O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) possui cinco unidades produtivas (UP) espalhadas pelo estado, os campi de Apodi, Currais Novos, Ipanguaçu, Macau e Pau dos Ferros. Os espaços promovem produção e análise de insumos para atender necessidades de programas desenvolvidos pelos campi. A Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Prodes) atua na integração dessas unidades por meio de assesoramento.

“É um trabalho árduo de todos os gestores no sentido de dar condições para que as Unidades Produtivas atuem com o alcance dos melhores resultados possíveis, funcionando como laboratórios para os seus estudantes e também produtos que possam ser utilizados na Instituição”, comentou a pró-reitora de Planejamento, professora Antônia Silva.

Segundo o assessor de projetos estratégicos, Márcio Bezerra, a Prodes pretende implementar uma cultura de maior eficácia na produção dos alimentos: “a pró-reitoria ainda tem como objetivo, com a equipe das unidades produtivas, uma logística de que a produção nessas unidades seja consumida por nossos estudantes em todos os campi”, afirmou o servidor.

Ainda de acordo com o assessor, a atuação de profissionais qualificados nas dependências desses espaços vai contribuir com uma melhor alimentação para a comunidade: “teremos uma alimentação balanceada e com o custo menor do que acontece hoje. A nossa proposta é buscar atender mais estudantes e por mais vezes ao dia. Por exemplo, o estudante que passar o dia todo no Campus, uma realidade para muitos que ficam no contraturno para estudar, praticar esporte ou para uma aula extra, terá garantida a merenda e refeições de qualidade durante toda a sua estadia na instituição”, enfatizou o dirigente. Ele ainda cita qual é o panorama esperado pela pró-reitoria: “almejamos que daqui a três ou quatro anos estejamos além da produção e consumo interno, vendendo a nossa produção excedente para a comunidade externa”.

Impacto nas comunidades locais

A unidade produtiva do Campus Currais Novas produz derivados de leite: queijos, iogurtes e doces. Essa produção faz parte da prática profissional dos alunos, permitindo a união entre teoria e prática no âmbito do desenvolvimento da tecnologia do leite e seus derivados, sendo uma forma de aproximar a formação com a prática profissional. Leonardo Marciano atua na coordenação da Unidade Produtiva do Campus, e avalia o cenário de atuação do espaço na comunidade do instituto: “as ações vêm sendo desenvolvidas de maneira efetiva por meio de parcerias, onde nós fornecemos produtos para instituições sociais e outros entes públicos, seja na capacitação de pessoal voltada a área de laticínios locais”, discorre.

A integração das unidades é um passo fundamental na criação de um ecossistema próprio que permitirá o desenvolvimento e a troca de materiais, produtos e experiências entre os diferentes campi. Leonardo ainda comenta quais são as perspectivas com a implementação desses processos: “a manutenção de uma rede integrada de fornecimento de matéria-prima fomenta o atendimento às demandas dos nossos próprios campi, desenvolvendo a sustentabilidade de nossas ações no presente com boas perspectivas para o futuro”.