O projeto Caneta Plasma, desenvolvido no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), obteve uma carta de patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A iniciativa foi realizada em colaboração com o Ministério da Saúde, o IFRN e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), durante o período de 2018 a 2022, com o objetivo de construir e desenvolver uma caneta de plasma para o tratamento da cárie dentária.

De acordo com o professor João Marcos Teixeira Lacerda, o projeto foi idealizado para substituir a broca de alta rotação odontológica por um equipamento emissor de plasma, que é mais silencioso e indolor. Além do equipamento funcional no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde - Hospital Onofre Lopes (Lais-Huol), o Caneta Plasma resultou em artigos científicos, teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de cursos, cooperações internacionais e registros de programas de computador e patentes.

O projeto teve a contribuição de vários alunos e servidores do IFRN e da UFRN, nas quais vale destacar as atuações dos professores João Paulo Queiroz, como coordenador geral do projeto, professor do Campus Natal-Zona Leste e coordenador do Núcleo Avançado de Inovação (Navi), localizado no Campus Natal-Central; e do professor João Marcos Teixeira Lacerda, coordenador técnico-científico do projeto, professor do Campus Natal-Zona Norte e coordenador do Laboratório de Produtos Inovadores (Lapi), localizado no Campus Natal-Zona Norte.

"Desde o início do IFRN, submetemos 51 registros de patentes e 175 registros de software junto ao Inpi. Atualmente, temos outras duas cartas patentes concedidas: Regulador Eletromagnético de Frequência (REF); e Dispositivo para medições colorimétricas baseado em imagens digitais", comentou João Teixeira.

Edital de fomento à proteção da propriedade intelectual

O Edital n° 05/2023 - PROPI/RE/IFRN tem como objetivo fortalecer a proteção da propriedade intelectual na instituição, oferecendo apoio financeiro, orientação técnica e recursos para incentivar pesquisadores e equipes a protegerem suas descobertas e inovações. Além de promover a cultura de proteção intelectual, o edital estimula a colaboração entre áreas de pesquisa e reforça a posição do IFRN como um centro de excelência na geração e proteção de inovações.

Núcleo de Inovação Tecnológica do IFRN

O Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (NIT) do IFRN é crucial para proteger a propriedade intelectual gerada pela instituição. Ele desempenha um papel fundamental na identificação, proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual, garantindo que as descobertas e inovações sejam devidamente protegidas e possam ser utilizadas de maneira estratégica pela instituição.

O NIT é responsável por coordenar os processos de registro de patentes, registros de software e outras formas de proteção intelectual. Isso não apenas assegura os direitos dos criadores e colaboradores envolvidos nos projetos, mas também abre portas para oportunidades de parcerias, licenciamentos e transferência de tecnologia, contribuindo para a disseminação e aplicação prática dessas inovações.