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Prêmio: projeto Cidades Acessíveis é premiado na FEBRACE

Projeto garantiu publicação na revista InCiência

Publicada em 30/03/2022 Atualizada há 1 ano

Representado, pela primeira vez, na final da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia através do Projeto Cidades Acessíveis, o Campus São Paulo do Potengi garantiu sua primeira premiação na Feira. O projeto foi premiado na categoria Prêmio Revista InCiência, que garante a publicação do trabalho na revista.

Para o estudante Arthur da Silva, apresentar o projeto na 20ª edição da Febrace “foi uma experiência muito enriquecedora, pois tivemos a oportunidade de mostrar a nossa ideia, a questão da acessibilidade nas calçadas, recebendo avaliações que corroboraram com a potencialidade da ideia”.

A participação na Feira também é motivo de comemoração para José Victor: “Participar da Febrace foi muito enriquecedor e só veio a acrescentar a minha vida acadêmica, pois pudemos trazer à tona a discussão sobre acessibilidade nas vias públicas, apresentar e receber feedbacks de avaliadores de diferentes regiões do país”, contou.

O orientador do projeto, professor Petterson Michel, conta que no Campus São Paulo do Potengi são produzidos vários trabalhos de grande potencial, e compartilha o sentimento de ver o Cidades Acessíveis representando a unidade de ensino na Febrace 2022: “É muito estimulante montar uma equipe, interagir com pessoas de dentro e de fora da nossa instituição, e até mesmo concorrer a prêmios. Mas, como professor, a maior realização é perceber o amadurecimento dos participantes do Projeto e a chance de mostrar para outras pessoas uma coisa que eu já sei há bastante tempo: que o potencial dos nossos alunos de São Paulo do Potengi é enorme”.

 

Sobre o Projeto

Em uma viagem pelo Rio Grande do Norte, seja em seu interior ou na área urbana, é comum presenciar a existência de calçadas de diferentes larguras e alturas, deixando de lado a questão da acessibilidade. Pensando nisso, estudantes do Campus São Paulo do Potengi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) desenvolveram o Projeto Cidades Acessíveis. O projeto é obra dos alunos Arthur da Silva Bernardo, José Victor do Nascimento Ferreira e Nicolas Henrique Moreira de Oliveira, do Curso Técnico Integrado em Edificações, com orientação do professor Petterson Michel Dantas.

A iniciativa dos jovens tem o objetivo de tornar calçadas acessíveis, permitindo pessoas com e sem deficiência a utilizarem esses espaços de forma segura e autônoma. Através da ação, os estudantes estão desenvolvendo uma plataforma digital interativa, que busca ajudar as pessoas a adequarem suas calçadas.

Segundo os meninos, a ideia surgiu a partir de suas experiências cotidianas. Moradores de comunidades interioranas do estado, os jovens cotam que geralmente deparam-se com calçadas desniveladas, com buracos e que não garantem uma circulação segura e autônoma dos pedestres. Outro fator que os influenciou a desenvolver o projeto foram os estudos sobre acessibilidade na disciplina de Desenho Arquitetônico, ministrada pelo professor Petterson Michel Dantas.

Docente na área de Desenho Técnico (Arquitetura), o professor Petterson Michel, explica que a acessibilidade é um conceito que tem sua base na coletividade, na possibilidade de pessoas, em diferentes condições, utilizarem os espaços e serviços com autonomia e segurança.

“No nosso projeto, trabalhamos com a acessibilidade em calçadas, que depende de ações individuais, já que cada proprietário é responsável por manter sua calçada, para atingir esse objetivo coletivo, livres de barreiras e que possam ser efetivamente usufruídas pela população”, explicou o professor.

O estudante José Victor conta que, após participar de um projeto com a mesma temática, pensou: “Por que não expandir a circulação do material, por meio de uma aplicação web, e junto a isso oferecer soluções personalizadas para os diferentes problemas de acessibilidade em calçadas que os usuários/moradores poderiam vir enfrentando?” O jovem compartilhou a ideia com o professor Petterson Michel, que aceitou orientá-lo. Em seguida, os alunos Arthur da Silva e Nicolas Henrique completaram a equipe.

Em razão da pandemia da Covid-19, os estudantes realizaram reuniões para tratar da elaboração do projeto de forma virtual. Seu desenvolvimento ocorreu em quatro etapas: compreensão dos conceitos necessários, a partir de consultas a normas e legislação; definição do esboço conceitual da plataforma e produção do conteúdo necessário; produção da plataforma; e testes, registros e divulgação dos resultados. Atualmente, o projeto encontra-se na fase de produção de conteúdo e da plataforma virtual.

José Victor explica que a proposta da plataforma é ser de fácil acesso. “De início, o foco são cidades de pequeno porte do Rio Grande do Norte que, em muitos casos, não dispõem de profissionais para orientar os moradores na construção de calçadas pautadas nos princípios de acessibilidade”. O estudante acrescenta que a intenção é que o projeto, por ser digital, se expanda, chegando a outras regiões do país. Para o futuro, os alunos desejam apresentar a plataforma ao poder público, com o objetivo de adquirir apoio e visibilidade à causa da acessibilidade.

 

Palavras-chave:
ensino
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