Amanda Rodrigues Santos Costa, docente das disciplinas técnicas da área de Meio Ambiente, é uma dos professores homenageados pela Coordenação de Pesquisa e Inovação (COPEIN), do Campus São Paulo do Potengi, com uma menção elogiosa. A deferência foi prestada aos servidores que mais se destacaram no que se refere à produtividade das suas pesquisas realizadas entre os anos de 2017-2020.

Amanda Costa é graduada em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Mestra em Engenharia Ambiental pela mesma universidade. A menção elogiosa prestada à professora foi o resultado de um mapeamento diagnóstico realizado pela COPEIN-SPP, juntamente com a Comissão de Levantamento Bibliográfico, para conhecer melhor os trabalhos desenvolvidos pelos servidores do Campus São Paulo do Potengi.

Conheça mais o perfil da professora Amanda Costa, saiba como ela trabalha e quais os diferenciais de sua atuação. Confira na íntegra a entrevista:

1: Em que Grupo de Pesquisa e Linha de Pesquisa você atua?
Como doutoranda, atuo no Grupo de Resíduos Sólidos (GRS) da Universidade Federal de Pernambuco e, na nossa Instituição, participo do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Meio Ambiente e Sociedade. Minha linha de pesquisa é o Saneamento Ambiental, especialmente o manejo de resíduos sólidos urbanos, tema que domina a maioria das minhas publicações científicas e pesquisas acadêmicas.

2: Há quantos anos você trabalha como pesquisadora? Quais seus trabalhos mais recentes desenvolvidos? Quais considera os mais relevantes?
Trabalho como pesquisadora desde a minha graduação, como bolsista de Iniciação Tecnológica e integrante do Grupo de Gestão Ambiental de Pernambuco, GAMPE, há 10 anos. Meus trabalhos mais recentes desenvolvidos tratam de pesquisa e aplicação de ferramentas para apoiar os gestores públicos na gestão adequada e sustentável dos resíduos sólidos, seja como tema de minha tese de doutorado, como também nos trabalhos acadêmicos que tenho orientado e projetos de pesquisa e extensão. Recentemente tive mais um artigo aprovado na Revista AIDIS de Ingeniería y Ciencias Ambientales: Investigación, desarrollo y práctica sobre Avaliação de Ciclo de Vida do produto, o qual eu considero um dos mais relevantes, pois traz um debate do uso dessa metodologia na gestão de resíduos e com estudo de caso na região nordeste, tema ainda pouco abordado em trabalhos acadêmicos. Destaco também como muito relevante nosso projeto de educação ambiental, o Treeducar, através do Núcleo de Prática Profissional e Extensão, o NEPP Ambiental de São Paulo do Potengi. O projeto, o qual eu atuo como coordenadora, tem tido destacada atuação nas redes sociais, participando de ações coletivas, mas também através da pesquisa e disseminação de informações ambientais de qualidade para a comunidade interna e externa.

3: Você trabalha com que tipo de pesquisa? Como é seu método de trabalho? Quem faz parte de sua equipe direta, há bolsistas ou você trabalha sozinho? Utiliza laboratórios?
Trabalho com dados sociais, econômicos e ambientais e ferramentas de gestão ambiental (tal como indicadores, pegada ecológica, avaliação de ciclo de vida do produto) aplicados ao manejo de resíduos sólidos urbanos, aqueles gerados nas cidades. O método de pesquisa consiste na coleta de dados em campo, junto aos locais de tratamento e disposição final, bem como com as empresas, pública ou privada, que realizam os serviços de limpeza urbana, assim como da construção de metodologias de sistematização das informações de apoio à tomada de decisão por parte dos gestores municipais. A revisão bibliográfica em bases científicas também é uma importante etapa de toda pesquisa. No grupo de pesquisa da UFPE não possuo bolsistas e utilizo o laboratório apenas em casos específicos em que pode ser necessário o estudo mais detalhado do resíduo/material.

4: Nesses anos de pesquisa, quais os diferenciais do seu trabalho enquanto pesquisadora?
Considero que meu diferencial está no empenho com a pesquisa para alcançarmos a sustentabilidade no meio urbano e reduzir os impactos das atividades humanas no meio ambiente, especialmente, quanto à geração de resíduos sólidos. O esforço está em buscar alternativas viáveis e construir uma base de dados consistente e sistematizada para que os tomadores de decisão possam se apoiar e assim atender às legislações nacionais e as expectativas do desenvolvimento sustentável.

5: Como foi para você o reconhecimento e o recebimento da menção elogiosa que o IFRN-SPP fez aos servidores que mais se destacaram enquanto pesquisadores?
Foi uma surpresa para mim, por ter chegado à Instituição recentemente, e uma grande alegria, tanto pelo reconhecimento pessoal, mas também pela ação que foi promovida, que poderá ser um instrumento de incentivo e estímulo para os demais colegas e para os nosso alunos também.

6: Na sua opinião, o que faz de alguém um pesquisador?
Aquele que está em busca de soluções, meios, colaborar com alguma demanda ou problemática da sociedade. '