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Música, flor que persiste no chão do Seridó

Estudante da primeira turma de Sanfona do Campus Jucurutu, Ícaro Fernandes vive arte a partir do sertão

Publicada em 18/08/2021 Atualizada há 1 ano

Ícaro Fernandes, 22, nascido em Caicó, é músico desde os 13 anos de idade, quando começou a cantar e tocar violão

O Campus Avançado Jucurutu do Instituto Federal do Rio Grande do Norte ainda está sendo construído. Suas atividades acadêmicas e administrativas, no entanto, não esperaram a inauguração do prédio. Atualmente alocado em uma escola cedida pelo município, em 16 de junho de 2021 a unidade deu início aos primeiros cursos de Formação Inicial e Continuada, voltados à Música. O eixo temático do Campus foi definido em audiências públicas realizadas na Câmara Municipal da cidade.

Ícaro Fernandes, 22, nascido em Caicó, é músico desde os 13 anos de idade, quando começou a cantar e tocar violão. O jovem diz ter a música como a sua maior paixão: “Está em minhas raízes o amor pela arte e pela musicalidade”, comentou. Filho do Seridó, Ícaro carrega do berço seu amor pela arte e, com sua família, faz parte do grupo de cultura popular Versos e Prosas, em sua cidade. “A gente trabalha com mamulengo, com música e poesia", disse.

Reencontro

"Meu contato com a musicalidade vem de muito tempo. Saber do curso de sanfona ofertado pelo IFRN renovou meu interesse pelo Instituto, que está na minha vida desde quando fui aluno do curso Integrado de Eletrotécnica no Campus Caicó, lá em 2014”. O músico seridoense teve contato com o Edital do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Sanfona através de sua mãe, que sempre está atenta aos grupos de cultura e produções culturais no Whatsapp “Quando minha mãe me repassou o Edital pela rede social, sabia que estava havendo a construção desse novo Campus na cidade de Jucurutu e agora em 2021, com o início das aulas, o interesse para participar do curso aumentou. Como já fui estudante do IFRN, sei que a Instituição tem ótimos professores e ensino de qualidade”, explicou.

Música: amor que corre no sangue

“Na música, em geral, minhas influências vêm muito dos meus pais. Aqui em casa desde sempre temos o costume de fazer tudo ouvindo música, então cresci ouvindo muita MPB, muito forró pé de serra e hoje me inspiro bastante nos seus intérpretes, principalmente Chico César, Caetano Veloso, Renata Rosa e Alceu Valença”. Com o amor pela música correndo em seu sangue, Ícaro já sonhava em tocar sanfona quando ainda era aluno do curso de Eletrotécnica. Em 2016 teve sua primeira tentativa de aprendizado com o instrumento, mas não continuou: “Fiz pelo menos uns dois meses, mas precisei abandonar, pois já estava chegando nos anos finais no curso Integrado, tendo uma carga de trabalho muito grande, então tive que optar por um dos dois naquele momento. A sanfona necessita de uma dedicação exclusiva para ser aprendida, então quando eu vi que surgiu o curso pensei que essa era a oportunidade que eu precisava para aprender”, relembrou. 

Atualmente, como estudante de Sanfona pelo IFRN, Ícaro tem como sua maior influência o amigo e compadre Lucas Silva que atualmente é o sanfoneiro e vocalista do Grupo Regional Ser Tão Matuto. “Como sempre em família, também faço desse grupo de música regional como zabumbeiro e vocalista junto ao meu pai (pandeiro e vocal), minha mãe (declamadora) e Agnes Félix (triângulo e vocal) que é a esposa de Lucas e minha comadre”.

Uma oportunidade de musicalidade no Seridó

Para o estudante, a música é flor do Seridó e ter um curso federal na região é um caminho para oportunidades “A região do Seridó é uma região muito ligada à música. É muito comum cidades dessa região ter as filarmônicas, ter os conjuntos musicais. Então não só o curso FIC, mas como os outros cursos que são destinados à área musical que serão oferecidos no IFRN terão extrema importância, porque não tínhamos uma instituição renomada com essa oferta por aqui. Aprendíamos música, mas não tínhamos uma capacitação“, esclareceu.

Ícaro se diz encantado com as primeiras aulas de sanfona e não poupa elogios ao falar da sua professora: “Acredito que esse curso FIC será um prelúdio para algo maior que está por vir; as aulas que participei até agora estão sendo ótimas, estou evoluindo bastante na sanfona, muito mais rápido e melhor do que na época que eu havia feito o outro curso. A professora Carol Benigno é  excelente, compreensiva, didática, tem um jeito de ensinar que nos ajuda imensamente a progredir com facilidade em um instrumento tão desafiador como a sanfona. Quando terminar o curso, já quero estar tocando algumas músicas e realmente passar a ter o domínio sobre a sanfona para continuar estudando”, finalizou.

Palavras-chave:
ensino

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