40 ANOS DE A HORA DA ESTRELA: OBRA E CINEMA EM ESTUDO
Concluido- Campus:
- PF
- Data inicial:
- 02/05/2017
- Data final:
- 02/02/2018
- Coordenação:
- Maria Eliane Souza da Silva maria.eliane@ifrn.edu.br
Segundo Ernani Terra, “ a leitura é prática social de construção de sentidos decorrentes de um processo interativo entre autor e leitor, mediado pelo texto” (2014, p. 07). Assim, por meio desse procedimento, estabelecemos a expectativa de uma “leitura literária” como prática social na qual os sujeitos interagem diante de um processo de trocas verbais. Por isso, o ensino de Língua Portuguesa e Literatura deve correlacionar as diversas instâncias textuais (de ordem literária ou não) para a realização dos efeitos e sentidos da língua em seus usos e funções. É por esse entendimento que a base de pesquisa “Linguagem e práticas sociais” na eventual comemoração dos 40 anos da obra de Clarice Lispector, “A hora da estrela”, oportuniza o projeto de pesquisa “40 anos de A hora da estrela: obra e cinema em estudo”. Nesse debate, o trabalho com o cinema e a literatura objetiva analisar, comparativamente, os universos artísticos, ideológicos e culturais ofertados nas obras literária e cinematográfica respectivamente: “A hora da estrela” de Clarice Lispector e a produção fílmica homônima de Suzana Amaral, (re)significando suas estéticas enquanto linguagens e valores sociais. Para isso, contamos com um arcabouço teórico de análise comparativa literária (ALBUQUERQUE JR., 2009; BAUMAN, 2004; BAKHTIN, 1981; BORDINI;AGUIAR, 1988; BRAIT, 2004; CANDIDO,1995, 2007, 2006; DOMINGUES, 2002; GIDDENS, 1991, 1993, 2002; GOTLIB, 1995; GUIDIN, 1998; HALL, 2006; MAINGUENEAU, 2006, 2001; NUNES, 1995) e de debate, uso e estudo sobre as técnicas tecnologias das produções da sétima arte (AMARAL, 1985; AVELLAR, 2007; STAM, 2003; TRUFFAUT, 2005; VANOYE, 2006; XAVIER, 1977, 1996). Metodologicamente, nossa investigação situa-se no paradigma de uma pesquisa qualitativa, crítica e descritiva. Desse modo, os dados resultantes da investigação irão despontar para a produção de conhecimentos relevantes não só na área de ensino de Lingua Portuguesa e Literatura, mas à toda comunidade acadêmica, especialmente, com vistas para um aspecto de formação humana e integral do corpo discente.