Entre os dias 29 de setembro e 2 de outubro a comunidade científica brasileira que pesquisa células-tronco estará reunida para discutir e socializar os últimos avanços das pesquisas na área, no V Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular.

O evento, de grande prestígio na área, irá ocorrer em Gramado, no Rio Grande do Sul, e contará com a presença da Profª do IFRN Campus Santa Cruz, Carolina Corado da Silva Oliveira, que apresentará dois trabalhos, resultantes de suas pesquisas em parceria com a UFRN, o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE - PE), a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA) e, claro, o IFRN Campus Santa Cruz.

Em um dos trabalhos, intitulado ANÁLISE MORFOLÓGICA DA ADESÃO E PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS HUMANAS EM DISCOS POROSOS DE TITÂNIO, a Profª Carolina Corado é a primeira autora, e no outro, ESTABILIDADE ARIOTÍPICA PROGRESSIVA DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS HUMANAS CULTIVADAS NA PRESENÇA DE PARTÍCULAS DE TITÂNIO, participa como co-autora.

Segundo a professora e pesquisadora, os trabalhos apresentados tem por objetivos avaliar a morfologia e o comportamento celular das CTMH isoladas da veia do cordão umbilical cultivadas sobre discos porosos de titânio e também a análise citogenética após o crescimento in vitro dessas células em diferentes condições de tratamento.

As células tronco mesenquimais humanas (CTMH) são células multipotentes que podem ser isoladas de diversos tecidos adultos e quando cultivadas in vitro têm a capacidade de aderir ao plástico de cultivo, de auto-renovação e de diferenciação em osteoblastos, adipócitos e condroblastos. O interesse biológico e clínico nestas células está aumentando consideravelmente nas duas últimas décadas, visto seu potencial para a terapia celular regenerativa, elas já estão sendo implantadas em pacientes com excelentes efeitos terapêuticos.

Por sua vez, o titânio é muito utilizado em implantes odontológicos e próteses ortopédicas por ser um material bioinerte e biocompatível. Pesquisas recentes têm investigado o potencial do titânio para ser usado como uma plataforma de adesão, proliferação e diferenciação de CTMH com o objetivo de melhorar a osseointegração dos implantes e próteses. Diferentes tratamentos na superfície do metal e diferentes graus de porosidade no implante também têm sido investigados.

Na imagem ao lado é possível ver como a coloração computadorizada destaca as células (em laranja) do titânio (em azul).