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Reitor do IFRN defende manutenção de orçamento junto a Secretário de Educação do MEC

Wyllys Fakatt Tabosa participou de reunião do Conif, em Brasília, nesta terça-feira (7)

Publicada em 08/05/2019 Atualizada há 12 meses

Mesa de abertura da reunião. Imagem: Marcus Fogaça.

Em reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) que aconteceu nesta terça-feira (7), em Brasília, o reitor do IFRN, Wyllys Farkatt Tabosa, destacou a impossibilidade das instituições federais de ensino funcionarem até o final do ano com o bloqueio orçamentário realizado na última quinta-feira (30). O encontro contou com a participação do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Ariosto Antunes Culau, que falou, pela primeira vez, aos dirigentes da Rede Federal,

No IFRN, o bloqueio é da ordem de 30% do orçamento geral de funcionamento e 39% do custeio das despesas básicas com os contratos de água, energia e empresas de terceirização. "Na prática só ficaremos com 60% para fazer frente a todas as despesas de funcionamento, o que é inviável", destacou Wyllys. 

De acordo com nota publicada pelo Conif, o secretário falou na reunião que o bloqueio de 30% no orçamento de universidades e institutos federais foi uma medida preventiva e de adequação à política econômica do governo. “Com certeza foi o maior contingenciamento em termos percentuais dos últimos anos. Temos consciência disso, porém já conversei com o ministro Abraham Weintraub para buscarmos uma recomposição dos valores junto ao presidente da República. O que posso afirmar é que nada é definitivo”, declarou.

Foi então que o reitor do IFRN reforçou a impossibilidade de funcionamento dos institutos federais e das universidades com o bloqueio já realizado. Além disso, destacou que não houve comunicação prévia à Rede Federal para informações e esclarecimentos sobre o corte.

Além do reitor do IFRN, os reitores dos Institutos Federal de Santa Catarina (IFSC), Maria Clara Kaschny Schneider, e Farroupilha (IFFar), Carla Comerlato Jardim, fizeram intervenções durante a reunião. Em uníssono, os conselheiros demonstraram preocupação com as consequências do contingenciamento que, apesar de ter impactos distintos em cada uma das instituições, comprometerá a oferta e o andamento de cursos, projetos em andamento, serviços cotidianos, dentre outros. A reitora do IFSC destacou que as instituições vinham trabalhando com um percentual de 20% e foram surpreendidas com o valor maior, o que gerou instabilidade e vai inviabilizar muitas atividades. 

O reitor Wyllys Farkatt Tabosa segue com agenda em Brasília para a mobilização dos agentes públicos do Rio Grande do Norte e do país para a revogação do bloqueio estabelecido. "É um momento muito difícil, mas não vamos desistir. Precisamos que o projeto nacional de educação se mantenha e se fortaleça. Estamos todos nessa luta", explicou o reitor que, nesta quarta (8), participa da reunião do Conif com a Frente Parlamentar dos Institutos Federais, na Câmara dos Deputados. No dia 10 há também uma audiência marcada com o Ministro da Educação, Abraham Weintraub.