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Projeto Caatinga Viva recebe o prêmio Mandacaru II

O projeto é desenvolvido pelo IFRN e mais quatro instituições parceiras

Publicada em 25/03/2014 Atualizada há 1 ano, 3 meses

O Prêmio busca estimular iniciativas de convivência solidária e sustentável com o semiárido, apoiando financeiramente projetos e práticas inovadoras que promovam a melhoria da qualidade de vida das comunidades do semiárido. O tema desse ano foi ”Água, Participação e Soberania Alimentar”.  

Ao todo, foram distribuídos R$ 1 milhão para as 12 instituições vencedoras, divididas em quatro categorias: 1 - Experimentação no Campo; 2 -Práticas; 3 -Pesquisa Aplicada  e 4 - Gestão Inovadora.  O Projeto Caatinga Viva foi um dos quatro vencedores na segunda categoria, cabendo à ONG Carnaúba Viva, que o inscreveu, o  prêmio de R$ 400 mil.  

A premiação é uma das ações do Programa Cisternas, executado pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS, com recursos financeiros da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

O Projeto

O Projeto Caatinga Viva foi concebido pelo pesquisador norte-rio-grandense Sílvio Tavares, da Embrapa Solos  do Rio de Janeiro, com o objetivo de desenvolver um biocombustível sólido que pudesse ser usado como alternativa energética à lenha de caatinga utilizada nos fornos das indústrias cerâmicas instaladas no Baixo-Açu potiguar – os chamados briquetes, que seriam produzidos principalmente a partir de uma matéria-prima farta na região: os resíduos da produção de cera de carnaúba.

Em 2010 o Projeto foi um dos mais de 900 inscritos no Programa Petrobras Ambiental, tendo ficado em primeiro lugar entre os 44 selecionados, de todo o Brasil.  Com a aprovação, o projeto recebeu R$ 3,5 milhões para ser executado e será concluído ainda nesse semestre.

Por ser uma instituição de ensino e pesquisa, o IFRN foi escolhido para sediar a fábrica-escola de briquetes no Campus Ipanguaçu. Além de produzir os briquetes, a fábrica também funcionará como um laboratório em escala real para os alunos do Campus desenvolverem pesquisas sobre  biocombustíveis sólidos a partir de outras matérias-primas, como é o caso do capim-elefante. 

 Outras três instituições fazem parte do projeto: a Associação Norte-Rio-Grandense de Engenheiros Agrônomos (ANEA), responsável pela articulação entre os diferentes atores sociais envolvidos nas questões ambientais na região e na capacitação de técnicos extensionistas e profissionais de nível superior que atuam na área ambiental; a Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN), que está testando uma tecnologia de tratamento final das águas do esgoto, utilizando-as para adubar a produção experimental de capim-elefante para produção de energia; e a ONG Carnaúba Viva,  promotora de ações de educação ambiental atingindo 11 mil alunos e mais de 600 professores das escolas públicas dos nove municípios.

Palavras-chave:
pesquisa

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