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IFRN 115 anos: avanços e desafios da Diretoria de Gestão de Pessoas na última gestão

A Formação em Liderança Feminina foi um dos avanços da Diretoria em 2024

Publicada por Cecilia Melo em 03/02/2025 Atualizada em 14 de Fevereiro de 2025 às 08:20

Como parte de uma série especial promovida pela Coordenação Geral de Jornalismo e Imprensa da Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional (Dici) da instituição, esta reportagem revisita as principais conquistas e desafios da Diretoria de Gestão de Pessoas (DIGPE) ao longo dos últimos quatro anos.

Diretoria de Gestão de Pessoas

A DIGPE é um órgão sistêmico responsável por planejar, coordenar e executar as políticas de gestão de pessoas. Nos últimos anos, alguns avanços que marcaram o trabalho da diretoria foram a primeira formação em Liderança Feminina do IFRN, os Jogos Intercampi dos Servidores e o Concurso Público. Além disso, um desafio do último período foi a mudança do entendimento do que é a área de Gestão de Pessoas e sua importância dentro da instituição.

Confira abaixo a entrevista com a diretora de Gestão de Pessoas, Lorena Faustino, que fala sobre os avanços conquistados pela DIGPE entre 2022 e 2024, bem como os desafios, as contribuições para as metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os projetos mais relevantes de 2024 e as perspectivas para o futuro.

Lorena Faustino, diretora da Gestão de Pessoas
Lorena Faustino, diretora da Gestão de Pessoas

Ao olhar para os últimos quatro anos (2021-2024), quais conquistas você destacaria como mais importantes na sua área e como elas impactaram a comunidade acadêmica e externa?

“Nesses últimos quatro anos na Gestão de Pessoas a gente conseguiu, mais recentemente nos últimos dois, implantar algumas ações que buscam mostrar para a comunidade que a gestão de pessoas está para além dos processos burocráticos. Quando se fala em gestão de pessoas, se lembra muito de pagamento, de benefício para o servidor, férias, que são atividades muito importantes e necessárias, mas, além dessas, há outras ações que essa área desenvolve e que impactam diretamente no dia-a-dia de trabalho do servidor.

Assim, nesse viés eu acho que a gente conseguiu mostrar para o nosso quadro de servidores, para a nossa comunidade interna e também externa, existem outras áreas de atuação que são igualmente importantes. E com isso, trazer realmente as pessoas para o centro, porque às vezes estamos muito envolvidos com os processos, com a disseminação dos fluxos dos processos, mas a instituição é feita por pessoas e para pessoas, então elas têm que estar no centro de todas as ações, e da gestão de pessoas principalmente.”

Quais foram os maiores desafios enfrentados pela DIGPE nesse período e como foram resolvidos, especialmente no contexto da gestão institucional?

“No IFRN tivemos muitas questões relacionadas ao orçamento, contingenciamento, tivemos um período de muita insegurança do ponto de vista macropolítico, e que isso gerou um certo descontentamento, um impacto importante na motivação, na satisfação dos servidores, no sentido do trabalho mesmo, e isso foi bastante desafiador. E mais recentemente, como consequência desse contexto macro, vivenciamos um movimento de greve. Então, esse cenário tanto impactou o próprio trabalho, a organização do trabalho, em ações que estavam planejadas, que precisaram ser replanejadas, mas houve também um importante impacto nas relações de trabalho, a relações da instituição com as seções sindicais. Aqui prezamos muito pelo diálogo, pelos acordos, pela mediação, então, nesse ponto de vista, tivemos a oportunidade de fazer parte dessas discussões, de acompanhar, de apoiar os servidores dentro da sua participação do movimento, mas sempre buscando equilibrar a necessidade e o desejo do servidor de buscar a garantia dos seus direitos com a necessidade institucional. Eu acho que foi um grande desafio, mas que foi vencido. No final das contas, o movimento aconteceu, foi bastante forte, teve seus resultados e a instituição não parou; continuou dentro das possibilidades, realizando as suas entregas para a comunidade”.

De que maneira sua área contribuiu diretamente para atingir as metas e prioridades estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)?

“O principal objetivo estratégico da Gestão de Pessoas no PDI é aprimorar a eficiência dos serviços prestados pelos servidores. Então, acho que a área tem contribuído nessa perspectiva de colocar as pessoas no centro, mas sem esquecer que existem resultados que precisam ser alcançados. Por exemplo, acho que o programa de gestão e desempenho foi um grande ganho, promovendo essa reflexão e a implantação dessa nova modalidade de trabalho, que ao mesmo tempo permite ao servidor conciliar sua vida pessoal com a vida profissional, e à instituição também conhecer mais sobre as entregas que os servidores conseguem realizar”.

Em 2024, quais projetos ou ações desenvolvidas pela DIGPE você considera mais marcantes para fortalecer o papel do IFRN na educação e na sociedade?

“Eu gostaria de destacar a Formação em Liderança Feminina, porque eu acho que realmente foi um marco. A DIGPE não realizou sozinha; tivemos a parceria da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, da Pró-Reitoria de Ensino, por meio da Assessoria de gênero e diversidade, mas a DIGPE tomou a frente e eu acho que foi uma ação que foi bem destacada, não somente no IFRN, mas na Rede Federal como um todo, pois nunca tinha sido realizada em nenhum Instituto Federal. O próprio Concurso Público e a posse dos novos servidores, eu acho que foi bem importante também. Foi uma entrega que a gente tinha a necessidade para poder equalizar a nossa força de trabalho com o provimento desses cargos, então foram 66 novos servidores, um impacto importante para o nosso quadro. E também acho que a retomada do programa Aposentação, que é um queridinho, como costumamos dizer aqui, porque é um programa que nos lembra que a gente tem uma história; é olhar para esses servidores que hoje são aposentados, mas que tiveram a vida inteira aqui na instituição. Outro ponto importante foi a política de enfrentamento e prevenção aos assédios e demais violências no IFRN. Então, também é uma temática que é muito cara, muito importante e que a gente está trabalhando para implementar de fato uma política e um programa que coloque em prática essas ações de enfrentamento e prevenção. Foi uma ação bem importante agora em 2024”.

Pensando no futuro, que aprendizados, perspectivas ou sugestões você considera importantes para o próximo ciclo de gestão do IFRN?

“Eu acho que continuar essa perspectiva de colocar as pessoas em destaque sem esquecer os resultados, mas promover a possibilidade das pessoas refletirem sobre comportamentos, habilidades socioemocionais, para promover um ambiente de trabalho mais saudável, que favoreça o diálogo, a segurança psicológica, então acho que é isso que a gente tem buscado nas nossas ações. Assim, independente de qual seja a área, eu acho que é um aprendizado que a gente tem que levar. Outra coisa que eu acho que é bem importante é mostrar mais o que a gente tem feito. Eu acho que esse reforço de que a gestão de pessoas é fundamental, não é uma atividade apenas de pagamento, mas é um meio importante para que o ensino, a pesquisa, a extensão, a internacionalização aconteçam. Assim, a gestão de pessoas tem que fazer o seu trabalho da melhor forma possível e por isso também merece o reconhecimento”.

Ao chegar aos 115 anos, o IFRN é uma instituição de referência dentro e fora do Rio Grande do Norte. Para sua pasta, qual legado destacaria como o mais relevante, acadêmica e socialmente, do Instituto para a sociedade?

“Eu acho que a gente precisa sempre lembrar que existe uma história nessa instituição e existem pessoas que trabalharam muito para que essa instituição chegasse onde ela está hoje. Então, assim, por mais ferramentas, inovações, novas modalidades de trabalho que a gente tenha, a gente só chegou nesse ponto hoje porque tiveram pessoas que nos antecederam e que fizeram um trabalho. Trabalho para tornar o IFRN essa instituição de referência como é hoje, não somente no estado, mas no Brasil e em toda a Rede Federal. Então, eu acho que é isso que precisa ser lembrado”.

Foto: Acervo pessoal - Equipe da DIGPE em encontro da Gestão de pessoas
Foto: Acervo pessoal - Equipe da DIGPE em encontro da Gestão de pessoas

Palavras-chave:
DIGPE Gestão de pessoas Retrospectiva IFRN 115 anos

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