Evento
VI Semadec encerra semana de arte, esporte e integração
Evento reuniu apresentações culturais, competições esportivas e ações estudantis que movimentaram o campus durante cinco dias
Publicada por Max Praxedes em 08/12/2025 ― Atualizada em 8 de Dezembro de 2025 às 21:29
A comunidade do Campus São Paulo do Potengi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) se reuniu na sexta-feira (5) para celebrar o encerramento da VI Semana da Arte, Desporto e Cultura (Semadec), evento que mobilizou estudantes, servidores e colaboradores ao longo de uma programação intensa.
Durante os cinco dias de programação, o campus foi palco de competições esportivas, mostras culturais e dinâmicas colaborativas que mobilizaram as seis tribos envolvidas. As provas em grupo, as iniciativas criativas, os embates artísticos e as ações de solidariedade criaram uma atmosfera pulsante, impulsionada pelo engajamento dos estudantes e pela variedade de atividades oferecidas.
Nesse clima de integração e celebração, o evento de encerramento começou com a apresentação do grupo de teatro do Núcleo de Arte (Nuarte) do campus, que levou ao palco o espetáculo “Tudo bem, quando termina bem!”. A performance abriu a tarde com humor, sensibilidade e forte presença dos estudantes envolvidos no projeto, marcando o início da cerimônia final e reforçando o papel da arte como parte central da Semadec.

A força das tribos
Nesta edição, seis equipes disputaram a liderança: Tribo Digitais, Tribo Esportes Radicais, Tribo Funkeiros, Tribo Geek/Gamer, Tribo Hip-Hop e Tribo Playboys e Patricinhas. A pontuação acumulada considerou provas esportivas, desafios artísticos, atividades de integração e ações solidárias, distribuídas nas três fases da competição.
Com desempenho expressivo, principalmente na Fase 3, a Tribo Funkeiros conquistou o título de campeã da VI Semadec. A equipe somou 6.290 pontos, garantindo a liderança geral. Em seguida, ficaram Tribo Geek/Gamer, com 6.190 pontos, e Tribo Esportes Radicais, com 4.930 pontos, que completaram o pódio desta edição.

As identidades construídas por cada tribo, aliadas ao equilíbrio das disputas e à variedade das provas, reforçaram o espírito competitivo que marcou a Semana. Mais do que acumular pontos, as equipes mobilizaram estratégias, criaram vínculos e envolveram o campus em uma atmosfera de participação e pertencimento. A dinâmica das tribos demonstrou a capacidade da Semadec de integrar estudantes em torno de desafios que combinam criatividade, colaboração e compromisso coletivo.
Pontuação geral
| Tribo | Fase 1 | Fase 2 | Fase 3 | Total | Posição |
|---|---|---|---|---|---|
| Funkeiros | 1.710 | 1.680 | 2.900 | 6.290 | 1º lugar |
| Geek/Gamer | 1.590 | 2.400 | 2.200 | 6.190 | 2º lugar |
| Esportes Radicais | 1.050 | 2.080 | 1.800 | 4.930 | 3º lugar |
| Digitais | 1.200 | 1.720 | 1.600 | 4.520 | 4º lugar |
| Hip-Hop | 1.260 | 1.080 | 1.250 | 3.590 | 5º lugar |
| Playboys e Patricinhas | 630 | 1.040 | 1.100 | 2.770 | 6º lugar |
Integração e crescimento
A participação nas provas, gincanas e atividades colaborativas deixou impressões significativas entre o público. Para muitas pessoas, o evento representou não apenas competição, mas um espaço de descoberta, convivência e construção de vínculos dentro do IFRN.
O aluno Luiz Henrique destacou que viver a Semadec ampliou seu olhar sobre o campus e proporcionou aprendizados que vão além das salas de aula: "participar do evento foi uma experiência muito divertida e que acrescentou bastante à minha vivência no IFRN. As provas me colocaram em situações diferentes do meu dia a dia, e pude aprender, me divertir e me envolver mais com a comunidade. Sinto que essa ação contribuiu para meu crescimento e deixou minha passagem pelo Instituto ainda mais especial”, avaliou.
Para a aluna Clara Francelino, o que mais marcou foi a possibilidade de criar laços e fortalecer relações dentro e fora da própria equipe. Ela ressaltou que a integração promovida pela Semadec deixou impactos que pretende levar consigo ao longo da vida escolar: “foi algo muito divertido e me aproximou bastante das pessoas da minha equipe e até das equipes adversárias. Consegui criar mais laços porque o evento uniu muito a gente”, reforçou.

O papel formativo
A professora Cristina Bispo avaliou que a VI Semadec ampliou o senso de cooperação entre cursos e turmas, fortalecendo vínculos e estimulando a participação estudantil em diferentes frentes. Ela ressaltou que a ação solidária reforçou o caráter formativo do evento e mobilizou toda a comunidade: “a integração entre estudantes chamou muita atenção este ano, assim como o envolvimento da Licenciatura em Matemática. A Semadec Solidária mostrou um compromisso real com causas importantes, e isso fez a diferença na Semana”, afirmou.
Já a professora Maraísa Alves destacou que os desafios enfrentados durante a organização serviram como oportunidade de crescimento coletivo, ampliando o diálogo entre as equipes e estimulando reflexões importantes sobre convivência e responsabilidade. Ela também lembrou o impacto social das ações desenvolvidas: “mesmo com o tempo curto e a necessidade de coordenar tantos grupos, a comunidade respondeu de forma madura e colaborativa. Ver as equipes partilhando, se apoiando e contribuindo para arrecadar uma tonelada de alimentos mostrou a força do nosso campus. Momentos como esse reafirmam a importância da Semadec para todos nós”, declarou.
Reconhecimento do trabalho coletivo
Além das competições, o encerramento reforçou o reconhecimento aos monitores, bolsistas, servidores envolvidos nas comissões e aos profissionais terceirizados, que atuaram diariamente para que todas as atividades acontecessem com organização e segurança. A entrega de certificados e homenagens valorizou o trabalho coletivo que sustenta a iniciativa.

O estudante Lucas Mateus, responsável pela cobertura fotográfica do evento, destacou o impacto pessoal da experiência. Segundo ele: “trabalhar na Semadec foi algo especial. Capturar pela câmera os momentos de alegria, de disputa, de comemoração e até de frustração quando o resultado não vinha criou um sentimento único. Registrar tudo isso virou uma forma de guardar uma história que agora faz parte do Campus São Paulo do Potengi”.
Potência criativa dos estudantes
O encerramento também abriu espaço para homenagear os estudantes envolvidos no Projeto Miradas, coordenado pela professora Julianny Simião, que atua no fortalecimento da relação entre audiovisual, criatividade e formação crítica no campus. Durante a cerimônia, foram reconhecidos os curtas “Água e Sabão” e “A Vida é Tudo”, selecionados para a Mostra Especial IFRN no Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa (Finc).
A programação destacou ainda o curta “Intermitente”, produzido para a categoria "90 Segundos IFRN", além do filme “A Chuva Guarda”, criado por Hemerson Daniel Cruz e Danielly Rodrigues, vencedor da categoria especial do Finc. Os estudantes receberam homenagens e o reconhecimento público da comunidade acadêmica, reforçando o impacto do Miradas na formação audiovisual dos primeiros anos.

Hemerson Daniel comentou sobre o impacto do reconhecimento e do projeto na trajetória do grupo: “a sensação de ganhar é muito boa, isso é real. Sempre esperamos que as pessoas gostem e que cada uma tenha sua própria interpretação das produções. Dá para perceber que todo o esforço foi valorizado, e tenho muito orgulho do que fizemos e do que ainda virá. O projeto Miradas abriu as portas para entrar nesse mundo do curta-metragem, porque antes disso nem imaginávamos participar de algo assim ”, disse.
O que fica
A cada edição, a Semadec renova o sentido de estar junto, aprender com o outro e reconhecer as múltiplas formas de expressão presentes no campus. O percurso desta VI edição revelou uma comunidade vibrante, capaz de transformar desafios em oportunidades de crescimento e de fazer da arte, do esporte e da solidariedade ferramentas de encontro.
Ao finalizar mais uma semana de celebração e convivência, fica evidente que a iniciativa segue ocupando um lugar fundamental na experiência estudantil. O que se viu no palco, nas quadras, nos corredores e nas produções ultrapassa os cinco dias de programação e permanece como memória afetiva, aprendizado e inspiração para as próximas gerações do Campus São Paulo do Potengi.
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