Propriedade Intelectual
Série especial destaca tecnologia que promove inclusão produtiva de pessoas com deficiência
Dispositivo criado no IFRN permite que cadeirantes operem máquinas de costura com autonomia e segurança
Publicada por Renan Gabriel em 18/06/2025 ― Atualizada em 18 de Junho de 2025 às 09:36
Encerrando a série especial em comemoração ao Mês da Propriedade Intelectual, o Núcleo de Jornalismo (Nujor) ligado à Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional (Dici) do IFRN apresenta uma inovação voltada à promoção da acessibilidade: um acessório adaptado a cadeira de rodas para acionamento de máquinas de costura eletrônicas. A tecnologia foi desenvolvida por Jorge Luiz Ferreira Rabelo, assessor de Empreendedorismo Inovador, e está registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
A patente
O dispositivo foi projetado para permitir que pessoas com deficiência motora nos membros inferiores operem máquinas de costura com as mãos livres, garantindo autonomia e igualdade no ambiente de trabalho. A invenção une-se à cadeira de rodas e utiliza comandos mecânicos simples para acionar o pedal da máquina, simulando os movimentos normalmente feitos com os pés.

De acordo com Jorge Rabelo, a proposta tem potencial para gerar impacto direto na inclusão profissional de cadeirantes: “Com esse dispositivo, as confecções passam a ter condições reais de contratar cadeirantes para operar máquinas de costura. Hoje, geralmente, essas pessoas atuam em funções manuais e com baixa exigência de mobilidade, mas agora podem exercer a atividade principal da costura com independência e eficiência.”
Além de atender às exigências legais de inclusão no mercado formal de trabalho, a tecnologia coloca cadeirantes em situação de igualdade no desempenho das funções, sem a necessidade de adaptar o ritmo ou a qualidade da produção. “A diferença é que, com esse acessório, a pessoa pode costurar com as duas mãos livres, enquanto o controle da velocidade fica acoplado à cadeira. Isso garante um processo natural e mais produtivo”, explica o inventor.
Sobre o registro da patente, Jorge destaca sua importância como forma de dar visibilidade à produção científica e tecnológica desenvolvida no IFRN: “Registrar é valorizar o que fazemos na pesquisa aplicada. É uma forma de mostrar o resultado dos nossos projetos e, ao mesmo tempo, incentivar outros servidores e pesquisadores a protegerem suas criações.”
Encerramento da série
Com essa última publicação, a série especial do IFRN reforça o papel das patentes como ferramenta de transformação social, de estímulo à inovação e de valorização da ciência aplicada ao cotidiano. As matérias destacaram tecnologias desenvolvidas por servidores e estudantes da instituição, com impactos que vão desde a geração de energia renovável até o fortalecimento da acessibilidade e da inclusão.
- Palavras-chave:
- IFRN Patente Propriedade Intelectual Inovação