Educação
Instituto participa do II Encontro Estadual de Educadoras e Educadores do Campo Potiguar
Evento discutiu a formação profissional na área
Publicada por Cecilia Melo em 04/10/2024 ― Atualizada há 1 mês
Representantes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), participaram do II Encontro Estadual de Educadoras e Educadores do Campo Potiguar, ocorrido entre os dias 30/09 e 2/10 no Centro Administrativo do Estado.
O Encontro contou com a presença do assessor da Assessoria de Educação Étnico Racial, Gilson Junior, e do professor e coordenador do curso de Licenciatura em Educação do Campo no Campus Canguaretama, Márcio Maia. A iniciativa teve como objetivo aprimorar a formação dos educadores e construir mecanismos que, de forma coletiva, auxiliem na aplicação das diretrizes orientadoras para a Educação Básica no campo.
Desafios
O evento iniciou com o debate sobre os principais desafios da educação no campo em espaços escolares e não escolares, tendo em vista quatro princípios: Prática pedagógica, relação didática e curricular, relação da escola com a comunidade e o projeto político pedagógico.
Para o professor Márcio Maia, que participou da mesa de abertura, a criação e implementação de políticas públicas é um dos passos principais para o avanço na temática: "Nós temos questões muito importantes que vem sendo transformadas em políticas públicas, e o IFRN abraça a questão da transformação social por meio da educação, junto aos povos das águas, florestas e campos", disse.
O assessor da Assessoria de Educação Étnico Racial, Gilson Junior, foi o coordenador do Grupo de Trabalho 2, que debateu sobre o Ensino Médio e Educação Profissional. Segundo ele, o IFRN precisa estar cada vez mais inserido na vida do povo do Rio Grande do Norte: “Ter a possibilidade de participar deste evento abre caminhos de aproximação entre a rede estadual - neste caso de educação do campo - e a nossa instituição, de modo que ela possa estar cada vez mais aberta a diálogos que acolham as diferentes expressões culturais, agrupamentos humanos, práticas culturais e epistemológicas”, explicou o coordenador.
Ao fim do encontro, foi feito um relatório com os principais pontos debatidos e as proposições sobre eles, tais como: O contexto da educação no campo; como fazer os alunos e os professores perceberem a instituição enquanto escola do campo?, e a dificuldade e não reconhecimento dos estudantes com relação a sua identidade camponesa. “Essas propostas visam garantir que os jovens do campo possam fazer escolhas conscientes sobre seu futuro, reconhecendo a riqueza de sua identidade campesina e as diversas oportunidades que o campo pode oferecer. Ao integrar os mestres e mestras dos saberes, valorizar o território e promover a formação profissional, os jovens terão uma perspectiva mais positiva sobre o campo e poderão escolher explorar outros horizontes sem abandonar suas raízes e cultura”, define o documento.
*Texto feito em colaboração por Cecília Melo e Ester Costa, que estagiam na Diretoria de Comunicação Institucional do IFRN.