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Projeto IGNITE incentiva a participação de mulheres nos esportes eletrônicos

Alunas que participam do projeto falam sobre importância da presença feminina no cenário

Publicada em 30/06/2022 Atualizada há 2 semanas

Nadia Santos e Erica Freire são alunas do Integrado no Campus João Câmara e participam do Projeto IGNITE

por Ibnny Afonso

O cenário dos jogos eletrônicos historicamente sempre foi de maioria masculina, mas isso vem mudando ao longo dos últimos anos, principalmente em relação ao jogos mobile (disponíveis em smartphones). De acordo com a Pesquisa Game Brasil 2022, as mulheres que jogam em dispositivos móveis já correspondem a mais de 60% do público que utiliza o celular como principal meio para jogar. A mesma pesquisa revela, ainda, que a participação feminina nos jogos eletrônicos corresponde a 36,1% nos consoles tradicionais e 41,1% no computador.

Atentos a essa mudança no perfil dos jogadores, empresas como a Riot Games vêm incentivando cada vez mais a participação de mulheres no cenário, seja como narradoras, streamers ou jogadoras profissionais. Neste sentido, o Projeto IGNITE também vem estimulando a participação de alunas do Campus João Câmara no cenário competitivo dos jogos eletrônicos. 

Nadia Santos, aluna do curso Técnico em Informática, e Erica Freire, do curso Técnico em Administração, contam que foram muito bem acolhidas pelos participantes do Projeto e mudaram um pouco a visão que tinham sobre o comportamento dos jogadores. "Eu sou jogadora de Wild Rift [versão mobile do League of Legends] e estou transicionando agora para o PC e eles foram muito compreensivos e calorosos comigo, sempre buscado ajudar, principalmente em relação à comunicação durante o jogo", relatou Nadia. "Participar do IGNITE quebrou o estereótipo que eu tinha de que todo jogador de LOL é rude com mulheres. Aqui somos muito respeitadas", afirmou Erica. De acordo com Yuri Bittencourt, coordenador do Projeto, a criação de uma comunidade inclusiva e respeitosa é um dos objetivos do IGNITE. 

Sobre a participação feminina nos esportes eletrônicos, Nadia e Erica comentam que iniciativas como o Projeto IGNITE são importantes para incentivar outras mulheres a ocupar espaços majoritariamente masculinos e revelar talentos. "O preconceito contra a participação feminina é bem enraizado em alguns esportes, então ter mais representação no cenário dos jogos eletrônicos serve de incentivo para que outras mulheres também possam mostrar seu talento nessa área", afirmou Nadia. "Não é seu gênero que define como vai ser seu desempenho em um jogo digital ou físico. Com dedicação e esforço qualquer um pode chegar onde quiser", enfatizou Erica.

Segundo o coordenador do IGNITE, há o desejo de montar uma equipe exclusivamente feminina de LOL para participar de competições dentro e fora do IFRN e incentiva que mais alunas do Campus procurem o Projeto. "Mesmo que você ainda não saiba jogar direito, participe do Projeto porque a gente aprende muitas coisas além do jogo, como cooperar com os colegas, trabalhando em equipe, e ter raciocínio rápido para tomar decisões", relatou Nadia, convidando outras estudantes a participar do IGNITE. As reuniões do projeto acontecem às terças e quintas, sempre no contraturno das aulas, pela manhã das 7h30 às 9h, e à tarde das 13h30 às 15h.

Para mais informações, acesse a página do IGNITE no Instagram: @projetoignite

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