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IFRN conquista patente em parceria com a UFPB

Carta de Patente, concedida no dia 16 de agosto de 2023, é relacionada ao Dispositivo para Medições Colorimétricas baseadas em imagens digitais

Publicada por Ramon Soares em 08/09/2023 Atualizada há 9 meses, 3 semanas

O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) conquistou patente em relação ao Dispositivo para Medições Colorimétricas baseadas em imagens digitais (DMCbid). A conquista é fruto de parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Carta de Patente foi concedida no dia 16 de agosto de 2023.

O DMCbid foi idealizado pelo professor Carlos Monteiro de Lima, durante o desenvolvimento do seu mestrado em química, realizado no Programa de Pós-Graduação em Química da UFPB (PPGQ/UFPB), a fim de realizar os experimentos da sua pesquisa acadêmica, entre 2016 e 2017. A invenção foi depositada em 31 de maio de 2017, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), como Patente de Invenção, sob o número BR 10 2017 011449-0.

A construção contou com a participação de outros três colaboradores: Paulo Cesar Xavier de Lara, servidor administrativo do IFRN Campus Mossoró; David Douglas Sousa Fernandes, então estudante de doutorado no PPGQ; e do Professor Mario Cesar Ugulino de Araújo, orientador da pesquisa.

Dispositivo para Medições Colorimétricas baseadas em imagens digitais

O DMCbid pode ser compreendido como um estúdio fotográfico voltado para uso em análises químicas, que o permite ser chamado de “Estúdio Fotoanalítico”, um gabinete com iluminação controlada que pode funcionar acoplado um aparelho smartphone ou tablet, podendo, numa futura construção industrial, ser dotado de câmera fotográfica e display próprios. Contém uma gaveta porta-amostras, que pode receber amostras nos estados sólido, líquido ou gasoso.

As imagens obtidas com o DMCbid são processadas, geralmente com sua decomposição pixel a pixel, coletando-se as informações de componentes de cores RGB (vermelho, verde e azul), que posteriormente podem ser apresentadas como um gráfico de distribuição de intensidades de cores (histogramas).

As informações obtidas podem ser usadas para classificar amostras ou quantificar analitos, com uso de ferramentas quimiométricas. Como exemplo de classificação, é possível citar a própria pesquisa desenvolvida pelo Professor Monteiro, onde o Estúdio Fotoanalítico foi usado para classificar vinhos tintos em função de sua origem geográfica, vinícolas produtoras e variedades de uvas usadas na produção, onde se obteve acurácias superiores a 96%.

No momento, pesquisa em desenvolvimento na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está utilizando o Estúdio Fotoanalítico para analisar cervejas, com proposta de desenvolver novas metodologias de análise que ofereçam vantagens e benefícios, como: baixo custo, alta velocidade, não uso de solventes e reagentes tóxicos, entre outras.

João Teixeira, diretor de Inovação Tecnológica, acredita que a conquista “aumenta a sinergia para o desenvolvimento de projetos de inovação no IFRN”. Além disso, o diretor salienta o impulso gerado a outros projetos. “Impulsiona para que outros projetos de pesquisa procurem desenvolver uma inovação e que essa inovação seja registrada, patenteada e protegida, reforçando o papel inovador do Instituto”, completa.

Propriedade Intelectual no IFRN

Anualmente, Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi), por meio da Diretoria de Inovação Tecnológica (Ditec), capacita servidoras e servidores sobre redação de patente e propriedade intelectual, a fim de incentivar a inovação e transferir a tecnologia à sociedade. O curso aborda temas como direitos autorais, patentes, marcas e programa de computador, com o intuito de aumentar os indicadores de proteção em propriedade intelectual, dando ênfase à escrita de patentes.

O Edital n° 05/2023, publicado pela Propi, também reforça o apoio institucional do IFRN à proteção da propriedade intelectual da comunidade acadêmica. O documento rege convocação para submissão de propostas para registro de propriedade intelectual junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) representada pelo Sistema Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) advindas de pesquisas desenvolvidas por servidores e estudantes do IFRN.

Palavras-chave:
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Patente
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