No período de 28 a 30 de junho, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) levou para o Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) a apresentação do projeto TARRALFA. O trabalho nasceu da necessidade de os pescadores serem alfabetizados para tirarem sua carteira de náuticos e é coordenado pelo setor de Extensão do Campus Natal-Central do IFRN. 

A proposta é levar a alfabetização até onde eles moram, em Pirangi do Sul/RN. De acordo com Mateus Nascimento, coordenador do projeto, antes do início das atividades, houve uma pesquisa para analisar em que horários eles poderiam ter as aulas. A partir desse diálogo, foi criada a sala de aula que funciona na marina, espaço que fica próximo ao mar e aos barcos. 

Em 2017, foi criada a primeira edição do projeto, que contou com parcerias municipais para acontecer. “Enquanto instituição de ensino médio, nós não poderíamos certificar. Tivemos que entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Nísia Floresta, que assinou um convênio com o IFRN para apoiar o projeto de Extensão”, explicou Mateus. O projeto também tem a coordenação da servidora Maria Soares. 

Atualmente, a iniciativa conta com 28 alfabetizadores e cerca de 15 alunos. Jailza Messias é voluntária e fala sobre a relevância do Tarralfas na vida dos pescadores. “Acho muito importante. Agora eles podem participar ativamente do mundo letrado”, relata. Já na segunda edição do projeto, os alunos encontram-se na fase da contextualização do processo de alfabetização. 

O Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) foi realizado neste ano na UFRN, durante o período da Cientec. Ele tem como objetivo discutir os desafios da extensão universitária no Brasil.