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Servidores e estudantes planejam ações de combate à violência de gênero no IFRN

Ação faz parte de projeto de pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Publicada em 01/04/2022 Atualizada há 12 meses

Projetos reforçam o papel inclusivo do Instituto e reitera seu compromisso com o respeito aos estudantes.

Na tarde do dia 29 de março, servidores e estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) reuniram-se na Reitoria do Instituto para planejarem um manual e um documentário acerca do tema da violência de gênero na instituição. A ação faz parte do plano de trabalho de um projeto de pesquisa fomentado pela Chamada MCTIC/CNPq nº 28/2018 - Universal. A investigação, em processo de finalização, "identificou inúmeras situações de sofrimento físico e psíquico vividas por discentes em três instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT): o IFRN e os Institutos Federais do Pará (IFPA) e de Pernambuco (IFPE)", informou Avelino Lima Neto, pró-reitor de Pesquisa e Inovação. 

Representando o Instituto, estiveram presentes Avelino, que também é coordenador do projeto; Valéria Oliveira, assistente social e diretora de Gestão de Atividades Estudantis do IFRN; Walkyria Teixeira, auditora; Suély Souza, docente do Campus Natal-Central. Pelos estudantes, participaram as representantes da Rede de Grêmios do IFRN (Regif), Karydja França, presidente da Regif; Rayssa Kelly de Berto Ramos, vice-presidente no Grêmio Estudantil Djalma Maranhão (GEDM); Laura Bandeira, da Diretoria de Mulheres no GEDM;  Fernanda de Souza Fernandes, 1° Secretaria no GEDM;  Daniel Luis de Melo Pinheiro, 1° Tesoureiro no GEDM; Maria Raquel Ribeiro Fonseca, Diretoria de Mulheres no GEDM; Julia Fernanda Lemos Bezerra, Diretoria de Formação Política e Sustentabilidade do GEDM. Também participaram do encontro as estudantes Carolina Xavier, do curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP) do Campus Natal-Central, e Kívia Moreira, coordenadora do Movimento de Mulheres Olga Benário.

Combater violências, acolher estudantes

Carolina Xavier explica que o manual está especialmente ligado à sua dissertação de mestrado, cujo tema são as práticas pedagógicas do IFRN e suas relações com o acolhimento de estudantes vítimas de violências de gênero. “O manual objetiva oferecer a estudantes e à comunidade em geral um dispositivo acessível de combate às violências, a fim de que as vítimas se sintam mais acolhidas pela instituição”, comenta.

Ao ser questionada sobre a importância dessa ação, que está voltada não apenas para as violências de gênero, mas também àquelas relativas à orientação sexual e identidade de gênero, a discente Laura Bandeira afirmou que “pode ser um grande passo para estimular estudantes a procurarem ajuda. Será uma forma de intimidar agressores, já que os estudantes estarão informados e o tema será exposto”.

Walkyria Teixeira mencionou que a instituição já aplica punições às situações acima descritas, mas que um manual poderá tornar esse processo ainda mais transparente e público.

Documentário

Além do manual, a pesquisa dará origem a um documentário acerca do tema. Dirigido por Suély Souza, docente de Artes Visuais, a produção envolverá seus orientandos do Ensino Médio Integrado, que atuarão na gravação e edição de imagens. Sobre o assunto, o professor Avelino, coordenador da investigação, salientou que “é natural que muitos dos estudantes entrevistados sintam dificuldades em manifestar, com palavras, as violências sofridas. Ao recorrer ao documentário, deixamos as imagens expressar o que as palavras não conseguem”.

A previsão é de que o manual e o documentário sejam lançados no segundo semestre deste ano, por ocasião do II Simpósio Franco-Brasileiro de Educação Profissional, a ser realizado em outubro.