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IFRN e Iphan discutem parcerias institucionais

Gestores dos dois órgãos federais discutiram propostas de convênio

Publicada em 18/11/2020 Atualizada há 1 ano

Ações de resgate e valorização do patrimônio material e imaterial estiveram em pauta

Em reunião realizada no Gabinete da Reitoria na manhã desta quarta-feira, 18 de novembro, o reitor pro tempore do IFRN e o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio Grande do Norte, Cláudio Machado, discutiram uma série de temas em comum às duas instituições e acenaram com a futura assinatura de um convênio para parcerias e projetos. À reunião também estavam presentes os pró-reitores de Extensão, Bruno Lustosa, de Pesquisa e Inovação, Samuel Gomes, e de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, José Ribeiro Filho.

O professor Josué Moreira destacou a importância do encontro: “Nesse primeiro convênio do Iphan com o IFRN, várias propostas se desenham como possíveis. Algumas delas foram tratadas na reunião da nossa gestão com o superintendente do órgão, o Cláudio Machado. Teremos muito trabalho para construir essa parceria, que vejo como uma oportunidade para geração de conhecimento nas áreas de Pesquisa e – principalmente – de Extensão para estudantes e docentes do Instituto, além de ser uma resposta à sociedade”, pontuou.

Propostas

Dentre as possíveis linhas de atuação conjunta, as propostas iniciais são:

  • Normatização do Centro Histórico de Natal – que vai demandar ações de Extensão e Pesquisa nas áreas da Cultura, da História, da Arquitetura e de Construção Civil, campos afins ao fazer dos campi Cidade Alta Natal Central, por exemplo;
  • Criação de softwares para auxiliar no levantamento e atualização de dados sobre o patrimônio histórico e cultural de Natal e para auxiliar no levantamento e atualização dos pontos históricos do Rio Grande do Norte, aproveitando a capilaridade do Instituto pelo estado
  • Desenvolver projetos de socialização de sítios arqueológicos no interior do Estado, envolvendo campi do interior, como Apodi, região onde há registro de pinturas rupestres;
  • Desenvolver ações em conjunto voltadas ao levantamento de atividades que componham o patrimônio imaterial do Rio Grande do Norte, como a capoeira, a literatura de cordel e o teatro de bonecos. Para essa iniciativa pretende se desenvolver um projeto que abranja todos os 22 campi do IFRN.  

Importância e abrangência

Segundo Bruno Lustosa, a reunião com o Iphan/RN buscou definir uma parceria com o intuito de estreitar ações de Extensão voltadas, principalmente, ao contexto histórico de preservação dos sítios históricos que o RN tem. “O IFRN tem uma vasta quantidade de servidores e estudantes com interesse nesse tema. Num primeiro momento, a ideia se mostra mais direcionada a ações ligadas ao fazer do Campus Natal-Cidade Alta. Na sequência de atividades, e com o acordo ou convênio entre as instituições já firmado, serão ampliadas as frentes e ações de Extensão a outros campi”, explicou o pró-reitor.

“Conversamos sobre temas em comum entre o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Instituto Federal para encontrar formas de trabalhar projetos em conjunto, contando com a parceria de professores e estudantes-bolsistas de cursos como Edificações, por exemplo. Além disso, também tratamos da possível construção de um edital específico, para ser executados em todos os campi, talvez como oficina, em que práticas e conhecimentos sobre capoeira, literatura de cordel e teatro de bonecos – patrimônios imateriais do Rio Grande do Norte – sejam repassados”, destacou Cláudio, superintendente do Iphan.

Para Samuel Gomes, pró-reitor de Pesquisa e Inovação, o convênio com o Iphan abre uma porta importante para que servidores e estudantes possam pesquisar e inovar nas diversas áreas relacionadas ao patrimônio histórico, material e imaterial, no Rio Grande do Norte: “Centros históricos e sítios arqueológicos, por exemplo, se utilizam de investigações de diversas áreas do conhecimento e têm o poder de despertar no corpo discente a vocação científica. Deve também ser ressaltada a importância de o Instituto Federal retribuir para a sociedade local o investimento nele feito, na forma de pesquisa, extensão, inovação e prestação de serviço para a comunidade, valorizando nosso passado, nossas raízes e o nosso patrimônio cultural”, disse.

Patrimônio Histórico

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do país, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.

O Iphan possui 27 superintendências e dezenas de Escritórios Técnicos, a maioria deles nas chamadas cidades históricas. No Rio Grande do Norte, o primeiro tombamento foi realizado em 1949, quando o Forte dos Reis Magos foi reconhecido como patrimônio cultural material nacional. Em nove municípios do RN existem bens tombados isoladamente; em Natal, no ano de 2010, o Instituto realizou o tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa

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