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Dia do Professor

Professores do Campus São Paulo do Potengi vivem histórias de dedicação

Empenho dos professores à formação integral dos alunos é um diferencial na Instituição

Publicada em 15/10/2016 Atualizada há 1 ano

Monique Dias fez nova graduação por amor ao teatro

Inaugurado há três anos, o Campus São Paulo do Potengi do IFRN é sinônimo de ensino de qualidade na região. Com capacidade para receber até 1.200 alunos, o campus é uma referência na região do Potengi, composta por onze municípios. Como um diferencial, além do oferecimento do ensino técnico subsequente e do ensino técnico integrado ao ensino médio, o Instituto aposta na capacitação de seus professores, que se dedicam além da sala de aula, desenvolvendo projetos de extensão e acompanhando a formação integral dos alunos.

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, as histórias de dois de nossos docentes representam o amor e a dedicação de todos os professores do Campus São Paulo do Potengi à profissão. Confira abaixo:

Monique Dias e o amor pelo teatro

A sala de aula é um ambiente onde a professora Monique Dias de Oliveira, 50 anos, se sente confortável. Mas não apenas a sala de aula tradicional, aquela com um quadro e algumas cadeiras. Hoje, a sala de aula de Monique - que é professora do Campus São Paulo do Potengi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) - pode ser o auditório, o palco de algum teatro ou até mesmo um espaço a céu aberto. 

Professora desde 1988, iniciou a carreira dando aulas de história, mas depois de quase dez anos descobriu uma nova paixão, sem deixar de fazer uma das coisas que mais gosta: ensinar. Para completar a carga horária, a professora, que à época trabalhava em uma escola estadual, começou a dar aulas de artes. Ainda sem formação específica e sem experiência na área, foi aos poucos conquistando os alunos e se envolvendo com a novidade.

Foi então que depois de acompanhar o estágio de docência da disciplina prática de ensino, de uma estudante de artes cênicas, em 1999, sentiu vontade de iniciar os estudos em outra área de formação.

“Durante o estágio da graduanda de artes cênicas, foi montada uma encenação com 12 alunos da Escola Berilo Wanderley, onde eu também participava como atriz. Ao concluir o estágio, os estudantes me pediram para continuar com o teatro na escola, mas como não tinha formação na área inicialmente recusei. Depois de muita insistência e de ter passado no vestibular, topei o desafio e desde então não larguei mais o teatro”, lembrou.

Entre as histórias mais marcantes da carreira, está a criação do Grupo de Teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias, também em 1999. “Foi um desafio colocado pelos alunos do ensino médio, de criar um grupo numa comunidade onde não existia nada voltado para o público adolescente. Foi isso que me motivou a voltar para a universidade e que me levou a optar por mudar de área e me tornar professora de teatro”, comentou.

Atualmente dando aulas a estudantes do IFRN, além do amor pela profissão, Monique também se sente motivada quando vê o desenvolvimento dos alunos. “No IFRN, tenho tido boas surpresas com as turmas de arte. Sempre proponho o desafio de montagem de uma encenação, por meio do trabalho coletivo e colaborativo. Quando temos o prazer de apresentar o trabalho de teatro em eventos, saindo dos muros da escola, a satisfação é sempre imensa para todos  e, especialmente, para mim por compartilhar da alegria dos estudantes ao finalizarem o trabalho apresentado”, destacou.

Por outro lado, neste Dia do Professor, Monique disse que se sente aflita com a possibilidade das aulas de artes se tornarem opcionais no ensino médio.

“Atualmente vivo um sentimento de tristeza e indignação diante da perspectiva de reforma que tornará o ensino de artes opcional. É frustrante saber que nos últimos 20 anos toda uma luta por um fazer artístico específico nas suas várias linguagens, a arte como área de conhecimentos e aprendizagem significativa na escola, esteja ameaçado”, afirmou.   

Gllauco e o amor pela cidade e pela profissão

Contribuir com o desenvolvimento da cidade em que nasceu era um dos sonhos de Gllauco Smith, 33 anos. Hoje professor do Campus São Paulo do Potengi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), o professor começa a ver o sonho se tornando realidade.

Graduado em Pedagogia e em Ciências Sociais, e com mestrado e doutorado na área de Educação, Gllauco conta que a vontade de ser professor começou na infância, inspirado pelo pai, à época, professor de História. 

“A atmosfera da sala de aula me deixava encantado, e esse encantamento refletia-se nas minhas brincadeiras simbólicas, todas elas relacionadas com o universo do ensino e da aprendizagem”, lembrou.

No início dos estudos universitários, o professor fazia diariamente a viagem de São Paulo do Potengi a Natal, percorrendo cerca de 160 quilômetros todos os dias.  Posteriormente, já na época da pós-graduação, o professor passou a morar na capital, mas nunca perdeu a vontade de voltar para a cidade onde nasceu.

“Voltei efetivamente a São Paulo do Potengi em 2014 - depois de quase 10 anos na capital do estado -, quando fui contemplado pelo remanejamento docente do IFRN. Retornar à cidade foi motivo de muita alegria, pois atuar profissionalmente no município onde fui criado me abria muitas possibilidades para contribuir com o desenvolvimento socioeducacional de São Paulo do Potengi através das muitas atividades que o IFRN oportuniza para a cidade onde está inserido”, comentou.

Atualmente, além de dar aulas, Gllauco também é coordenador de Extensão do campus. Para ele, a maior motivação é observar o desenvolvimento dos estudantes. “É gratificante olhar para os meus alunos e ver que tem um pouquinho de mim em suas vidas. Me emociona saber que minha existência se prolonga na deles”, afirmou.

Por outro lado, neste Dia do Professor, Gllauco gostaria de ver a profissão sendo mais valorizada. “A sociedade precisa reconhecer que nós, educadores, lidamos com um processo árduo e bastante complexo, que é a formação de sujeitos humanos em suas muitas peculiaridades, como a formação de cidadãos e cidadãs que atuarão na construção do arranjo societário em que vivemos”, destacou.

“Espero profundamente, que eu esteja contribuindo para que os alunos com os quais interajo sejam capazes de se engajar coletivamente na produção de uma sociedade em que a justiça social, a ética e a defesa dos direitos humanos sejam os pilares fundamentais”, concluiu. 

Palavras-chave:
ensino
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