O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi) e da Assessoria de Comunicação Social e Eventos (Asce), realizou, no dia 27 de abril de 2023, a roda de conversa “O que é ser mulher, pesquisadora e cientista?”. O encontro aconteceu às 19h, no Mahalila Café, em Natal, no RN. O objetivo do evento foi promover uma conversa em que mulheres pesquisadoras do Instituto pudessem falar sobre o seu trabalho, os desafios e as conquistas.

O diálogo contou com a presença das professoras e pesquisadoras Rebecka de França, Mestre em Ensino de Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e licenciada em Geografia pelo Campus Natal-Central; Elizama Lemos, doutora em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Universidade do Minho (UMinho), de Portugal, e professora do Campus Natal-Zona Leste; e Sheyla Lucena, doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professora do Campus Natal-Central. A conversa foi mediada pela assessora de Comunicação Social e Eventos da Reitoria, a publicitária Clara Bezerra.

Durante a conversa, foram apresentados dados, como os divulgados por matéria da Folha de São Paulo que destaca: as mulheres são maioria entre cientistas brasileiros, possuindo 58% das bolsas Capes, mas apenas 7% delas integram as mais altas instâncias entre os acadêmicos. O diálogo abordou temáticas como sobrecarga de trabalho para mulheres, a partir do acúmulo de atividades, a autoexigência na busca por perfeccionismo, questões sociais e de gênero que exacerbam esses desafios para mulheres negras e transsexuais. Ao mesmo tempo, a conversa destacou a maior capacidade transdisciplinar, um olhar para o todo, a gestão articulada em parceria e com reforço a oportunidades e colaborações como destaque para a atuação de mulheres na ciência e na gestão institucional, além das conquistas de cada uma das convidadas.

“Foi muito grandioso estar ao lado de mulheres cis de várias representatividades, podendo falar das especificidades das mulheres trans que produzem e fazem ciência”, contou Rebecka, que também é coordenadora-geral da Associação de Travestis e Transexuais Potiguares na Ação pela Coerência no Rio Grande do Norte (Attransparencia-RN).

Sheyla afirma que a experiência foi muito boa e destaca o protagonismo das mulheres que estiveram ao seu lado. “Foi uma experiência maravilhosa! Foi uma honra compartilhar o palco com mulheres tão corajosas e com histórias de vida tão inspiradoras”, relatou. Para Elizama Lemos, foi muito emocionante escutar as histórias das colegas de Instituição e reforçar o orgulho pela trajetória que cada uma delas constrói.

Para a mediadora, a assessora de Comunicação Social e Eventos da Reitoria, Clara Bezerra, a experiência foi muito exitosa e mostrou a possibilidade de novas rodas de conversa. "A ideia é promover espaços de diálogos sobre temas transversais à instituição, como trabalho, tecnologia, ecologia, feminismo, racismo, arte e cultura e outros, com atores institucionais: estudantes, egressos e servidores", completou.