O Centro de Tecnologia Mineral do IFRN (CT Mineral) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão unidos em uma iniciativa que promete transformar a mineração no país. Trata-se do projeto “Estudos Multidisciplinares de Redução de Impactos da Mineração e de Circularidade na Indústria Mineral do Brasil”, lançado pelo SGB em 2024, que busca integrar práticas de economia circular ao setor mineral, com foco na redução de resíduos e no reaproveitamento de rejeitos.

O projeto é uma iniciativa que integra a atuação do Comitê Temático Rede Brasileira de Arranjos Produtivos Locais de base mineral (CT RedeAPLmineral), do qual o Centro é integrante. O Comitê é uma rede nacional cooperativa que reúne agentes públicos e privados para promover o desenvolvimento sustentável de Arranjos Produtivos Locais (APLs) de base mineral, e que envolve o Ministério da Economia e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

O SGB definiu duas áreas-piloto em estudo: uma no Rio Grande do Sul e outra no Rio Grande do Norte. É neste último que o CT Mineral atua como parceiro estratégico, contribuindo para o fortalecimento do Arranjo Produtivo Local (APL) de Pegmatitos, que abrange o Rio Grande do Norte e a Paraíba.

Fortalecimento do APL de Pegmatitos

No dia 04 de agosto, o CT Mineral sediou o encontro de abertura das atividades do projeto, em parceria com o SGB. O evento apresentou o projeto Estudos Multidisciplinares de Redução de Impactos da Mineração e reuniu especialistas, gestores e representantes da sociedade civil atuantes na Província Pegmatítica Borborema/Seridó. Foi um momento estratégico para construir soluções inovadoras, fortalecer parcerias e impulsionar uma mineração mais sustentável e conectada com o território.

Já no dia 13 de agosto, foi realizada mais uma etapa de atividades do projeto, voltadas ao fortalecimento do APL de Pegmatitos. O CT Mineral foi representado por Elias Nunes, diretor de Planejamento e Negócios, que acompanhou de perto a programação ao lado da equipe do SGB.

A jornada começou no viveiro de mudas da Associação dos Produtores de Caulim de Equador (APCE), onde foram discutidas estratégias e ações específicas para o arranjo produtivo. Em seguida, a equipe visitou a planta de beneficiamento das minas de caulim, uma oportunidade de observar os processos em andamento e identificar pontos de melhoria. A programação se encerrou com a coleta de amostras coordenada pela geóloga Ana Paula Justo, do SGB, trabalho essencial para alimentar a base de dados do projeto e avaliar o potencial de reaproveitamento dos resíduos minerais.

Conectando conhecimento e prática

Além da equipe do CT Mineral, a ação contou com a participação do professor Marcondes Mendes, do Campus Natal Central do IFRN, acompanhado por estudantes do Laboratório de Processamento Mineral do Cnat.

Segundo Elias, “Essa integração entre pesquisa, ensino e setor produtivo é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras e para a formação de novos profissionais alinhados às demandas do futuro. Ao fortalecer parcerias e explorar novas possibilidades de aproveitamento mineral, o CT Mineral reafirma seu compromisso com uma mineração mais sustentável, capaz de unir produtividade, inovação e responsabilidade ambiental”, sentenciou.