Gestão
IFRN 115 anos: pesquisa, pós-graduação e inovação-coordenação e apoio à produção científica
Percepções e histórico dos desafios e avanços da pesquisa e pós-graduação no IFRN ao longo dos últimos quatro anos
Publicada por Giovanna Benfica em 13/02/2025 ― Atualizada em 13 de Fevereiro de 2025 às 11:51
Como encerramento da série especial de retrospectiva, organizada pela Coordenação Geral de Jornalismo e Imprensa da Diretoria Sistêmica de Comunicação Institucional (Dici) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), esta reportagem aborda as principais marcas deixadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (Propi) em termos de conquistas e desafios nos últimos quatro anos.
Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação
A Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFRN é responsável por planejar, coordenar e fomentar as atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação dentro do Instituto. Seu trabalho inclui o apoio a grupos de pesquisa, o incentivo a projetos de iniciação científica, a gestão de bolsas de pesquisa e o fortalecimento da relação entre o IFRN e o setor produtivo, por meio de parcerias e inovação tecnológica.
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Desafios, Avanços e Perspectivas para o Futuro
A seguir, confira a entrevista com Avelino Neto, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFRN, que compartilha os avanços alcançados pela Propi entre 2021 e 2024, os desafios enfrentados na gestão, as contribuições para as metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os projetos de destaque em 2024 e as perspectivas para o futuro. A conversa destaca o papel da pesquisa aplicada e da inovação tecnológica na consolidação do IFRN como referência no desenvolvimento científico e no impacto social ao completar 115 anos de história.
Ao olhar para os últimos quatro anos (2021-2024), quais conquistas você destacaria como mais importantes na sua área e como elas impactaram a comunidade acadêmica e externa?
Avelino destacou diversas conquistas importantes na área de Pesquisa e Inovação, como a reabertura do Centro de Referência em Tecnologia Mineral (CT Mineral), com novos equipamentos e o credenciamento da unidade como EMBRAPII, que resultou na captação de R$ 3.000.000,00 para o desenvolvimento de projetos de inovação. "A renovação do credenciamento da EMBRAPII foi um marco", afirmou. Na Comunicação Científica, o destaque foi a publicação de 71 livros e a obtenção de uma Menção Honrosa no 8º Prêmio ABEU em 2022. Para Avelino, essas publicações contribuíram para a visibilidade nacional da Editora IFRN e para o fomento à ciência no Brasil. Na Pós-Graduação, a Propi obteve R$ 2.500.000,00 em bolsas para mestrado e doutorado, além de R$ 80.000,00 em equipamentos da CAPES. O reconhecimento de diplomas de pós-graduação do exterior também foi uma grande conquista, com 41 diplomas reconhecidos pelo IFRN.
Quais foram os maiores desafios enfrentados pela sua área nesse período e como eles foram resolvidos, especialmente no contexto da gestão institucional?
O déficit de pessoal e orçamento foi um dos maiores desafios enfrentados. Avelino ressaltou a necessidade de cooperações entre servidores da Reitoria e a captação de recursos externos como soluções para amenizar essas dificuldades. Outro desafio importante foi a adaptação aos procedimentos jurídicos do Marco Legal da Inovação. A adequação das normativas institucionais foi crucial para garantir a segurança jurídica das parcerias e proteger a propriedade intelectual. O resultado dessa adaptação foi o crescimento dos indicadores de inovação, com mais patentes registradas e ampliação de parcerias com empresas.
De que maneira sua área contribuiu diretamente para atingir as metas e prioridades estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)?
A Propi foi fundamental para o sucesso de projetos estratégicos do PDI, como o fortalecimento da pesquisa aplicada e a ampliação da pós-graduação. Avelino destacou iniciativas como o fomento a Laboratórios Multiusuários e os projetos para Mulheres Jovens Cientistas, que contribuíram diretamente para os objetivos de pesquisa, inovação e equidade de gênero. Além disso, a captação de recursos extraorçamentários, como os provenientes do CNPq e FINEP, também ajudou a cumprir as metas do PDI.
Em 2024, quais projetos ou ações desenvolvidas por sua área você considera mais marcantes para fortalecer o papel do IFRN na educação e na sociedade?
Em 2024, a Propi se destacou pela diversidade de editais de fomento à pesquisa, como as bolsas de iniciação científica e o Cartão Pesquisador, que fortaleceram a cultura de pesquisa no IFRN. Avelino ressaltou o impacto dessas ações no aumento da submissão de projetos a editais externos e o sucesso crescente da instituição em competições nacionais e internacionais. Outro grande destaque foi o novo edital de Fomento à Produtividade em Pesquisa, que reconheceu o potencial dos pesquisadores do IFRN e ampliou o apoio à pesquisa no estado.
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Pensando no futuro, que aprendizados, perspectivas ou sugestões você considera importantes para o próximo ciclo de gestão do IFRN?
A Propi planeja interiorizar a pós-graduação stricto sensu, democratizando o acesso ao ensino superior por meio da estrutura multicampi do IFRN. "Essa perspectiva está alinhada com a inovação, que deve ser vista como vetor de desenvolvimento regional", comentou. Além disso, a Propi espera expandir a parceria com o setor produtivo, promovendo o avanço tecnológico e econômico do estado. O fortalecimento da cultura de pesquisa e inovação também é uma prioridade, com o objetivo de levar as soluções desenvolvidas no IFRN para o mercado e gerar impactos sociais positivos.
Ao chegar aos 115 anos, o IFRN é uma instituição de referência dentro e fora do Rio Grande do Norte. Para sua pasta, qual legado destacaria como o mais relevante, acadêmica e socialmente, do Instituto para a sociedade?
Avelino destacou a oferta de educação pública e gratuita como o maior legado do IFRN. "A pesquisa no IFRN tem um papel fundamental na formação integral dos estudantes, sempre com foco na qualidade socialmente referenciada", afirmou. Além disso, ele mencionou o impacto da Propi na promoção da equidade de gênero, com ações como a pontuação diferenciada para mulheres mães e o Edital Mulheres Jovens Cientistas. Na área de inovação, o fortalecimento das parcerias com empresas e a ampliação das patentes também são legados importantes, assim como o Polo de Inovação do CT Mineral, que coloca o IFRN em destaque nacional na pesquisa e desenvolvimento voltados para o setor mineral e industrial. Por fim, a pós-graduação stricto sensu do IFRN, com a oferta de doutorados em áreas-chave como Educação Profissional e Ciências Ambientais, também é um legado positivo para a sociedade potiguar.