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PREMIAÇÃO

Alunos do Campus Zona Norte conquistam prêmios em mostra nacional de ciência e tecnologia

Premiações garantiram credenciamentos em eventos internacionais

Publicada em 25/05/2016 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Um total de 9 medalhas foram conquistadas pela comitiva

Uma comitiva de oito alunos conquistou vários bons resultados na Expo MILSET Brasil 2016. A cerimônia de premiação foi realizada na noite da última sexta-feira (20), na Fábrica de Negócios do Hotel Praia Centro, em Fortaleza, Ceará. 

Multipremiados, os estudantes Rodrigo Machado e Victor Nascimento ficaram com o primeiro lugar da categoria "Engenharias" e conquistaram dois credenciamentos para mostras internacionais em 2017: a MILSET Expo-Sciences Internacional, também em Fortaleza, e a MILSET Vostok, em Moscou, Rússia. 

"Esse resultado foi muito importante para dar continuidade ao nosso projeto. Sem dúvida, foi uma experiência única na nossa vida, uma espécie de impulso para sonharmos mais alto", contou Victor. O jovem revelou também o sentimento de ver sua equipe ser premiada três vezes na mesma noite. "A emoção é tanta que a ficha ainda não caiu. Quando eu acordo sempre me pergunto se estou sonhando".

A dupla criou um dispositivo para ajudar deficientes visuais a utilizarem o transporte coletivo com mais independência. A intenção dos jovens é colocar um transmissor em cada ônibus, que vai enviar dados como linha e destino, informações que serão recebidas por um receptor para, logo em seguida, serem repassadas ao usuário através de um dispositivo sonoro, que vai-lhe informar quando o veículo estiver se aproximando.

Para o professor Aílton Torres, orientador do projeto, o dispositivo tem tudo para sair do papel. "A ideia é fazer um teste de campo em uma linha e, se houver o financiamento com possibilidade de construção de um protótipo real, vamos usá-lo no transporte coletivo e depois expandi-lo", explicou.

 

Óculos a serviço da inclusão social de pessoas com deficiência visual

Jésua Duarte e Nicodemos Silva estrearam com "o pé direito" na Expo MILSET Brasil 2016. Em sua primeira participação em uma mostra dessa natureza, a dupla obteve o terceiro lugar da categoria "Engenharias" e credenciamento para a Youth Science Meeting, que acontece em julho deste ano em Lisboa, Portugal. 

"Naquele momento [da premiação] percebemos que estávamos vivendo um dia que jamais seria esquecido", revelou Jésua. Feliz com o feito, a estudante fez questão de projetar os próximos passos do projeto: "o foco agora é dar o nosso melhor para representar bem o nosso país em Portugal".

O grupo criou o Projeto Mirar, que propõe a utilização de um tipo de óculos que, por meio de circuitos eletrônicos, é capaz de monitorar à distância obstáculos próximos a parte superior do corpo do usuário. proporcionando melhoria na acessibilidade, segurança e independência a pessoas com deficiência visual.

"Os óculos têm a função de orientar essas pessoas quando se aproximarem de quaisquer obstáculos, através de bips emitidos por sensores de distância ultrassônicos e transdutores piezoelétricos, sugerindo a possibilidade de utilizá-los junto com uma bengala, por exemplo, tornando, assim, o usuário menos vulnerável a acidentes, promovendo a sua inclusão social", explicou o professor Marcus Fernandes, orientador do trabalho. 

 

Biofilme comestível que aumenta a vida útil de frutas e hortaliças

O trio Ana Letícia Bezerra, Blenda Medeiros e Paulla França voltou da capital cearense com o quarto lugar da categoria "Ciências Exatas e da Terra" e, assim como Victor e Rodrigo, também com o credenciamento para a MILSET Expo-Sciences Internacional na bagagem.

Para resolver a problemática do desperdício de frutas e hortaliças, as alunas criaram um biofilme comestível que, ao ser envolvido em alimentos como acerolas, cajás, pimentões, morangos, tomates e uvas, reduz as taxas de degradação das frutas e hortaliças, apresentando uma alternativa natural e viável para a obtenção de um maior tempo de conservação dos alimentos.

"Vamos aproveitar o tempo disponível até o próximo evento para aperfeiçoar o trabalho, inclusive, realizar mais testes de caracterização e tentar estender a cobertura do biofilme a mais frutas e hortaliças", projetou Ana Letícia. O trabalho é orientado pelo professor Roberto Lima.

 

Pó da casca do coco verde no abrandamento da água salobra

Roberto também orientou o trabalho de Magno Nascimento, que ficou com segundo lugar da categoria "Química" e o credenciamento para o Foro Internacional de Ciéncia e Ingenieria, que será realizado em agosto de 2017 na cidade de Santiago, Chile.

O estudante realizou estudos e ensaios para verificar a eficiência do pó da casca do coco verde no abrandamento da água dura (salobra). "O projeto visa à descontaminação de forma natural e eficiente desse tipo de água, visto que é uma forma consciente de reaproveitar os resíduos da casca de coco verde, que vem gerando cerca de 800 mil toneladas anuais de lixo", explicou o orientador.

 

Palavras-chave:
extensao

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