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Internacionalização

IFRN 115 anos: internacionalização e conexões globais na construção da história

Revisitando os avanços e desafios da Internacionalização do IFRN ao longo dos últimos quatro anos

Publicada por Renan Gabriel em 31/01/2025 Atualizada em 31 de Janeiro de 2025 às 11:00

Como parte de uma série especial organizada pela Coordenação Geral de Jornalismo e Imprensa da Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional (Dici) do IFRN, esta reportagem aborda as principais marcas deixadas pela Diretoria de Internacionalização (Dint) em termos de conquistas e desafios nos últimos quatro anos.

Diretoria de Internacionalização

A Dint é o setor responsável por promover e fortalecer a internacionalização da instituição. Atuando em conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), a Diretoria busca estabelecer e acompanhar convênios com instituições estrangeiras, facilitando a cooperação técnica, científica e cultural. Suas principais funções incluem a articulação de parcerias para intercâmbios acadêmicos, o assessoramento na comunicação com entidades internacionais, o apoio a alunos estrangeiros no IFRN e a divulgação de oportunidades de mobilidade estudantil. Além disso, a assessoria desempenha um papel fundamental na formulação de acordos internacionais que ampliam a presença global do IFRN, consolidando sua atuação no cenário educacional e científico internacional.

A seguir, confira a entrevista com Samuel Lima, diretor da Dint, que compartilha os avanços alcançados pelo setor entre 2021 e 2024, os desafios enfrentados na gestão, as contribuições para as metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os projetos de destaque em 2024 e as perspectivas para o futuro, ressaltando o papel da internacionalização no impacto acadêmico e social do Instituto ao completar 115 anos de história.

Samuel Lima, diretor de Internacionalização do IFRN
Samuel Lima, diretor de Internacionalização do IFRN

Ao olhar para os últimos quatro anos (2021-2024), quais conquistas você destacaria como mais importantes na sua área e como elas impactaram a comunidade acadêmica e externa?
"Quando assumimos a gestão, o IFRN não possuía parcerias com a América Latina e com a África, e uma das nossas metas era estabelecer essa conexão. Nos últimos quatro anos, fortalecemos vínculos na Europa, ampliamos acordos com Portugal e Espanha e firmamos parcerias com Argentina, Equador, Uruguai, Chile, África do Sul e Moçambique. Isso possibilitou a criação de um programa de mobilidade internacional estudantil, com editais que cobrem 100% dos custos dos estudantes do IFRN, permitindo que eles tenham essa experiência no exterior. Além disso, também passamos a receber estudantes internacionais para intercâmbios intensivos de duas semanas, promovendo a aprendizagem do português brasileiro e a troca de conhecimentos nos eixos tecnológicos dos campi."

Quais foram os maiores desafios enfrentados pela sua área nesse período e como eles foram resolvidos, especialmente no contexto da gestão institucional?
"O maior desafio tem sido garantir recursos para custear a mobilidade internacional dos estudantes, já que a maioria deles vem de famílias de baixa renda e precisa de apoio financeiro integral. Como solução, além do orçamento institucional, buscamos emendas parlamentares voltadas para a assistência estudantil e utilizamos recursos da Diretoria de Assuntos Estudantis. Essa estratégia permitiu que os intercâmbios fossem realizados sem que os estudantes precisassem arcar com custos, garantindo que a experiência fosse acessível para todos."

De que maneira sua área contribuiu diretamente para atingir as metas e prioridades estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)?
"A internacionalização está prevista no PDI e no projeto estratégico 'IFRN Internacional', que tem como meta viabilizar o envio e recebimento de estudantes. Para alcançar esse objetivo, adotamos a estratégia dos intercâmbios de curta duração, permitindo que um maior número de alunos participe, sem comprometer o orçamento. Além disso, mantivemos a modalidade de um semestre acadêmico no exterior para estudantes do ensino superior, o que permitiu que o IFRN cumprisse suas metas de internacionalização e ampliasse as oportunidades para a comunidade acadêmica."

Em 2024, quais projetos ou ações desenvolvidas por sua área você considera mais marcantes para fortalecer o papel do IFRN na educação e na sociedade?
"Em 2024, ampliamos a mobilidade internacional para estudantes do Ensino Médio Integrado, algo antes restrito ao ensino superior. Após um projeto-piloto em 2023, realizamos intercâmbios exclusivos para esse público, enviando alunos para a Colômbia e o Equador. Esse modelo de mobilidade para a educação básica é raro no Brasil, onde a maioria dos programas se concentra no ensino superior. A iniciativa foi reconhecida como experiência exitosa pela Reditac e fortalece o compromisso do IFRN com a inclusão e a ampliação de oportunidades para seus estudantes."

Pensando no futuro, que aprendizados, perspectivas ou sugestões você considera importantes para o próximo ciclo de gestão do IFRN?
"O grande desafio dos próximos anos será fortalecer a cultura da internacionalização nos campi, garantindo que mais estudantes e servidores tenham acesso às oportunidades disponíveis. Embora divulguemos amplamente os programas, precisamos garantir que essa informação chegue efetivamente à comunidade acadêmica. Para isso, planejamos aproximar ainda mais os campi, capacitar servidores da área de relações internacionais e oficializar o Comitê de Internacionalização, que deixará de ser um alinhamento informal e passará a ser uma atividade institucional prevista no regimento do IFRN."

Ao chegar aos 115 anos, o IFRN é uma instituição de referência dentro e fora do Rio Grande do Norte. Para sua pasta, qual legado destacaria como o mais relevante, acadêmica e socialmente, do Instituto para a sociedade?
"Acreditamos que, ao transformar pessoas, transformamos a sociedade. O maior legado da internacionalização no IFRN foi possibilitar que estudantes de todos os 22 campi, incluindo aqueles de comunidades rurais, tivessem a oportunidade de realizar intercâmbios internacionais. Em diversas cidades pequenas, os alunos que viajaram se tornaram referência, aparecendo em jornais locais e servindo de inspiração para outros jovens. Isso demonstra que a internacionalização não apenas enriquece a formação dos estudantes, mas também impacta suas comunidades e fortalece o papel do IFRN como instituição de transformação social."

Equipe da Dint
Equipe da Dint

Palavras-chave:
IFRN Internacionalização 115 anos Dint

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