Neste sábado, 2 de setembro, foram realizadas as últimas competições da nona edição dos Jogos Intercampi dos Estudantes do IFRN. Com 1.490 estudantes participando das disputas, a edição 2023 superou em mais de 200 o número de atletas que se inscreveram nos Jogos de 2022.

Com sede nos campi Natal-Central e Parnamirim e atividades na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no evento foram disputadas as modalidades individuais de: Atletismo, Judô, Natação e Tênis de Mesa; e as modalidades coletivas: Basquetebol, Futebol, Futsal, Handebol, Voleibol, Xadrez e Vôlei de Praia.

De acordo com a comissão organizadora do evento, os Jogos buscam introduzir na vida dos estudantes a importância de uma vida saudável, através da prática esportiva. Além disso, as atividades objetivam ampliar o intercâmbio sociocultural e esportivo entre os campi do Instituto e contribuir para o desenvolvimento integral da aluna e do aluno como seres sociais, democráticos, autônomos e participantes, estimulando o pleno exercício da cidadania, através do esporte, para o desenvolvimento de uma cultura de saúde e do lazer.

O papel dos esportes no processo de aprendizagem

Participando dos Jogos pela segunda vez, Hudson Gabriel, aluno do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática do Campus Currais Novos, considera o Intercampi uma experiência incrível: "Os jogos de vôlei de quadra e de areia não apenas me proporcionaram momentos de competitividade saudável, mas também me permitiram criar laços inestimáveis com colegas de diferentes campi. Essas vivências deixarão memórias duradouras e estarão sempre em meu coração. Além disso, percebi como o esporte desempenhou um papel fundamental no meu processo de aprendizagem, ensinando valores como trabalho em equipe, disciplina e superação. Sem dúvida, recomendo que outros alunos também façam parte dessa emocionante jornada no Intercampi do IFRN", contou o atleta.

"Os Jogos Intercampi, sem dúvidas, é o campeonato mais aguardado por todos estudantes que são atletas e até aqueles que não são, que vão mais para prestigiar. Eu participei duas vezes, nas modalidades Atletismo e Futsal. As experiências vividas foram únicas, esse ano foi o meu último Intercampi. Irei guardar todos os momentos, seja por conhecer pessoas novas ou por poder prestigiar diversos talentos espalhados por outros campi. A prática esportiva me auxilia, de certa forma, no processo de aprendizagem, pois o esporte ensina a você ter responsabilidade, confiança em si e reforça a importância do trabalho em grupo. O esporte é, muita das vezes, um refúgio para um atleta", ressaltou Jucilene Teixeira, aluna do Curso Técnico em Mecatrônica do Campus Parnamirim. "Para os próximos estudantes que vão vivenciar os Jogos Intercampi, não tenham medo, esse é o momento de vocês esquecerem um pouco a pressão das matérias escolares. Se divirtam, conheçam pessoas novas e sejam felizes disputando suas modalidades", completou Jucilene.

Aluno do Curso Técnico em Programação de Jogos Digitais do Campus Ceará-Mirim, Kauê Silvestre também se despede dos Jogos após participar de duas edições. Com um total de oito medalhas na modalidade Natação, o estudante destaca que os momentos memoráveis de sua participação foram os amigos e professores torcendo e acreditando no seu desempenho, independentemente do resultado: "Destaco, em especial, as professoras Loreta Cavalcanti e Mônica Lima, que têm me apoiado desde 2022, e isso é algo que não tem preço", completou. "Minha experiência no IFRN foi única, e o Intercampi desempenhou um papel fundamental nessa jornada. 'O esporte transforma vidas'. Todos nós enfrentamos obstáculos que tentamos superar todos os dias, ou até ao longo de toda a vida. O detalhe é que - para muitos - o esporte é a válvula de escape para as adversidades da vida. O Intercampi, acima de competição, é um processo de evolução, superação e autoconhecimento. É inegável que cada estudante federal deveria se abrir para essa gama de sentimentos e experiências que o esporte proporciona", finalizou Kauê.

O esporte como elemento agregador

Para Bete Paiva, professora de Educação Física e coordenadora de Esportes do Campus Natal-Central, possibilitar a estudantes do IFRN a participação nos Jogos Intercampi implica muito além da vivência e apreciação de modalidades esportivas: "É uma oportunidade de desenvolver a autonomia, de aprender a lidar com o sucesso da vitória e/ou frustrações da derrota, do reconhecimento do trabalho coletivo, da necessidade de controlar as emoções, da interação entre os estudantes de diversos campi, é uma intensa semana de diversas aprendizagens, uma escola para a vida", ressaltou.

"Em 2023, realizamos os Jogos com fase única, onde o planejamento começou a ser executado em novembro do ano passado. Planejamos um evento pra cerca de 1.200 atletas, mas como a política esportiva do IFRN é muito forte, acabamos por ter a inscrição de 1.490 estudantes. Tivemos ótimas partidas com níveis técnicos muito elevados nas onze modalidades. Todas as decisões foram tomadas de forma democrática junto com a Comissão, tudo ocorreu como planejado", celebrou o professor Renier Dantas, coordenador geral dos Jogos.

"Eu enquanto profissional de Educação Física e por atuar na Instituição desde 1995, sei o quanto as práticas esportivas e as vivências dessas competições são importantes. O esporte deve ser um elemento agregador, que faz com que a gente supere nossas limitações, ultrapasse nossas marcas, que trabalhe o espírito de coletividade e respeito à diversidade e a individualidade de cada pessoa, e isso é notório em todas as modalidades. Os Jogos promovem oportunidades de trocas de conhecimentos, de conhecer novas culturas. A jornada que se iniciou na última segunda-feira, hoje ela finda e já recomeça, porque a partir do dia 25 de setembro tem mais, tem os Jogos Nordeste e todos os meninos e meninas que conseguiram vencer as suas modalidades agora vão se unir em torno de defender o IFRN e o estado do Rio Grande do Norte", disse o reitor do Instituto, professor José Arnóbio.