Celebração
Inovação e inclusão educacional – O IFRN ao longo de 115 anos
Desenvolvendo práticas pedagógicas inovadoras e inclusivas para a educação técnica e tecnológica
Publicada por Max Praxedes em 25/09/2024 ― Atualizada há 2 meses, 4 semanas
Em 2024, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) comemora 115 anos de uma trajetória marcada por tradição, transformação e inovação, reafirmando seu papel como referência em educação técnica e tecnológica no Brasil. Fundado em 1909 como Escola de Aprendizes Artífices, a instituição tem se adaptado às mudanças sociais e tecnológicas, expandindo-se para 22 campi e oferecendo uma ampla gama de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.
Ao longo de mais de um século, o Instituto tem sido um agente de desenvolvimento socioeconômico, promovendo a inclusão social e impactando positivamente a vida de milhares de estudantes e suas comunidades.
Seguindo a série especial de reportagens produzidas pelo Núcleo de Jornalismo da Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional em homenagem a esse marco histórico, a terceira publicação destaca a temática “Inovação e inclusão educacional”.
Transformação e planejamento
A evolução do IFRN nos últimos 115 anos abrange não apenas a ampliação física e de cursos, mas também uma transformação interna profunda, guiada pela busca constante por inovação e inclusão educacional. A Pró-Reitoria de Ensino (Proen) desempenha um papel central nesse processo, coordenando a oferta de cursos e programas que atendem às demandas contemporâneas, integrando novas metodologias de ensino e promovendo a inclusão de grupos historicamente marginalizados.
A pró-reitora de Ensino, Anna Catharina Dantas, explica que a Proen promove tecnologias educacionais e iniciativas voltadas para a inclusão, garantindo suporte a estudantes com necessidades específicas e implementando ações que valorizam a diversidade: “Desde a sua criação, a Proen tem aprimorado suas metodologias e fortalecido a educação profissional e inclusiva, sempre com o objetivo de oferecer uma educação acessível e de qualidade”, enfatizou. Entre as iniciativas estão programas de apoio a estudantes com deficiência, políticas de combate ao racismo e ações afirmativas para inclusão de estudantes afrodescendentes e indígenas.
Desempenho e modernização
O compromisso com a inclusão se reflete na implementação do Plano Estratégico de Permanência e Êxito (Pepe), desenvolvido pela Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Prodes). O pró-reitor em exercício, Raphael Fontes, destacou que o Pepe está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e busca melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes, preparando-os como agentes de transformação social: “O planejamento estratégico conduzido pela Prodes é essencial para garantir o crescimento e a qualidade da educação oferecida pelo IFRN, definindo prioridades de investimento e coordenando a alocação de recursos de acordo com os objetivos estratégicos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)”, afirmou.
O IFRN também tem investido na modernização de suas práticas pedagógicas e administrativas, incorporando tecnologias digitais e metodologias inovadoras que ampliam as possibilidades de ensino e aprendizagem. A internacionalização é uma dessas estratégias, permitindo que estudantes e professores participem de intercâmbios e projetos de pesquisa em parceria com instituições de outros países. Além disso, a instituição tem fortalecido suas redes de colaboração, promovendo eventos e conferências que fomentam o intercâmbio de conhecimento e a construção de uma comunidade acadêmica global.
Inclusão e diversidade
O IFRN é amplamente reconhecido por suas iniciativas inclusivas, oferecendo suporte e acolhimento a estudantes de diferentes origens e necessidades. A instituição, que valoriza a diversidade e promove a igualdade de oportunidades, é comprometida em garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade e ao pleno desenvolvimento de suas capacidades.
"Estudo no IFRN há dois anos e tem sido uma experiência muito boa. Eu não tive muito apoio nas escolas estaduais e municipais que frequentei, especialmente como pessoa com deficiência, onde muitas vezes somos esquecidos. No IFRN, é totalmente diferente. É uma instituição muito inclusiva, que oferece total apoio. Graças à minha determinação e ao suporte que encontrei aqui, consegui superar desafios que antes pareciam impossíveis. Hoje, consigo caminhar sozinha dentro do campus, algo que nunca fiz nas escolas anteriores. As pessoas da equipe de professores e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) são excepcionais, sempre prontos para ajudar, não apenas a mim, mas a todos os estudantes. Sou muito grata a essa instituição por todo o apoio e acolhimento que recebo diariamente", disse Sara Myllena, que cursa o Técnico Integrado em Mecatrônica no Campus Parnamirim.
"O IFRN tem sido um divisor de águas na trajetória de muitos jovens e de suas famílias, especialmente no que tange à entrada e permanência de estudantes negros, indígenas e quilombolas. A atuação da instituição no estado do Rio Grande do Norte e no cenário nacional vem sendo essencial para promover essas rupturas históricas. O debate sobre a diversidade — seja ela étnico-racial, sexual ou de acessibilidade — não deve ser apenas uma missão formal, mas algo que a instituição precisa abraçar cada vez mais. O IFRN tem contribuído profundamente para essas transformações; e é fundamental que continuemos a construir uma escola cada vez mais inclusiva e colorida. Que venham mais 115 anos de conquistas", celebrou o professor Gilson Júnior, coordenador de Educação Inclusiva e Direitos Humanos (Coedih) do IFRN.
Gestão e perspectivas
Ao longo de seus 115 anos, o IFRN consolidou-se como uma instituição de referência na educação técnica e superior do país. Com um olhar voltado para o futuro e um compromisso contínuo com a qualidade, a inclusão e a diversidade, o Instituto continua a transformar vidas e a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região: “Nosso objetivo é continuar sendo um espaço de acolhimento, equidade e transformação social, onde a inclusão educacional é a base para transformar vidas e construir um futuro mais justo para todas e todos. O IFRN seguirá sendo um espaço onde a inclusão é prioridade e transforma realidades”, afirmou o reitor do IFRN, professor José Arnóbio.
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