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Pesquisa do IFRN analisa o empoderamento feminino

Projeto foi um dos um aprovados pelo Edital que fomenta trabalhos produzidos por mulheres no IFRN

Publicada em 24/01/2023 Atualizada há 12 meses

Ideia do projeto partiu da vivência da coordenadora, professora Sonia Cristina, ao computador.

O que a brasileira Nísia Floresta, a paquistanesa Malala e a britânica Ann Cotton têm em comum? São símbolos de empoderamento feminino. Em meio a uma sociedade onde a participação feminina nos espaços de poder e decisão é inferior à presença masculina, ações como o projeto de pesquisa “Percurso formativo e autoformativo de mulheres para seu empoderamento social” dão seguimento aos esforços dessas três mulheres e suas atuações na História.

Evolução humana

A pesquisa é desenvolvida pelas estudantes Brenna Bessa, Camille Lorrany e Hanani Oliveira, do curso superior “Tecnologia em Gestão Desportiva e de Lazer”, do Campus Natal-Cidade Alta do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (CAL/IFRN). O trabalho tem o objetivo de identificar e analisar o percurso formativo e autoformativo de mulheres para seu empoderamento social no processo de evolução humana.

A ideia surgiu a partir da coordenadora do projeto, professora Sonia Cristina Ferreira Maia. Ela conta que a inspiração foi sua própria história de vida: “Por ter sido aluna de escola pública a vida inteira, por ter conseguido subir vários degraus socialmente e ter conseguido mudar a minha realidade e a da minha família”. A professora conta ainda que, assim como ela, muitas mulheres podem influenciar outras a se empoderar, sendo protagonistas de sua própria história.

Autoformação

Por “autoformação” entende-se o processo educativo que se desenvolve ao longo da vida e vai além da formação escolar, envolvendo a vivência da pessoa. Camille Lorrany, uma das pesquisadoras, diz que a pesquisa também foi importante para quem esteve pesquisando. “A gente vê as histórias, vê os pontos culminantes que aconteceram na vida dessas mulheres, vê onde elas chegaram, vê o desenvolvimento, como, em meio às dificuldades, elas cresceram e tiveram um empoderamento”. 

Para a estudante Brenna Bessa, um trabalho com essa temática é necessário, pois mostra os desafios de mulheres para alcançar o lugar onde elas desejam chegar. “É importante para servir como inspiração a outras mulheres. Elas precisam tomar consciência do potencial que têm, precisam saber que elas podem, sim, ocupar os mesmos lugares que os homens”. Segundo a coordenadora do projeto, pode-se constatar que, mesmo diante dos desafios impostos socialmente, as mulheres entrevistadas "não se eximiram das tarefas a serem cumpridas e foram à luta". Está em desenvolvimento um portfólio com a história de mulheres que se destacam em suas profissões no RN.

Mulheres Mil

Entre as ações do IFRN que buscam valorizar a autonomia feminina está o Programa Mulheres Mil. Através da iniciativa, busca-se garantir o acesso à formação profissional e à elevação da escolaridade de mulheres do Norte e do Nordeste. Tendo como eixos a educação, a cidadania e o desenvolvimento sustentável, o Programa possibilita a inclusão social, através da oferta de uma formação voltada à autonomia e à criação de alternativas para a inserção de suas participantes no mundo do trabalho.

Desdobramentos

No dia 23 de março de 2023, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi/IFRN), com o apoio da Assessoria de Comunicação Social e Eventos (Asce/IFRN), vai realizar um evento. O objetivo é realizar uma roda de conversa sobre pesquisa realizada por mulheres e divulgar os trabalhos desenvolvidos por elas. Os detalhes sobre o evento serão divulgados em breve.

Palavras-chave:
pesquisa

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