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aprovada no sisu

Graduação: a realização de um sonho

Amanda é uma das mais de 600 estudantes do IFRN aprovados no SiSU

Publicada em 26/04/2021 Atualizada há 1 ano

Aos 19 anos, Amanda será a segunda pessoa de sua família a cursar uma graduação

Por Luciano Vagno

“Ver ali, concreto, ‘Você passou, você vai para a graduação’, é uma emoção”. A dona dessa frase, dita em meio às lágrimas, é Amanda Camila, de 19 anos, recém-formada no curso técnico de Meio Ambiente. A jovem, que dedicou sua vida aos estudos, realiza, agora, mais um sonho: entrar no ensino superior.

Amanda Camila Ferreira Félix sempre teve apreço pelos estudos. Sua mãe, dona Francisca, professora de Ciências, faz questão de registrar que, aos três anos de idade, a filha já tinha intimidade com as letras. Aos 12, Amanda já sabia bem o que queria da vida: estudar no Instituto Federal do Rio Grande do Norte – meta alcançada em 2017, quando ingressou no Campus São Paulo do Potengi.

No começo, as dificuldades enfrentadas por Amanda e outros alunos do interior de Senador Elói de Souza, no Agreste potiguar, eram relacionadas ao transporte. Porém, isso nunca impediu que a jovem estivesse presente nas aulas, como explica dona Francisca: “Era uma luta grande, mas eu sabia que era para o futuro dela. Se ela perdesse o ônibus, eu ia deixar no IFRN de moto”.

O amor que a mãe sente pela Ciências da Natureza passou para o DNA da filha, que queria ser bióloga. Entretanto, ao entrar no Instituto, a estudante passou a se interessar pela Química, que, unida à paixão pelo meio ambiente, gerou a certeza sobre qual carreira seguir: Engenharia Sanitária e Ambiental.

Estudos em meio à pandemia

Com a pandemia da Covid-19, o IFRN, como forma de prevenção, aderiu ao ensino remoto, o que modificou a rotina de Amanda. A estudante fala sobre as dificuldades em estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nessas condições, principalmente estando longe do Instituto e dos colegas: “Foi bem difícil. O IF tem esse negócio de proporcionar que pessoas de diferentes cidades, que provavelmente nem iriam se encontrar, se encontrem. De repente, você perde tudo, e é necessário estar longe dos amigos que lhe apoiam. Então, você tem que se acostumar com aquilo, é um jeito novo de estudar”, disse.

A aprovação

Na manhã de uma sexta-feira, 16 de abril 2021, Amanda recebeu a notícia que esperava há anos: “Parabéns, você foi selecionada”. Ela relembra que, no momento, a emoção tomou conta de si e de seus pais.

Emocionada, a estudante conta que sua mãe foi a primeira pessoa de sua família a entrar na faculdade, e que sempre quis seguir seus passos: “Eu olhava para o caderno dela e falava ‘mãe, eu vou estudar lá’”, referindo-se à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde a mãe estudou.

Amanda, no entanto, escolheu cursar sua graduação no Instituto Federal, no Campus Natal-Central. “É a realização de um sonho, porque desde pequena eu falava ‘mãe, eu vou me graduar’, e, agora, eu estou aqui, matriculada. Dona Francisca, toda orgulhosa, diz que, hoje, é a filha que lhe ensina. “É um sonho que ela realizou e que a gente, eu e o pai dela, ficamos muito felizes. Só tenho ela, e ela só me dá gosto”.

“O IFRN mudou minha vida. Eu tinha o sonho de entrar na graduação e acabar por aí. Daí você chega no IF e tem o contato com laboratórios de ponta, que é um sonho distante para quem é do interior ou para quem é da escola pública. Tem contato com a Pesquisa. Eu desenvolvi Pesquisa. Quando que sonhei em fazer isso? Participei de projetos, estudei com doutores na área. E tudo isso que o IF proporciona abre nossa mente para coisas novas.”

A futura engenheira sanitária ambiental já tem seus próximos planos, quer fazer Mestrado, Doutorado, mais Pesquisas voltadas à área de saneamento sanitário, participar de mais projetos, mais congressos e “aproveitar cada segundo do IFRN”.

Palavras-chave:
ensino

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