Em junho, mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) está com uma série especial de matérias sobre projetos desenvolvidos nessas temáticas; a iniciativa é conduzida pela Coordenação de Jornalismo e Imprensa – com suporte das demais coordenações da Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional (Dici). Iniciamos a série apresentando o “SirenSat: Um sistema de monitoramento marinho e costeiro para detecção de lixo plástico”, do Campus Parnamirim.

Com o objetivo de estudar formas viáveis de monitoramento de acúmulo de lixo plástico em áreas costeiras, nasceu em 2024 o projeto SirenSat. Para acompanhar esses resíduos, foi desenvolvido um pico-satélite (CubeSat) ligado a uma Inteligência Artificial (IA), que unido ao método de pesquisa científica das áreas aeroespacial e de sustentabilidade projetou um protótipo funcional de monitoramento. Com isso, foi possível unir o conhecimento das estudantes - dos cursos técnicos de Mecatrônica e Informática - com o da professora de Biologia, neste projeto.

Para a docente e líder do SirenSat, Thayse Azevedo, a iniciativa é relevante para auxiliar na resolução do problema. A professora também explica a escolha do lixo plástico como foco na pesquisa: “a gente ainda tem uma produção e consumo de plástico altos, e ele em geral tem uma demora de degradação no ambiente. Isso tem impactado negativamente as espécies não só marinhas, mas também costeiras. Então, por exemplo, os ciclos reprodutivos de tartarugas podem ser atrapalhados por acúmulo de lixo que podem acontecer nos ninhos”, informou.

Próximos passos

O projeto - com equipe 100% feminina - participou em 2024 do Programa Power4Girls, promovido pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil. A ação visa o protagonismo das garotas na ciência e na tecnologia, e contou com a presença das estudantes do projeto: Cecília Helena, Maria Clara Alves, Anna Larissa e Nathaly Ermínio.

Segundo a estudante Cecília, a participação foi motivo de orgulho, por ter dado visibilidade a um trabalho complexo: “o Power4Girls permitiu que a gente desenvolvesse um projeto como um símbolo também de sustentabilidade e de força das mulheres. Então, foi uma experiência que mudou totalmente a minha vida, porque permitiu que o Siren virasse muito mais do que só um projeto de pesquisa, mas algo maior”, disse.

Recentemente a iniciativa recebeu novos estudantes, e com o crescimento, virou também projeto de extensão. Intitulado “O que é STEAM? Estimulando jovens do ensino fundamental da rede pública a conhecerem ciência e tecnologia em suas vivências”, a iniciativa iniciou oficialmente nesta segunda-feira (9/6) e tem o objetivo de apresentar a carreira tecnológica no IFRN aos estudantes da rede pública de ensino em Parnamirim.