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Escola conectada

Projeto do IFRN, governo estadual e Funcern levará wi-fi para escolas do RN

Visitas são para diagnóstico e implantação de conexão sem fio em escolas da rede estadual

Publicada em 11/11/2022 Atualizada há 1 ano, 1 mês

Equipe do Campus Natal-Zona Leste visitaram escolas da rede estadual; foto: Williany Souza

Com o intuito de democratizar o acesso à internet e buscando a inclusão social, o projeto Escola Conectada iniciou, em outubro de 2022, visitas técnicas às escolas da rede estadual. A iniciativa, inédita no Rio Grande do Norte, conta com a parceria entre o IFRN, a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern) e a Secretaria de Estado, da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte (Seec/RN).

O diretor de Educação a Distância e Tecnologias Educacionais do Campus Natal-Zona Leste do IFRN, Wagner Oliveira, conta que a iniciativa surgiu a partir de um encontro com o secretário de educação, professor Getúlio Marques. Na ocasião, foram discutidas demandas do Estado para a compra de equipamentos e instalação de internet wi-fi em todas as escolas do RN. Wagner é coordenador-geral do projeto Escola Conectada.

Ajuda à sociedade

Segundo o professor, cerca de 600 escolas estão sendo visitadas por colegas docentes e estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. É o caso do professor de matemática do Campus Lajes do IFRN, João Saturnino: “sou formado como técnico em informática e durante a minha graduação sempre tentei fazer com que a minha profissão ajudasse a sociedade. O fato de ter me tornado posteriormente professor de Matemática uniu as coisas, eu pude saber que fiz parte dessas sementinhas que estão sendo plantadas aqui com o projeto e que vão gerar muitos frutos”. João ainda disse que participar do Escola Conectada é algo que o deixa sempre muito emocionado.

O professor disse já ter passado – e sido muito bem recebido - por dez instituições: “A receptividade tanto de servidores quanto de estudantes que estavam nas escolas, a boa vontade de nos atender, de estarem querendo algo mais. Perceber nos momentos de suas falas o quanto essas pessoas se importam e quantos diamantes brutos temos aqui dentro do nosso estado chamaram a minha atenção”.

O professor Saturnino foi além das visitas técnicas: firmou parceria entre o Campus Lajes e as escolas de Pedro Avelino, município a 160 km da capital potiguar. A partir da conclusão do projeto Escola Conectada, essas instituições poderão solicitar manutenção e treinamentos com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

Experiência ímpar

Para Erick Bergamin, professor de Web Design do Campus Natal-Zona Leste do IFRN, participar do projeto Escola Conectada tem sido uma experiência ímpar. “Ao entrar em contato com os diretores, abrimos uma porta de conexão entre o Instituto Federal e as escolas do estado”, afirmou. O professor ainda relatou que gestores dessas instituições já entraram em contato para agendar visitas ao Instituto, com o intuito de apresentar o Campus Zona Leste a alunas e alunos.

Até o momento, foram 21 visitas técnicas realizadas pelo professor Erick. Além dele, outros 32 docentes e 33 estudantes do IFRN estão empenhados em levantar dados de todas as escolas da rede estadual.

Na Escola Estadual Manoel Carneiro da Cunha, zona rural de Potengi – região metropolitana de Natal –, a professora de Língua Portuguesa e diretora, Midiam Araújo (43), já aguardava pela visita técnica que acontecera na manhã de 7 de novembro. Na ocasião, a diretora conversou com o professor Erick sobre a infraestrutura da instituição de ensino, quantos alunos estudam nela e contou um pouco dos desafios que enfrentam para oferecer uma educação de qualidade aos estudantes da comunidade.

Dinâmicas de ensino

Questionada sobre como o projeto Escola Conectada contribuirá para um projeto pedagógico criativo e inovador, Midiam respondeu que acredita que a partir dele a Escola Manoel Carneiro poderá utilizar em aulas recursos visuais e aperfeiçoar dinâmicas de ensino. “Só da gente poder mostrar os vários vídeos de variações linguísticas que existem para trazer experiências de outras comunidades, isso muda a nossa visão de local. A gente passa a entender que isso aqui é só uma célula no meio de um corpo gigantesco e que esse corpo precisa se comunicar. Às vezes a gente não tem essa noção de mundo, então o Escola Conectada vai mudar muito o projeto pedagógico. Sem tecnologia a gente fica só no livro, desatualizado e sem ter nada a ver com a comunidade”, disse a diretora.

Atualmente, mais de 250 alunos frequentam as aulas. Na escola, ainda não existe uma conexão que possa ser compartilhada com eles. Mas através do Escola Conectada, Midiam Araújo poderá tirar outros projetos do papel. “Com internet, a escola seria um ponto de referência para colocar eles para estudar usando as tecnologias. Ter tecnologia para ensinar é fundamental, é básico, é show!”, finalizou a professora.

Palavras-chave:
ensino
extensao

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