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Transformação digital

IFRN passa a emitir diplomas de Graduação de forma digital

Assim como os certificados de Cursos Técnicos, FICs e de Pós-graduação, Instituto é o primeiro da Rede Federal de Educação a gerar documentos digitais

Publicada em 07/03/2022 Atualizada em 29 de Março de 2023 às 23:42

Primeiros diplomas digitais de Graduação do IFRN foram emitidos em fevereiro de 2022.
Primeiros diplomas digitais de Graduação do IFRN foram emitidos em fevereiro de 2022.

No último mês de fevereiro, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) deu início à emissão digital de diplomas de cursos superiores de Graduação. Isso torna o IFRN a primeira instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica a realizar a ação, que busca trazer mais rapidez, segurança e economia.

A ação, realizada pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen/IFRN), por meio da Diretoria de Administração Acadêmica (Diaac), e pela Diretoria de Gestão em Tecnologia da Informação (DIGTI), através da Coordenação de Sistemas da Informação (Cosinf), ocorre em conformidade com normativas e portarias do Ministério da Educação (MEC).

Diploma digital de graduação

Um dos primeiros diplomas digitais de curso superior em nível de Graduação do IFRN é de Paula Cristina Carvalho da Costa, de 33 anos, que concluiu a Tecnologia em Gestão Ambiental, na modalidade Ensino a Distância (EaD), pelo Campus Natal – Zona Leste. Ao saber que seria um dos primeiros estudantes do Instituto a receber o documento de forma digital, Paula Cristina comemorou: “Em virtude do momento que nos cerca, tudo sendo integrado ao sistema EaD e ao ensino remoto, é uma honra fazer parte desta instituição. [É uma ação] plausível, inclusiva e, sem dúvida, extremamente necessária”.

Mais agilidade, segurança e economia

O pró-reitor de Ensino do IFRN, professor Dante Henrique Moura, celebra o avanço: “é uma questão extremamente importante para a instituição, um avanço muito grande. Representa uma maior agilidade para que as pessoas que concluem seus cursos possam ter seus certificados e diplomas, de todos os níveis na instituição, desde os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) até o Doutorado”.

A expedição virtual de certificados e diplomas permite a desburocratização do processo de emissão dos documentos, trazendo benefícios para o IFRN e seus estudantes. Além de possuir a mesma validade jurídica do documento físico, a emissão digital evita fraudes, dando segurança ao processo de geração dos documentos.

Conforme o pró-reitor de Ensino do IFRN, “a partir de agora, haverá uma grande economia”. O professor Dante conta que “os custos envolvidos no processo de impressão e de assinatura de diplomas são muito elevados. Por exemplo, no Campus Pau dos Ferros, em termos de tempo, os diplomas [físicos] irão se acumular, portanto, o tempo de entrega é elevado. A impressão é feita em um papel especial, que é caro; a tinta é especial, e também cara; necessita de combustível para o carro que irá da região a Natal para que o reitor assine e devolva”.

Dante ressalta que “no entanto, não há apenas o Campus Pau dos Ferros; a instituição tem 22 campi, e esse é o mesmo processo para todos”. O pró-reitor conclui dizendo que os custos envolvidos no processo de impressão dos documentos serão eliminados, e os recursos, agora, poderão ser destinados a ações de Ensino, de Pesquisa e de Extensão do IFRN.

Forma de emissão específica

O diretor da Diretoria de Administração Acadêmica (Diaac), Frederico Augusto, explica que, diferentemente da emissão de certificados de cursos de Formação Inicial e Continuada e diplomas de Pós-graduação e de Cursos Técnicos, a expedição de diplomas de Graduação é baseada em portarias e normativas específicas do Ministério da Educação (MEC). “Ela tem um conjunto de exigências e especificações que precisamos atender para poder emitir os diplomas”.

Frederico conta que “a ideia do MEC é um pouco diferente do que a gente vinha praticando aqui [com a emissão de certificados de cursos FICs e de diplomas de Pós-graduação e de Cursos Técnicos]. O PDF gerado é apenas uma representação visual, decorativo. O diploma e a documentação acadêmica são um conjunto de dados, armazenados em dois arquivos, em formato XML (sigla para Extensible Markup Language). Esses dados possuem informações do diploma e da formação acadêmica do aluno, sendo assinado digitalmente, garantindo integridade e autenticidade das informações.

O arquivo XML é um conjunto de dados usados para preencher tags e espaços destinados a informações pessoais e acadêmicas dos estudantes. É uma linguagem de marcação que define como o conteúdo será visualizado ou como as informações serão distribuídas. No Brasil, o recurso XML já é utilizado na emissão de notas fiscais.

“Geramos o documento de acordo com a especificação do MEC e enviamos para a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para poder assinar. O reitor, o diretor-geral do Campus e a própria instituição utilizam seu token (dispositivo eletrônico/sistema gerador de senhas) para assinar esses documentos”, detalhou Frederico Augusto. O diretor da Diaac acrescenta que a nova forma de emissão de diplomas de Graduação é construída no âmbito do IFRN e em seguida é enviada para assinatura externa ao Sistema Unificado de Administração Pública (Suap).

Digitalização no IFRN

Desde 2020, a equipe responsável pelo processo de modernização no setor acadêmico do IFRN vem trabalhando para melhorar o desempenho do Instituto, especialmente no que diz respeito ao atendimento aos estudantes, através da digitalização. Na lista de ações, constam o módulo de matrículas on-line, necessário durante a pandemia do novo coronavírus; a pasta documental dos estudantes; a emissão digital de atas de Trabalho de Conclusão de Curso; e a expedição digital de certificados e diplomas de cursos de FICs, do Programa Novos Caminhos; de Pós-graduação; de Nível Técnico; e, agora, de Graduação.

“Nós digitalizamos a entrada e a saída. Precisamos, agora, cuidar da jornada do estudante”

Para o diretor da Diretoria de Gestão em Tecnologia da Informação (DIGTI), André Gustavo, a conclusão do processo de emissão digital de certificados e diplomas de cursos do IFRN, nos variados níveis, é traz um “sentimento de dever cumprido, de estar gerando um ganho considerável para a instituição, em que o principal beneficiado é o estudante”.

“A gente trabalhou essa questão dos certificados, ou seja, da jornada final. O início já está digital, que é a matrícula cem por cento on-line. Nós digitalizamos a entrada e a saída. Precisamos, agora, cuidar da jornada [do estudante], garantindo que seu percurso dentro do Instituto Federal do Rio Grande do Norte também possa ser digital. Ou seja, que o aluno possa fazer um requerimento de uma nova prova de forma digital, de onde ele estiver, solicitar uma justificativa de falta, um aproveitamento de disciplinas; que ele possa requerer seus direitos administrativos e acadêmicos em formato digital, com uma burocracia menor possível, sendo atendido de forma automática, quando possível. Bastará que ele apenas clique em um botão”, declarou o diretor da DIGTI.

Segundo André Gustavo, o objetivo agora é oferecer mais recursos digitais no processo de Ensino e Aprendizagem, de Pesquisa e de Extensão aos estudantes do IFRN, “para que tenham uma jornada ainda mais alinhada às exigências e à expectativa do mundo moderno hoje”.

Palavras-chave:
ensino

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