Ajudar na preservação do meio ambiente e utilizar os recursos que a natureza nos oferece no dia a dia não é difícil. Reaproveitar a água de esgoto, economizar energia e usar produtos orgânicos são medidas simples que podemos adotar. E para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, vale destacar uma obra, um projeto e uma iniciativa do Campus.

Estação de tratamento de efluentes (ETE)

Em funcionamento desde agosto de 2014, a ETE é uma unidade ou estrutura projetada para tratar o esgoto, na qual, através de processos químicos ou biológicos, o homem simula ou intensifica as condições de autodepuração que ocorrem na natureza, dentro de uma área delimitada, onde supervisiona e exerce algum controle sobre o processo de depuração, antes de tratar o esgoto tratado ao meio ambiente.

A estação, que já contribui para a preservação do meio-ambiente, também ajuda a poupar água e economizar recursos. "Hoje temos um reservatório com bastante água e uma casa de bomba, que serve para bombear a água (que antes ia toda para a fossa) para irrigar as plantas. Dá para economizar cerca de dez mil litros d’água por semana. E assim que for feito o replantio da grama no campo de futebol, vamos usar a água reaproveitada na estação também para irrigá-lo”, comentou o diretor acadêmico Agamenon Tavares.

Como funciona?

Um sistema de tratamento de efluentes é baseado na transformação dos poluentes dissolvidos e na suspensão em gases inertes e ou sólidos sedimentáveis para a separação das fases sólida e líquida.

"Após a passagem nas unidades de tratamento preliminar, onde os resíduos grosseiros são retidos, os esgotos chegam ao decantador primário contendo os sólidos em suspensão não grosseiros, na sua grande maioria matéria orgânica, que podem ser parcialmente removidos por sedimentação. Em seguida, os esgotos escoam lentamente pelo decantador primário, de modo que os sólidos sedimentem gradualmente no fundo. Essa massa de sólidos, chamada de lodo primário bruto, é retirada por tubulação, ou raspadores mecânicos, e bombas e encaminhada para tratamento específico", explicou o diretor-geral Valdemberg Pessoa.

Após todo o tratamento, o efluente pode ser usado para lavagem de ambientes externos ou rega de jardins, mas também passar por outro tratamento para ser reutilizado interna e interinamente, com fins não potáveis. "Isso é muito importante diante da escassez de água e gera uma economia de energia, pois inibe o uso de água do sistema de abastecimento e diminui o consumo de água de poço, fazendo com que o sistema de bombas trabalhe em um menor ritmo", complementou.

Melhor projeto na categoria Meio Ambiente

Os alunos do curso de Manutenção e Suporte em Informática Jackson Josino e Morgana Freitas conquistaram, na última sexta-feira (29), o primeiro lugar da categoria Meio-Ambiente na III Expo MILSET Brasil, realizada na Fábrica de Negócios do Hotel Praia Centro, em Fortaleza, no Ceará. 

Na ocasião, o grupo apresentou um projeto que consiste no "aproveitamento de água dos aparelhos condicionadores de ar para implementação de uma descarga automatizada". Segundo o professor Jefferson Pereira, orientador do projeto, as águas coletadas no processo serão armazenadas em um reservatório exclusivo para uso em descargas de mictórios. "O sistema detecta a presença do usuário e efetua a descarga após sua saída. Além disso, na falta de água no reservatório exclusivo, o sistema aciona o reservatório principal do prédio", explicou.

Graças à colocação de destaque, os jovens obtiveram também o credenciamento para o Encontro Juvenil de Ciências, que acontece em julho, na cidade de Faro, em Portugal.

Plantio de mudas

Graças a Sol, água, adubo e carinho com o meio ambiente, crescem 50 mudas de craibeira e ipê roxo e amarelo, plantadas há dois meses no viveiro do Campus por alunos e servidores, em uma ação parceira dos projetos "Campus Verde" (IFRN) e "Plante Enquanto é Tempo" (UFRN). Na oportunidade, o diretor-geral Valdemberg Pessoa e o professor universitário Robério Paulino também 'arregaçaram as mangas'.

"Instalar viveiros é muito importante não só no que diz respeito à arborização, mas principalmente na luta contra o processo de desertificação", revelou. Com cinco anos de existência, o projeto já é responsável pelo plantio de mais de 20 mil mudas em Natal e cidades circunvizinhas, comentou Robério, coordenador do projeto desenvolvido na UFRN.

Para a aluna Sara Alves, iniciativas como essas são fundamentais para a preservação do meio ambiente: "É de suma importância o desenvolvimento de atividades dessa natureza, tanto no âmbito escolar como em praças e nas nossas casas, por exemplo. Além disso, é, sem dúvida, uma forma de gratidão ao planeta por tudo que nos oferece e uma oportunidade para promover o conceito de consciência ambiental a fim de preservá-lo para as próximas gerações". 

A ação também foi destaque do IFRN em Pauta.

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