Estão presentes aqui estudos realizados na Europa, principalmente na França, e em diversas regiões do Brasil. É relevante observar que recebemos contribuições de diferentes instituições, universidades e institutos – não necessariamente participantes do projeto de pesquisa acima mencionado – voltados para a formação profissional. Referimo-nos às preciosas reflexões dos colegas das Universidades de Évora e do Minho (Portugal), de Lyon e de Paris 13 (França) e do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro/Brasil). As instituições representam não apenas a diversidade dos espaços estudados, mas a riqueza e as possibilidades da realização de pesquisas de gênero na área da Educação Profissional.

Esse conjunto de investigadores empreendeu esforços para delinear um cenário possível de contribuições, destinadas a iniciar um diálogo franco-brasileiro sobre o tema. Para isso, mostrou-se importante desvelar as maneiras por meio das quais a formação integral do cidadão trabalhador se articula às questões de gênero e sexualidade. Longe de esgotar as numerosas experiências vivenciadas na EPT, mas atravessados pelas peculiaridades de sua proposta pedagógica, os pesquisadores que assinam os textos reunidos nessa ocasião quiseram compreender como as questões concernentes aos gêneros e às sexualidades manifestam-se nos cruzamentos entre as subjetividades e os currículos (formais e ocultos), experiências (sensíveis e corporais), práticas pedagógicas, enfim, na vida cotidiana dessa modalidade educativa.

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