Comportamento Mecânico de Concreto com Adição de Fibras de PET
Concluido- Campus:
- SGA
- Data inicial:
- 02/05/2017
- Data final:
- 16/12/2017
- Coordenação:
- Julio Cesar Cavalcante Damasceno julio.damasceno@ifrn.edu.br
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo estudar o comportamento mecânico de Concretos Estruturais com adição de Fibras de Polietileno Tereftalato (PET), cabendo destacar que serão estudados concretos convencionais e de alta resistência. A adição de fibras de PET se justifica pela sua durabilidade, baixo custo e o fato de ser um polímero termoplástico, que viabiliza seu estudo em temperaturas elevadas. Além disso é de fácil obtenção devido a sua vasta utilização como recipiente de bebidas e outros líquidos. Sabe-se que a adição de fibras no concreto tem por finalidade melhorar, entre outras propriedades, a resistência a tração e ductilidade do concreto. Em relação as fibras de PET elas auxiliam também em reduzir a perda de resistência do concreto submetido a altas temperaturas, notadamente os concretos de alta resistência, tema bastante pertinente devido à recente entrada em vigor da norma de incêndios em estruturas de concreto. Os materiais utilizados serão o concreto convencional composto por: Cimento Portland, agregado miúdo, agregado graúdo composto por brita com dimensão máxima característica 19mm e fibras de PET, que possuíam dimensões aproximadas a 3,0 mm de largura por 15 mm de comprimento. Em relação ao concreto de alta resistência, os materiais utilizados serão: Cimento Portland, agregado miúdo, agregado graúdo composto por uma combinação de brita com dimensão máxima característica 9,5 mm e 19mm, pós reativos, aditivos químicos redutores de água e fibras de PET. Após os ensaios de caracterização dos materiais serão realizados estudos de dosagem para três classes de resistência, a saber, 30 MPa e 70 MPa pelo método de dosagem IBRACON. Em seguida serão moldados corpos de prova cilíndricos dos seguintes traços: sem adição de PET (chamado de traço de referência) e traços com adição de PET, onde os teores de adição de PET serão estudadas através de uma vasta revisão bibliográfica. Após o período de cura serão realizados os ensaios de absorção, massa específica, resistência à compressão simples, resistência à tração (por compressão diametral) aos vinte e oito dias de idade, em temperatura ambiente e submetidos a temperatura de 350ºC em mufla. Esta pesquisa é continuidade de uma pesquisa em desenvolvimento, cujos resultados permitem concluir que os ensaios de resistência em temperatura ambiente se mostraram satisfatórios uma vez em que os traços com adição de PET atingiram valores próximos ao convencional, sendo que a resistência à tração do traço que possuía o teor de 0,6% de PET (em relação a massa do cimento) conseguiu superar o concreto sem PET. Deve-se destacar ainda que a adição de PET provocou o aumento da plasticidade do concreto fresco, não apresentando mudanças significativas da taxa de absorção. Em relação ao comportamento do concreto após aquecimento a 200°C os ensaios realizados permintiram conlcuir que essa temperatura não foi suficiente para reduzir a resistência do concreto. Porém espera-se que para 350ºC já ocorram reduções significativas. Finalmente, pode-se considerar satisfatório a adição do PET, uma vez que contribuiu para o melhoramento de algumas propriedades do concreto, notadamente a plasticidade e a resistência a tração.