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IFRN aprova projeto para mobilidade internacional

Iniciativa enviará estudantes da pós-graduação à Argentina

Publicada por Habyner Lima em 19/03/2024 Atualizada há 1 mês, 1 semana

No dia 04 de março, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), junto à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), divulgou o resultado final do Edital n.º 16/2023 – Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento.

O edital visa fomentar a mobilidade internacional de mulheres e/ou pessoas autodeclaradas pretas, pardas, indígenas ou pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu. A proposta foi aprovada em parceria com a Universidade de Buenos Aires (Uba), instituição conveniada ao IFRN por meio de acordo de cooperação.

População transgênero preta, parda e indígena na pós-graduação é tema do projeto

A proposta foi submetida por pesquisadores vinculados ao Observatório da Diversidade, grupo de pesquisa do IFRN. Coordenado pelo professor Avelino Aldo de Lima Neto, do Campus Canguaretama, com a participação das professoras Francinaide Nascimento, Campus João Câmara e Suély Souza, Campus Natal-Central. O projeto objetiva compreender como se dá o acesso da população trans negra e indígena aos programas de pós-graduação stricto sensu da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT). “Notamos a quase completa ausência de estudantes trans nos programas do IFRN ao longo dos últimos 10 anos e decidimos estudar as razões desse fenômeno em algumas instituições da RFEPCT”, explicou o coordenador da proposta.

A professora Suély afirmou já existirem bastantes estudos sobre a exclusão da população negra e indígena, mas não há dados substanciais que cruzem a variável étnico-racial com a variável da identidade de gênero. Sobre o projeto, a docente ainda acrescentou: “Pretendemos gerar uma proposta de política para inclusão de pessoas trans na rede, além de criar um memorial da diversidade”.

O IFRN é o único Instituto Federal contemplado

Dentre as 36 propostas aprovadas pelas instituições candidatas, a proposta do IFRN figura como a única proveniente de um Instituto Federal. Sobre a aprovação, comentou o reitor do IFRN, professor José Arnóbio: “Isso é fruto da qualidade dos nossos programas de pós-graduação, que mostram ainda mais, com esse projeto, seu impacto em demandas práticas da sociedade, especialmente das populações historicamente excluídas do acesso à educação”.

O projeto aprovado pelo IFRN concederá 3 bolsas de mestrado-sanduíche e 2 de doutorado-sanduíche a estudantes do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP), além do custeio de R$ 40.000,00 para o projeto e R$ 136.000,00 de fomento à mobilidade da equipe, que conta, além dos 3 docentes do IFRN, com a professora Anahí Guelman, da UBA. Os estudantes, que serão selecionados por meio de edital interno do PPGEP, também receberão auxílio instalação, auxílio saúde e passagens aéreas para se instalarem em Buenos Aires por um período de 6 a 10 meses.

Mestrado Sanduíche

É uma modalidade de estudo na qual o aluno passa uma parte de sua formação acadêmica em uma instituição de ensino fora do país, como uma camada extra de conhecimento e experiência em seu percurso acadêmico.

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Palavras-chave:
Argentina
Intercionalização
pós-graduação

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