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Por Dentro do IFRN

Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação fala sobre ações e planejamento da sua gestão

Entrevista com Márcio Azevedo pontua informações relevantes sobre a ciência e a inovação no IFRN

Publicada em 11/08/2016 Atualizada há 1 ano, 7 meses

Márcio Azevedo, pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFRN

Em abril de 2016, o professor Márcio Azevedo, até então diretor-acadêmico do Campus Canguaretama, assumiu a responsabilidade de coordenar uma área central para o desenvolvimento do IFRN: a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação. Graduado em pedagogia pela UFRN, ele é especialista em Processos Educacionais, mestre e doutor em Educação pela mesma Universidade. Possui pós-doutorado em Sociologia da Educação pela Universidade do Minho/Portugal, além de atuar na área de políticas de educação profissional e formação docente e ser membro de associações acadêmico-científicas brasileiras e internacionais. Ingressou como professor do IFRN em 2009. É docente, também, no mestrado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional do Instituto. A fim de darmos continuidade à campanha Por Dentro do IFRN, e conhecermos mais do que vem sendo feito e planejado pela Pró-Reitoria, conversamos com o professor Márcio.

1 - Qual foi a sensação ao assumir a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação?

Um desafio. A pesquisa científica, a inovação tecnológica e a pós-graduação strictu sensu avançaram significativamente no Brasil e na própria Rede Federal, refletindo no IFRN, principalmente no contexto da expansão. Mas temos um enorme desafio, que é consolidar e ampliar, porque são processos de desenvolvimento que não podem parar.

2 - Como vem sendo esses dias? 

Temos investido na apropriação do trabalho, no planejamento, replanejamento e mapeamento das ações. Atuamos em várias frentes: projetos de pesquisa e de inovação, pós-graduação strictu sensu, núcleos de pesquisa, parcerias interinstitucionais, editora, periódicos, eventos acadêmico-científicos e tecnológicos, além de atividades decorrentes do Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT, como aquelas vinculadas às incubadoras.

3 - Qual o principal objetivo da Propi hoje?​ E o desafio? 

O principal objetivo é consolidar e ampliar a pesquisa, a inovação, as parcerias interinstitucionais (nacionais e internacionais) e a pós-graduação, naquilo que é próprio da PROPI. A nossa referência é o PDI, mas a ciência e a tecnologia avançam e se reinventam, em velocidades instantâneas. O nosso desafio é não perder isso de vista, avançando naquilo que a sociedade espera de nós e no que o mundo globalizado nos impõe.

4 - O senhor poderia citar algumas ações que vêm sendo  feitas para atingir os objetivos?

O professor Wyllys, ao assumir, orientou a equipe sistêmica a investir no diálogo e no cumprimento dos objetivos institucionais, referenciados no Projeto Político Pedagógico (PPP) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). A PROPI reorganizou o Comitê de Pesquisa e Inovação, no sentido de se tornar um órgão consultivo e de elo entre a Pró-Reitoria e os Campi, em contínuo diálogo. Temos investido no trabalho coletivo, podendo citar as diversas comissões que já foram criadas, tais como: para a elaboração do edital de fomento à participação de servidores e estudantes em eventos acadêmico-científicos e tecnológicos (edital 05/2016); para a reorganização do Repositório institucional; para a elaboração do Prêmio Empreendedorismo Inovador; e para a pesquisa e inovação voltadas às áreas de arte, esporte e lazer. Estamos reorganizando também os processos de publicação, submissão e de acompanhamento dos editais de pesquisa, de publicações por parte da editora, além de ações que preveem no primeiro momento, a melhoria do gerenciamento das incubadoras existentes, e numa segunda etapa, a ampliação para outros Campi. Estamos dialogando com instituições externas, como a COSERN, para o estabelecimento de parcerias no âmbito da pesquisa em eficiência energética. Podemos citar e comemorar também a assinatura do primeiro contrato de fornecimento de tecnologia da Instituição. O documento tem o objetivo de permitir a comercialização dos produtos desenvolvidos pela Collaborative Internet of Things (Internet das Coisas Colaborativas), ou simplesmente Coiot, que é o primeiro caso de spin off da Instituição. Conseguimos o aumento de cotas para os editais de pesquisa do PIBIC-EM (45%), a manutenção do PIBIC e do PIBIC-Ações Afirmativas. Em que pese os cortes generalizados, tanto para as universidades quanto para os institutos federais de todo o País, apenas - e lamentavelmente - o PIBIT sofreu corte no IFRN (33%).

5 - E quanto ao planejamento? O que servidores e alunos podem esperar da Propi?

O nosso fazer está essencialmente fundamentado no que está posto como diretriz do PPP e do PDI. A comunidade pode esperar de nós aquilo que o nosso reitor orientou e se comprometeu publicamente, ao se eleger: o trabalho focado nos objetivos institucionais e no cumprimento da função social do IFRN, com ênfase na consolidação e no avanço, em nosso caso, dos processos associados à ciência e à tecnologia.

5 - Os gestores do IFRN vêm falando cada vez mais em consolidar a identidade institucional. Qual a importância da Pesquisa e da Inovação para essa consolidação? 

Vou usar a ideia de espécie, para dizer que somos algo do tipo raro. Somos uma instituição que trabalha com programas voltados ao público-alvo do ensino fundamental, além de ofertarmos ensino médio, graduação tecnológica, licenciatura e pós-graduação lato e strictu sensu. Temos infraestrutura física, material e humana que fazem a diferença. Os nossos estudantes têm acesso além do que já mencionei, a serviços e assistência que fazem a diferença na formação escolar e acadêmica. Da alimentação escolar à participação em eventos acadêmico-científicos internacionais. Associada ao ensino e à extensão, os processos de pesquisa e de inovação reforçam, motivam e ampliam aquilo que é essencial em nossa instituição: a formação humana integral, de qualidade socialmente referenciada. Isso é desenvolvimento pleno, isso é consolidação da nossa vocação e da nossa identidade institucional.

Palavras-chave:
pesquisa

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