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Mesas-redondas

Discussões e homenagens integram conteúdos em debate na primeira rodada de mesas-redondas da Reditec

Mulheres Mil, Sustentabilidade, o Mundo do Trabalho, Internacionalização e Matriz Orçamentária foram os temas em exposição

Publicada por Cleyton Nascimento em 08/11/2023 Atualizada há 1 ano

Caracterizadas como conversa ou troca de ideias entre os convidados presentes sobre um determinado tema específico cujo objetivo é ampliar conhecimentos científicos, discutir conceitos, criar novos direcionamentos ideias, através da livre expressão de opinião e com a presença de mediação, as mesas-redondas têm grande espaço e relevância na programação da Reditec.

Na terça-feira, por exemplo, houve cinco delas:

Mulheres Mil: uma experiência exitosa entre Brasil e Canadá

Mediação — Patrícia Barcelos, da Setec/MEC.

Mesa de debate — Marie‑Josée Fortin, do Colleges and Institutes, do Canadá, e Sérgio França, do IFRN

A institucionalização da sustentabilidade na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica

Mediação – Juliana Souza de Andrade, do FDI

Mesa de debate — Ângela Maria Andrade Marinho, do IF Farroupilha, Antônia Silva, do IFRN, e Aline Guimarães Monteiro Trigo, do Cefet/RJ.

Institutos Federais e Mundo do trabalho: uma relação possível e necessária

Mediação – Samira Delgado, pró-reitora de Extensão do IFRN
Mesa de debate — Thiago Loureiro, professor do IFRN, Carlos Amaral, pró-reitor de Extensão do IFMA, e Victor Varela, professor do IFPA.

Internacionalização e transversalidades na Rede Federal

Mediação – Samuel de Carvalho Lima (assessor de Relações Internacionais do IFRN)

Mesa de debate — Rosana Santos, reitora do Ifac, Francisco Sobral, coordenador do projeto Caminhos do Algodão, do Centro de Inovação do Algodão de Moçambique, e Luciano Perilo, assessor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional do IFG.

Matriz Orçamentária para a Rede Federal

Mediação – Antônia Silva, pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional do IFRN

Mesa de debate — Luciana Massukado, professora do IFB, Tatiana Veber, pró-reitora de Administração do IFRS, e Jéssica Cristina Pereira Santos, diretora substituta de Desenvolvimento da Rede Federal

Discussões

Um momento de homenagem marcou a abertura da mesa “Mulheres Mil: uma experiência exitosa entre Brasil e Canadá”, 1ª da série de cinco mesas-redondas realizadas na terça-feira, segundo dia da Reditec. Sérgio França, professor e ex-diretor do Campus Natal-Central, recebeu pelas mãos do secretário da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Getúlio Marques, a medalha Nilo Peçanha, honraria dedicada a ele em alusão ao trabalho desenvolvido em prol da educação profissional e tecnológica. Esse ano, a medalha foi concedida a pessoas como a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Após receber a medalha, Sérgio França compôs a mesa ao lado de mulheres que o ajudaram a implementar o programa Mulheres Mil, ainda em 2007. Dados apresentados por Patrícia Barcelos, da Setec, que mediou a mesa, apontam um êxito no programa: “Os resultados mostram que o Mulheres Mil tem um dos menores índices de evasão do país, com apenas 12%”, disse. Fechando a composição da mesa, Marie Josée Fortin, diretora do parcerias internacionais, do Colleges and Institutes Canadá (CiCan).

Mesas-redondas

Em sua fala, Marie Josée agradeceu a oportunidade de poder ver, através do brinde do evento, a efetivação da semente plantada pelo programa Mulheres Mil – o brinde ofertado pela Reditec 2023 foi confeccionado por um conjunto de mulheres que estão se unindo e abrindo uma associação. Além disso, a convidada fez um resgate histórico da implementação do programa, cooperação, resultados e impactos alcançados pela parceria construída entre o Brasil e o Canadá. Sérgio França, que era diretor do então Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet/RN) à época de implementação do projeto piloto do programa, falou sobre a essência do Mulheres Mil aplicado no mundo atual. O programa, desde sua nacionalização, em 2008, foi caminho para 113 mil mulheres pudessem se profissionalizar e sair de situações de risco e vulnerabilidade via institutos federais.

Em um segundo instante, ainda na manhã da terça-feira, foi realizada a mesa redonda "Institutos Federais e mundo de trabalho: uma relação possível e necessária", mediada pela pró-reitora de Extensão do IFRN, Samira Delgado, contou com a participação do pró-reitor de extensão do IFMA, Carlos Alexandre, e de Thiago Loureiro, professor do IFRN e coordenador no Campus Natal-Central, e Victor Varela, professor no IFPA.

Experiências exitosas

Carlos Alexandre falou sobre a importância de acompanhar a trajetória dos egressos dos institutos federais após a formação, apresentou um projeto desenvolvido pelo seu instituto, que utiliza dados oficiais do governo para analisar a empregabilidade, a remuneração, o raio de atuação e o impacto social da formação dos alunos da instituição. Entre as falas de participantes, o destaque foi a importância da articulação entre as ações institucionais como forma de estimular a empregabilidade de egressas e egressos e para contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país.

A internacionalização e transversalidades na Rede Federal foi tema discutido já na tarde da terça-feira, 7/11. Com mediação do assessor de Relações Internacionais do IFRN, Samuel Lima, participaram os debatedores Francisco Sobral, Rosana Santos e Luciano Perilo.

Sobral iniciou o debate destacando que este, após 15 anos de criação do Institutos, é o momento em que há maturidade suficiente para entender a necessidade da internacionalização. “A cara do Instituto Federal para o mundo faz a necessidade de entender a qualidade socialmente referenciada em diversos países”, disse. Já Rosana falou sobre os desafios da internacionalização dos IFs, como as barreiras culturais, diferentes legislações e a gestão de projetos de forma remota. Ela mencionou ainda os objetivos da política de expansão: desenvolvimento socioeconômico e fortalecimento das capacidades dos Institutos.

Mesas-redondas

Luciano Perilo encerrou a discussão com questionamentos sobre o que a Rede Federal prospecta e o que deixa aos institutos. “A internacionalização não é usada estrategicamente. Temos a construção de um modelo único e o mundo está voltando seus olhos mais atentamente para o ensino técnico. Além disso, Internacionalização é uma ação política”, ressaltou.

Outra das mesas-redondas da terça-feira foi mediada por Antônia Silva, pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional do IFRN. Com o tema “Matriz Orçamentária para a Rede Federal”, a atividade discutiu a Matriz Conif – ferramenta que o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) utiliza para que a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) faça a distribuição de recursos orçamentários entre as instituições pertencentes à Rede. Essa matriz leva em conta elementos como o tipo de curso, sua carga horária e fatores como eixo tecnológico de atuação e características do campus para a divisão dos recursos, provisionados na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Formada só por mulheres, a mesa ainda contou com Luciana Massukado, professora do IFB; Tatiana Veber, pró-reitora de Administração do IFRS; e, representando a diretoria de Desenvolvimento da Setec/MEC. Construída como uma roda de conversa, as integrantes da mesa responderam algumas perguntas iniciais, como:

  • Quem define os parâmetros de elaboração da matriz Conif e Como ela foi construída?;
  • A atual matriz ainda não foi aplicada em sua totalidade. Existe algum planejamento para que ela seja aplicada e/ou redefinida?
  • Baseado em que foi definido na matriz a quantidade mínima de carga horária a ser financiada nos cursos ofertados na Rede Federal?; e
  • Há uma perspectiva de prazo para aplicação dos critérios atualmente estabelecidos?

Realizada no Palco Pirangi da Reditec, a ação lotou o plenário, que contava com 260 lugares sentados.

Palavras-chave:
IFRN Setec Conif Reditec

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