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VI Simpósio de Extensão do IFRN destaca a luta contra a desigualdade

Mostras e apresentação estendem-se até esta quarta-feira, 31

Publicada em 31/10/2018 Atualizada há 1 ano

Projeto Cactário Maria Bonita. Foto: Luiza Kalyne (projeto 50 mm, Campus natal-Cidade Alta)

Por Davi Severiano (da Reitoria)

A enfermeira Juliana Cavalcante foi uma das muitas pessoas que visitaram a IV Semana de Ciência, Tecnologia e Extensão do IFRN (Secitex). Ela, que é ex-aluna de escola federal, avaliou com muita positividade a interdisciplinaridade presente na mostra de trabalhos. “Na minha época, nós fazíamos os trabalhos voltados apenas para os nossos próprios cursos. E eu percebi que os alunos envolvem várias áreas do conhecimento”, ressaltou.

Juliana, que também é mãe de uma aluna do Instituto, reforçou a importância de vivenciar a experiência acadêmica dentro de uma realidade social local, ao afirmar que “quando eles (alunos) enxergam as coisas de outra forma, de dentro das comunidades, o foco fica mais interessante”, finalizou ela, entre estandes e corredores do VI Simpósio de Extensão do IFRN, que acontece na quadra 2 do Campus Natal Central, sede e organizador desta edição do evento.

A extensão e sua dimensão institucional

A Secitex 2018 tem como tema “Ciência para a redução das desigualdades”. Para Régia Lúcia Lopes, pró-reitora de Extensão do IFRN, é possível traçar um perfeito paralelo com a prática de atividades de extensão realizadas nos campi: “Faz parte do nosso objetivo usar educação, ciência e tecnologia para redução da desigualdade social. A extensão é uma dimensão institucional que leva todo o saber até a comunidade com fins de desenvolvê-la”, aponta.

Régia também destaca o Instituto como participante de uma realidade transformadora em de cada localidade. “Os projetos de extensão que estão sendo apresentados no Simpósio em forma de mostras e de pôsteres são resultado do que os campi fazem para trazer à sociedade ações que resultem em uma melhor qualidade de vida, seja do ponto de vista cultural, social ou tecnológico”, afirma. Segundo ela, a Extensão é um processo dialógico: “é o diálogo da instituição com a sociedade. Leva o conhecimento formado, leva o aluno a trabalhar na sua formação como cidadão, reconhecendo os problemas da sociedade e buscando através do conhecimento para resolução desses problemas”, concluiu.

Papel social

Para cumprir esse papel social, é preciso ir além dos muros do campus e encarar a realidade local com as ferramentas educacionais. Um bom exemplo disso é o projeto “Do lixo à cidadania: um relato de experiência sobre o Programa Mulheres Mil na região do Potengi”, que contou com a participação de João Augusto e Maria Sâmara, estudantes do 4º ano do curso técnico integrado em Meio Ambiente no Campus São Paulo do Potengi. Os alunos apresentaram no Simpósio a proposta e os resultados do projeto, que capacita mulheres em situação de vulnerabilidade a transformarem materiais normalmente colocados no lixo pelas pessoas em objetos de artesanato e uso doméstico.

“A ideia surgiu a partir da constatação de que há uma má distribuição de materiais descartados na nossa região. Um dos objetivos é diminuir a quantidade de resíduos na nossa região”, lembra João Augusto. Por outro lado, também houve um resgate da dignidade social das mulheres participantes, que Maria Sâmara coloca como o ponto alto da atividade. “Além de atuar para minimizar a geração desses resíduos, o projeto serviu para gerar renda para essas mulheres e para as famílias envolvidas e também contribuiu para a autoestima delas”, declarou. Maria ainda colocou o empoderamento feminino como um dos destaques realizados pela atividade.

Palavras-chave:
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