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DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

Lançado Comitê local para o Plebiscito Popular da Reforma Política no Brasil

Campus Natal Central será ponto de votação de 1 a 7 de setembro

Publicada em 31/07/2014 Atualizada há 12 meses

Presentes no lançamento alguns dos natalenses que participaram das manifestações sociais de 2013. Foto: Cláudio Moura

Com a presença de alunos, servidores, docentes e membros da gestão do Campus Natal Central do IFRN, foi lançado nesta quinta-feira (31/07), no miniauditório central, o comitê local de mobilização para o Plebiscito Popular que irá acontecer de 1 a 7 de setembro, em todo o país, e que propõe a eleição de uma Constituinte Exclusiva e Soberana visando à Reforma do Sistema Político Brasileiro.

O estudante Daniel Chacon, secretário Estadual para o plebiscito, explicou que a iniciativa é originária de mais de 80 movimentos sociais, como o dos Sem Terra (MST), de partidos políticos, organizações, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversas instituições, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)."A ideia do plebiscito é incorporar a discussão da reforma política e da Constituinte tanto nos debates das próximas eleições como também sabemos que existem candidatos a favor dessa demanda que vão levar o debate para dentro do Congresso Nacional". Uma opinião que também é compartilhada pelo professor Eduardo Janser: "O plebiscito é um instrumento pra politizar a própria eleição, pra qualificar o debate eleitoral".

segundo Daniel Chacon, a construção do plebiscito popular é um legado das manifestações sociais ocorridas em junho de 2013, no país, em defesa de melhorias na educação, saúde, segurança e transporte público. De acordo com Chacon, os jovens representavam em torno de 70% dos participantes daquelas mobilizações e deste percentual cerca de 80% foram às ruas pela primeira vez. "Com esse plebiscito, queremos mostrar que o exercício democrático é muito mais do que ser convidado, de 2 em 2 anos, para depositar o voto numa urna". A meta dos comitês organizadores é atingir ao menos 10 milhões de votos.

Dentre as principais bandeiras de luta propostas para o trabalho da Constituinte, no tocante à reforma política, estariam a abolição de qualquer forma de financiamento privado para campanhas políticas e a criação de sub-representações na composição das instâncias legislativas, a fim de contemplar as demandas políticas das mulheres, dos negros, da juventude, etc.

A estudante do Campus Central, Renata Sapucaí, esclareceu que, para que os votos sejam válidos, o votante precisa ter mais de 16 anos e possuir título eleitoral, mas que os adolescentes com menos de 16 anos também poderão participar da consulta, embora seus votos não possam ser contabilizados.

A diretora de ensino, Tânia Costa, disse que é preciso “pensar formas criativas de fazer o movimento crescer e ganhar mais visibilidade, além de envolver os professores de História, Sociologia, de Arte, para levar a discussão à sala de aula”.

Na visão da tecnóloga em Gestão Pública, Maria Gerlane da Silva, secretária do SINASEFE/Natal, a iniciativa que está sendo gestada "impulsiona todos a acreditar na participação popular e possibilita questionar as políticas que não favorecem a população".

SAIBA MAIS:

Página do Plebiscito pela Constituinte

Contatos do Comitê do CNAT/IFRN:
João Ricardo - aluno de Informática (9999-9933)
Renata Sapucaí - aluna de Edificações (renata.s0@hotmail.com / 9699-1649 - 9930-1364)

Palavras-chave:
extensao

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