Jics 2024
Superação e inclusão marcaram a 10ª Edição dos Jogos Intercampi dos Servidores
Com conquistas emocionantes, o evento destacou determinação, inspiração e incentivo à participação
Publicada por Ester Macedo em 09/10/2024 ― Atualizada há 1 mês, 1 semana
Entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro, aconteceu a décima edição dos Jogos Intercampi dos Servidores (Jics) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). O evento, promovido pela Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor (Coass) e a Diretoria Sistêmica de Gestão de Pessoas (DIGPE), contou com diversas modalidades, incluindo: futsal, basquete misto, voleibol, queimada, atletismo, natação, xadrez e tênis de mesa.
Durante os dias de evento, servidoras e servidores conquistaram medalhas e, além disso, vivenciaram histórias inspiradoras de superação, fortalecendo os laços de união e determinação entre os participantes. As trajetórias compartilhadas revelaram não apenas o esforço físico e técnico, mas também a superação de desafios pessoais e coletivos, reforçando o espírito de comunidade e o comprometimento com o desenvolvimento contínuo, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.
“Queria correr mais”
Michelle Guimarães, professora de Apicultura no Campus Pau dos Ferros, participou dos jogos pela primeira vez, apesar de já integrar a Instituição há 10 anos: "Foi uma experiência incrível, muito gratificante e, acima de tudo, de superação. Não imaginava que conseguiria conquistar oito medalhas, mas deu tudo certo", destacou.
Durante sua participação nos jogos, Michelle trouxe o filho Isaac, de cinco anos, para torcer, mas ele acabou roubando a cena como um pequeno atleta. No primeiro dia das competições de atletismo, após o encerramento das provas, Isaac pediu para dar uma volta no estádio e correu os 400 metros da pista. O reitor do IFRN, professor José Arnóbio, ficou encantado com a iniciativa e garantiu que arranjaria uma medalha para ele.
No segundo dia, Isaac correu os 100 metros rasos e foi premiado com uma medalha de ouro pelo reitor. "Isaac ficou muito feliz, e nós ainda mais, pois sabemos o quanto esse gesto pode ser um grande incentivo para o futuro dele", explicou a mãe, Michelle. Questionado sobre sua participação na competição, Isaac respondeu com entusiasmo: "Eu corri muito rápido, e do jeito que corri, queria correr mais".
No pódio
A abertura dos jogos foi marcada pela corrida de rua de 5 km, e logo nessa prova inicial surgiram histórias inspiradoras. Uma delas foi a de Amanda Palhares, técnica de Laboratório de Microbiologia, que enfrentou grandes desafios durante a competição. Mesmo acostumada a correr distâncias maiores, Amanda passou mal devido a medicamentos tomados no dia anterior: “Nunca imaginei que uma corrida de 5 km pudesse me levar aos meus limites. O mal-estar me surpreendeu, e a vontade de desistir era grande, mas a determinação de concluir o que havia começado me impulsionou a seguir em frente”, relatou.
Amanda explicou que, logo nos primeiros metros, começou a sentir dores e fraqueza muscular, mas sua força mental foi crucial para continuar: "Cruzar a linha de chegada foi uma vitória não apenas sobre o meu corpo, mas sobre a minha mente. Descobri uma força interior que eu nem sabia que tinha", refletiu a servidora, emocionada com a superação pessoal que vivenciou durante a prova.
Na mesma corrida, pela categoria “50+”, Ideíze Medeiros, técnica em Enfermagem no Campus São Gonçalo do Amarante, também surpreendeu. Sem nunca ter corrido antes, mas acostumada à musculação, ela decidiu se inscrever para testar sua resistência: "Eu não gosto de correr, mas resolvi participar para ver como estava meu condicionamento", contou. Para sua surpresa, conquistou o 3º lugar no pódio: "Fiquei surpresa com o resultado. Isso prova que não devemos desistir antes de tentar", comemorou Ideíze.
“Um pedido: incentive”
Ainda na abertura dos jogos, André Nobre, servidor do Campus Natal-Central, conquistou a vitória na corrida de rua na categoria para Pessoas com Deficiência (PCD). Ao subir ao pódio com seu troféu e medalha, ele ressaltou a importância da inclusão de PCDs em eventos como esse.
"Peço um favor a cada colega: se você conhece um servidor com deficiência, incentive e insista para que ele participe na próxima edição. Quanto mais pessoas participarem, mais bonita será a prova," concluiu André, destacando o valor da representatividade e do incentivo à participação.
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- IFRN JICS 2024 Esporte Servidores