Portal IFRN

Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia em todo o Rio Grande do Norte

Dia Internacional das Mulheres

Mulher Federal: série de reportagens narra trajetórias e vivências de mulheres que constroem o IFRN

Série será publicada durante o mês de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher

Publicada por Ester Macedo em 07/03/2025 Atualizada em 7 de Março de 2025 às 14:18

Os 115 anos de história do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) foram construídos com muito esforço e dedicação. Essa história, tecida sob narrativas particulares, não viria sendo tão bem escrita se não contasse com a participação de servidoras, gestoras, estagiárias, terceirizadas e estudantes. Foram elas, com olhares sensíveis e um trabalho incansável, que ajudaram a moldar o Instituto, transformando cada passo dado em um avanço; cada conquista, uma vitória compartilhada.

Em meio a isso, a Coordenação Geral de Jornalismo e Imprensa da Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional (CGJI/Dici) elaborou uma série de reportagens em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Ao longo das publicações serão apresentados desafios superados, memórias ternas, conquistas marcantes e conselhos para outras pessoas, mulheres ou não, sobre o futuro.

Danielle é federal

Danielle Gomes de Freitas Medeiros é professora de Desenvolvimento Web do Campus Natal-Central, onde, desde 2013, ministra aulas para os cursos de Informática para Internet e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Confira abaixo a entrevista com ela.

Quais foram os maiores desafios enfrentados por você, enquanto mulher, nesse período trabalhando no IFRN?

“Sendo uma professora aqui na instituição, uma professora mulher aqui na instituição, eu acho que de modo geral os desafios são identificar as pequenas violências que existem, né? Também se perceber muito potente, muito importante, ter consciência das suas habilidades, da sua importância dentro de onde você está, eu acho que seria esse o desafio”.

Ao olhar para os anos trabalhados na Instituição, quais conquistas você destacaria?

“A gente tem uma tendência a diminuir nossas conquistas. Eu, inclusive, fui entrevistada por uma aluna de Licenciatura em Informática lá da Zona Norte [Campus Natal-Zona Norte] e ela perguntou sobre como é que ingressei na área de informática... A primeira coisa que eu falei foi que eu tive sorte. Veja só! Sempre subestimando as nossas conquistas. Hoje tenho como uma grande conquista, de muito orgulho, é que eu sou a professora homenageada de todas as turmas de Informática para Internet, curso do Integrado em que dou aula. Fico muito lisonjeada, nesse momento de conquista. Guardo com muito orgulho, eu fico muito é feliz por eles perceberem. No momento de eles colocarem nota dos professores, eles colocam a minha nota lá em cima e comentam que eu fiz um bom trabalho”.

Tem alguma memória que te marcou aqui na instituição?

“São muitas memórias... Nesse laboratório, então! Eu amo dar aula aqui. Os momentos em que as turmas vêm falar comigo, agradecem e colocam como foi importante o meu papel dentro da trajetória profissional delas. Outros momentos marcantes são dos eventos que tem, onde muitos contam com a participação de ex-alunos, que contam como é importante ter uma professora dentro de um curso que tem muitos homens. Inclusive houve um evento que organizei uma mesa só com mulheres maravilhosas, todas ex-alunas. São pequenos movimentos, feitos pelas mulheres para incentivar outras mulheres, que adquirem importância. Fazendo com que deixemos de lado essa síndrome de impostora, deixar de lado isso de ser sorte, como eu já falei. É um lugar para se ver e reconhecer nosso papel aqui dentro. E, claro, para mostrar para elas qual é o lugar delas e o que elas podem conquistar”.

Pensando no futuro, que conselho você daria para as meninas e mulheres que vão ingressar no IFRN?

“Confiar nas suas habilidades, ter consciência que você não não precisa saber de tudo e criar uma rede de apoio feminina. Também é se segurar em outras mulheres e ter essa consciência de que muitas de nós passam pelas mesmas situações. Enfim, é saber que está tudo bem se essa construção estiver indo devagar. Além de professora, sou mãe. Esse outro papel me faz ver por outros ângulos. Tenho consciência de que quando uma criança cresce, o menino tem habilidades trabalhadas de uma forma diferente das meninas. Enquanto os meninos foram estimulados de uma forma, as meninas foram estimuladas de outra forma. Meu conselho é que nos possamos aprender a ressignificar isso, para que as meninas tenham consciência de que elas são capazes, de que elas são importantes de que elas podem conseguir o que elas quiserem”.

Danielle Freitas em laboratório de informática - Foto: Luciano Vagno
Danielle Freitas em laboratório de informática - Foto: Luciano Vagno

*Texto feito em colaboração com Cecília Melo e Ester Costa estagiárias atuantes na Coordenação Geral de Jornalismo e Imprensa (CGJI) na Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional da Reitoria do IFRN. Ainda participam da série Renan Felipe, também da CGJI, e Luciano Vagno, da Coordenação Geral de Promoção Instituciona.

Palavras-chave:
IFRN Mulheres dia internacional da mulher

Notícias relacionadas