamento possibilitará que o Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP) e o Núcleo de Pesquisa em Educação (Nuped) continuem, por meio da captação de recursos junto aos órgãos de fomento à pesquisa, o processo histórico de desenvolvimento de suas ações, cujo cerne principal é produzir conhecimentos que possam contribuir para materializar a concepção de formação humana integral em nível local, regional e nacional, sem demandar orçamento institucional: "Os recursos captados historicamente contribuíram e seguirão contribuindo para aperfeiçoar a infraestrutura da Diretoria Acadêmica de Ciências do Campus Natal-Central. Nesse caso, por meio de ampliação do acervo da Biblioteca Setorial Walfredo Brasil (BSWB), da melhoria das instalações das salas de aula vinculadas ao PPGEP, assim como aquisição de novos equipamentos, incluindo computadores, todos esses, ao mesmo tempo, fundamentais para o desenvolvimento de uma pesquisa em rede de pesquisadores/as do PPGEP e dos outros estados do Nordeste", disse.

Práticas pedagógicas na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional (EJA-EPT) e a permanência e êxito dos estudantes

O projeto de pesquisa será realizado no Núcleo de Pesquisa em Educação (Nuped) do IFRN, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP), na linha de pesquisa "Educação de Jovens e Adultos". O objetivo é estudar as práticas pedagógicas na Educação de Jovens e Adultos em relação à Educação Profissional (EJA-EPT) e sua influência na permanência e sucesso dos estudantes. Será uma pesquisa qualitativa exploratória de campo, utilizando entrevistas e/ou questionários, com a técnica da Análise Textual Discursiva. Os dados serão analisados com base na perspectiva da formação humana omnilateral, fundamentada nos pensamentos de Gramsci, Freire, Frigotto, M. Machado, L. Machado, Moura e Araujo.

"O financiamento é determinante para viabilizar a pesquisa, pois será necessário realizar viagens para visitar os campi que oferecem cursos EJA-EPT, realizar observação participante e entrevistas com professores e estudantes, adquirir material de expediente e equipamentos para o Núcleo de Pesquisa, além de investir em meios de divulgação dos resultados da investigação", explicou o professor José Mateus, do Campus Natal-Central.

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