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Premiação

Equipe de alunos do Campus SGA é premiada em evento nacional

Equipe, constituída por quatro alunos do Curso Técnico Integrado de Edificações, consagra-se em quarto lugar no "Social Hack 2.0, edição comunidades inclusivas”

Publicada em 22/12/2020 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Sob orientação e incentivo da professora Marcella Assunção, equipe do Campus São Gonçalo do Amarante, constituída pelos alunos, do Curso Integrado de Edificações, Hélder Pereira Sá Paixão, José Francinaldo da Cunha Soares, Iasmin Vitória Oliveira Veríssimo e Marcelle Maria Bezerra, consagra-se em quarto lugar, entre 41 equipes e 289 inscritos, no evento "Social Hack 2.0, edição comunidades inclusivas”. Ressalta-se que um  hackathon se baseia na criação de ideias e produtos que possam solucionar problemas sociais, e, nesse caso, especificamente, das comunidades brasileiras.

O referido evento, ocorrido entre os dias 10 a 17 de dezembro, tratou-se de uma maratona de desenvolvimento de ideias para desafios socioambientais. A proposta, idealizada pelo SEBRAE RN e pela StartUpDays, teve como objetivo estimular jovens do Brasil a desenvolver protótipos aplicáveis à realidade de cada uma das localidades dos inscritos, respeitando o tema "Negócios de Impacto Social e/ou ambiental e Economia Criativa".

Para isso, três desafios foram lançados: 1. Gerar negócios que mostrem a identidade das comunidades, para valorização e incentivo da cultura local; 2. Criar oportunidades para inclusão de pessoas e vivências locais por meio de experiências e espaços das próprias comunidades em forma de produtos/serviços baseados na economia criativa; e 3. Desenvolver soluções e iniciativas de inovação e tecnologia voltadas para inclusão digital, social, educacional e profissional de pessoas com deficiência.

Este último desafio foi o escolhido pela equipe do Campus São Gonçalo do Amarante, cuja ideia-base do projeto foi o desenho e prototipação de uma máscara sustentável que fosse ergonomicamente favorável ao conforto e adaptação de crianças neurodiversas, principalmente, crianças residentes das comunidades brasileiras. O trabalho se baseou na pesquisa bibliográfica acerca da ergonomia das máscaras de proteção ao vírus, entrevistas com o público e desenho do produto.

Sobre a ideia:

O contexto atual é muito falado como o "novo normal", contudo, essa realidade de adaptação ao vírus acaba por discriminar as crianças que não conseguem adaptar-se às exigências de proteção à doença.
O projeto já aprovado de Lei Ordinária Nº 183/2020  desobriga a utilização de máscaras por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além das com deficiências intelectual, sensorial, dentre outras. Diante disso, o questionamento é “Como fica a segurança sanitária dessa população?”, pois crianças precisam de tanta proteção quanto os adultos, e, ao se referir a crianças neurodiversas, a discriminação se evidencia.
Nesse contexto, a supracitada equipe de discentes,  propôs uma solução que se relacionasse com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) 4 e 11: educação de qualidade e cidades e comunidades sustentáveis, respectivamente.
Durante a maratona, os alunos participaram de um processo de ideação, que envolveu metodologias de empreendedorismo como brainstorm e Double Diamond, prototipação e desenho da EcoMask e criação do pitch.
Ademais, fizeram também uma pesquisa para encontrar formas de promover a criação de um produto biodegradável. Assim, a ideia de fazer uma máscara utilizando o tecido de fibra de bananeira e algodão orgânico mostraram-se como caminhos viáveis, aplicáveis e de baixo-custo.

Relato dos componentes da equipe acerca da experiência:

Hélder Pereira Sá Paixão (h.paixao@escolar.ifrn.edu.br):
Participar do Social Hack 2.0 foi algo que vai ficar marcado em minha trajetória acadêmica. É uma mistura de emoções e conhecimentos que nos ajudarão durante nossa vida. O companheirismo da nossa equipe foi essencial para desenvolvermos melhor ainda nossa ideia, foi muita dedicação que, com certeza, valeu a pena.

José Francinaldo da Cunha Soares (j.francinaldo@escolar.ifrn.edu.br):
Com menos de 2 dias para o início do evento fui convidado por meus colegas para ser integrante do grupo. Como imaginar que seria essa experiência surreal? Impossível. O Social Hack 2.0 trouxe emoção, parceria, conhecimento e muita inovação! Ter conhecimento do trabalho elaborado por outros times foi essencial para enxergar o patamar alcançado por todos que participavam. No meio do projeto, identifiquei a importância de não ver isso como uma disputa, e sim como uma porta para ajudar o mundo. Foi gratificante cada passo dado, cada etapa concluída e cada sorriso após concluirmos as metas. A experiência é, de fato, incrível. Aprendemos muita coisa com essa maratona, mas o ensinamento que fica é de se entregar de corpo e alma ao projeto e ao grupo, porque foi isso que nos trouxe até onde chegamos. Maravilhosa foi essa caminhada. Obrigado, queridos amigos!

Iasmin Vitória Oliveira Veríssimo (verissimo.iasmin@escolar.ifrn.edu.br):
Foi um evento que surgiu como uma surpresa, mas que agregou de forma inovadora e excepcional no meu aprendizado... Em um curto período consegui obter uma exuberante experiência, a qual foi fundamental para entender melhor como é trabalhar em equipe e participar de competições que estimulam o nosso conhecimento e desenvolvimento pessoal. Sou grata por termos tido um ótimo desempenho e por ganharmos entendimento sobre práticas, as quais visam engrandecer o nosso país com empatia e atitudes altruístas. Conhecimento, inovação e solidariedade são palavras sinônimas da Social Hack 2.0!

Marcelle Maria Bezerra Pires (marcelle.m@escolar.ifrn.edu.br):
Primeiramente, posso dizer que a experiência não se limitou a três dias de trabalho, reuniões e, inclusive, estresse: significou, para mim (e acredito que para todos nós), um crescimento acadêmico e pessoal muito grande, tendo em vista que fortalecemos nossos laços como equipe, conhecendo e valorizando ainda mais as habilidades individuais de cada um. Desde a idealização e reunião de propostas à prototipação e finalização do produto. Nosso trabalho foi regido por muito esforço e apoio conjunto.
Criatividade, empreendedorismo e trabalho em equipe formaram um tripé que nos sustentou durante todo o hackathon, e que vamos levar como aprendizado. Ao final, o resultado foi somente o reflexo de toda a colaboração e crescimento da equipe. O reconhecimento nos trouxe felicidade e expectativas para próximas oportunidades semelhantes.