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Educação que transforma e emancipa

Apesar das dificuldades, Cassius foi envolvido por uma educação de qualidade e segue trabalhando para mudar de vida

Publicada em 19/08/2021 Atualizada há 1 ano, 8 meses

Cassius em evento da prefeitura de São Gonçalo do Amarante como representante dos estudantes

Por Maria Clara Pimentel

“Educação para mim é um modo de transformação de vida; foi através da educação que eu consegui mudar de vida, entender onde eu quero chegar e de onde eu vim.” Esse é Cassius Clay, técnico e estudante da graduação de Redes de Computadores do Campus São Gonçalo do Amarante. 

O jovem de 23 anos faz parte do IFRN desde 2015, quando entrou para o curso técnico Subsequente de mesmo nome da graduação. Já participou voluntariamente de projetos de pesquisa, chegando a idealizar o seu próprio; participou do Mulheres Mil, dando aulas de informática a um público economicamente vulnerável; participou de duas gestões do Grêmio Estudantil Sérvulo Teixeira (GEST), na Coordenação de Assuntos Estudantis; e chegou a criar o Centro Acadêmico do Curso de Redes de Computadores, do qual é presidente até hoje.

Quem vê esse currículo tão longo e bonito, recheado de experiências realmente edificantes, se surpreende com a forma como Cassius alcançou todas essas proezas. Nem sempre foi fácil para ele, isso é certo: “Mesmo com inúmeras dificuldades financeiras, tendo que trabalhar em dois empregos para poder manter o lar, e ainda assim continuar no IF, atrasar uma disciplina ou outra por essas situações… Mas foi por ter permanecido na dificuldade que consegui chegar onde estou hoje.”

Sim, com seus pais morando em outro estado e o jovem tendo que cuidar sozinho da irmã mais nova, além de manter a casa e estudar, ele se desdobrava em dois ofícios: “Eu tinha um emprego fixo, mas também tinha outro trabalho que não era carteira assinada e era no período da noite; então eu trabalhava de manhã e um pedaço da tarde, corria para o IF para assistir aula de algumas matérias que eu ainda tinha me segurado e, no período da noite, em alguns dias da semana, eu ia para esse emprego noturno.”

Se desvincular do Campus São Gonçalo simplesmente não era uma opção para Cassius. Para ele, o IFRN na forma presencial era o mesmo que seu lar: “Colegas de classe, professores, servidores, terceirizados se tornam uma ramificação da nossa família, que é lá onde a gente se encontrava no período da normalidade.” Foi através também do ambiente do IFRN que a educação se tornou transformadora no sentido de entender a comunidade e o contexto em que o são-gonçalense vive: “Eu pude realmente enxergar a sociedade como um todo, porque antes eu vivia na minha bolha, não tinha noção do que a sociedade realmente precisava.”

Outra forma igualmente importante para o desenvolvimento de Cassius dentro da instituição foi a oportunidade de aprender habilidades e competências não só que ele irá levar pelo resto da vida, como também foram a forma que ele teve de começar por algum canto: “Foi depois que eu entrei no IF e eu aprendi no curso técnico a forma de trabalhar com rede de computadores, com informática, que eu pude ascender economicamente, arrumar meu primeiro emprego; a partir daí eu fui realmente mudando de vida, porque até então eu não tinha perspectiva, nem na minha carreira profissional e até de um modo geral.”

Felizmente, isso são águas passadas, porque podemos estar vislumbrando um potencial futuro docente. E que instituição seria melhor do que a casa que o formou? “Daqui a cinco anos, espero continuar colhendo bons frutos do que o IF me proporcionou, seja de conhecimento técnico, humano, um networking formidável que o IFRN gera para os estudantes e, quem sabe, preenchendo uma vaga de professor e compondo esse time de grandes mestres que propagam o saber.” De braços abertos estaremos, com certeza.

Palavras-chave:
ensino

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