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Menção Elogiosa

Coordenação de Pesquisa e Inovação homenageia pesquisadora de destaque

Saiba mais sobre Maria Aparecida dos Santos

Publicada em 26/11/2021 Atualizada há 1 ano, 8 meses

Copein e Comissão de Levantamento da Produção Bibliográfica selecionaram servidores

A professora Maria Aparecida dos Santos Ferreira é licenciada em Pedagogia (UERN), especialista em Educação (UERN), mestra e doutora em Educação (UFRN). Atualmente, Aparecida atua como docente permanente do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional do IFRN (PPgED/IFRN) e docente colaboradora do Programa de Pós-graduação em Educação da UFRN (PPgED/UFRN), além de exercer o cargo de docente efetiva do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico no Campus São Paulo do Potengi do IFRN. 

No mapeamento realizado pela Coordenação de Pesquisa e Inovação do Campus (Copein/SPP), em conjunto com a Comissão de Levantamento da Produção Bibliográfica dos Servidores do Campusa professora surge como uma das servidoras pesquisadoras que mais se destacaram, razão pela qual recebeu uma Menção Elogiosa. A homenagem, que se refere tanto à produtividade quanto à qualidade de seus trabalhos, foi uma iniciativa da Copein/SPP e da Comissão de Levantamento da Produção Bibliográfica. Abaixo, uma entrevista com a docente:

Em que Grupo de Pesquisa e Linha de Pesquisa a senhora atua?
Desenvolvo as minhas atividades de pesquisa participando dos seguintes grupos: Núcleo de Pesquisa em Educação (NUPED/IFRN), Observatório de Políticas Públicas em Educação Profissional (OppEP/IFRN), Educacão, Sociedade e Tecnologia (IFRN) e Políticas, Gestão e Financiamento da Educação Básica (UFRN) e das Linhas de Pesquisas: Política e Práxis da Educação Profissional (PPGEP/IFRN) e Educação, Política e Práxis Educativas (PPGED/UFRN).

Há quantos anos a senhora trabalha como pesquisadora? Quais seus trabalhos mais recentes? Quais considera os mais relevantes?
Comecei a desenvolver pesquisas em 2002, a partir da Especialização em Formação do Educador pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, portanto, há dezenove anos. Os trabalhos mais recentes foram: 1- Financiamento da Assistência Estudantil do IFRN: uma relação entre as matrículas e os recursos planejados (2014 a 2019), publicado na Revista de Financiamento da Educação-FINEDUCA; 2-Políticas de assistência estudantil e permanência de estudantes na pandemia: reflexões a partir da experiência do IFRN Campus Natal Central, publicado na Revista Labor - Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Ceará; 3- Inventariando o financiamento da Educação no período colonial e os primeiros indícios da educação profissional, publicado na Revista Labor - Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Ceará; 4- Educação e trabalho e Financiamento da Educação Profissional no Brasil: um mapeamento da produção do Conhecimento, publicado na Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica – RBEPT; O Fundeb como política permanente e a aprovação da Emenda Constitucional nº 108/2020, publicado na Revista Educação e Políticas em Debate.

Como mais recentes vou destacar os trabalhos aprovados com os meus orientandos(as), em novembro 2021, para apresentação no VI Colóquio Nacional e III Colóquio Internacional - A Produção do Conhecimento em Educação Profissional: em defesa do projeto de formação humana integral- 1-Ações do MEC/SETEC para a Rede Federal durante a Pandemia da Covid 19 e os Recursos Investidos; 2-Educação Profissional: A Meta 11 do PNE (2014-2024) e o seu monitoramento; 3- Ações do Ministério da Educação para a garantia do direito à educação em tempos de pandemia; 4- Estado do conhecimento da Reforma do Ensino Médio – Lei nº 13.415/2017; 5-Direito à Educação no Brasil e o seu financiamento: estado do conhecimento de 2019 a 2021; 6- Políticas de financiamento da educação em tempos de pandemia: resoluções e ações da assistência estudantil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN); 7- O PDDE como política de financiamento nos Centros de Educação Profissional (CEEP) da Rede Pública Estadual do RN no período de 2019 a 2021; 8-As mudanças recorrentes nas políticas destinadas ao Ensino Médio: um estudo na Região Nordeste. Destaco como os mais relevantes os artigos publicados nos periódicos citados acima.

A senhora trabalha com que tipo de pesquisa? Como é seu método de trabalho? Quem faz parte de sua equipe direta? Há bolsistas ou a senhora trabalha sozinha? Utiliza laboratórios?
Realizamos pesquisas no campo das políticas educacionais, em especial, das políticas de educação profissional, gestão e financiamento da educação. Nos ancoramos também na avaliação de políticas públicas e no materialismo histórico dialético como método e na abordagem qualitativa da pesquisa. Estamos desenvolvendo dois projetos de pesquisas: 1) Plano Nacional de Educação (2014-2024) e a Gestão Democrática em Espaços de Educação Profissional: o papel dos colegiados do IFRN no acompanhamento dos recursos financeiros (Edital nº 16/2021 - PROPI/RE/IFRN - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq) e 2) Políticas de financiamento da educação no Brasil e Portugal em tempos de Pandemia (2019-2024): prioridades e garantia do direito à educação (Edital nº 14/2021 – PROPI-ASERI/RE/IFRN - Projetos de Pesquisa no âmbito de Acordos de Cooperação Internacional).

O primeiro projeto é desenvolvido com um grupo de estudantes do curso de Licenciatura em Matemática, do Campus São Paulo do Potengi, com uma bolsista PIBIC/CNPq. Já o segundo projeto é desenvolvido com a participação de estudantes do curso de Licenciatura em Matemática, do Campus São Paulo do Potengi, com um bolsista PROPI-ASERI/IFRN, bem como docentes, mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP/IFRN), em parceria com o Instituto de Educação, da Universidade de Lisboa. Contamos, ainda, com a colaboração de uma mestranda e uma doutoranda do PPGEd/UFRN.

Nesses anos de pesquisa, quais os diferenciais do seu trabalho enquanto pesquisadora?
Sou uma pesquisadora ainda iniciante, mas o meu maior diferencial é a articulação entre o ensino e a pesquisa na minha prática docente, compreendendo essa articulação como necessária para a formação humana integral e o ensino ancorado na problematização e na pesquisa científica. A escola é o lugar da ciência, seja na iniciação científica ou na pesquisa Lato e Stricto Sensu. Tenho a preocupação também em participar dos editais de pesquisa para que os nossos estudantes, principalmente, os da iniciação científica, possam ter condições mínimas para realizar pesquisas, considerando que precisam dividir o seu tempo entre estudar e trabalhar. Ao longo da minha trajetória, tenho incentivado os estudantes a se inquietar, problematizar e pesquisar. A produção científica, a partir das publicações de artigos, livros, capítulos de livros, entre outros, pode ser um diferencial, porém, me avalio ainda com grandes desafios a serem alcançados nesse sentido.

Como foi para a senhora o reconhecimento e o recebimento da menção elogiosa que o IFRN-SPP fez aos servidores que mais se destacaram enquanto pesquisadores?
Achei maravilhoso e me senti extremamente lisonjeada, agradecida e emocionada pelo reconhecimento enquanto pesquisadora em destaque no Campus São Paulo do Potengi e avalio que poderá servir de incentivo para os demais colegas para desenvolver o ensino ancorado na pesquisa e também na extensão, com o objetivo de proporcionar aos nossos estudantes maiores oportunidades de aprendizagens e também de acesso ao fomento à pesquisa, propostos pelos editais e pelas instituições de fomento.

Na sua opinião, o que faz de alguém um pesquisador?
O pesquisador se faz ao longo da sua trajetória acadêmica, como um educador(a) inquieto(a) na busca pelo novo, pela pesquisa científica e pela formação de um sujeito mais completo, ou, dito de outra forma, com uma preocupação com a formação humana integral que contemple o ensino, a pesquisa e a extensão. O pesquisador deve compreender a pesquisa como um princípio pedagógico inerente a sua prática docente. O reconhecimento da sua produção acadêmica é muito importante como incentivo, porém, o mais importante são as condições materiais, financeiras para o processo da pesquisa, com incentivo tanto para os professores, como para os estudantes por meio de bolsas de pesquisas, espaços laborais, ou seja, pesquisa/ciência se faz com financiamento da educação para esse fim. Os produtos são resultados de muitas horas de estudos e de esforço desse(a) professor(a) pesquisador(a).

Palavras-chave:
ensino pesquisa

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