Na manhã de hoje, os estudantes do Campus Natal-Central do IFRN foram surpreendidos pela visita do reitor do Instituto, Wyllys Farkatt, ao refeitório da unidade de ensino. Com uma comitiva formada pelo diretor de Atividades Estudantis, Erivan Sales do Amaral, pelo assessor de Suporte Técnico da Reitoria, Francisco das Chagas Mariz Fernandes, pelo diretor de Administração do Campus Natal-Central, Francisco Antônio de Pontes, pelo diretor administrativo-financeiro da Funcern, Francisco Dimitrov de Melo, e pelo Coordenador Geral de Projetos da Funcern, Emerson Cortez, o reitor não só visitou as instalações do refeitório, como também almoçou junto aos estudantes. Participou do almoço o diretor-geral do Campus Natal-Central, José Arnóbio Filho.

A intenção era verificar a qualidade das instalações e da refeição servida, a fim de avaliar a implantação do modelo de funcionamento em outros campi. Até o início do ano, a alimentação dos estudantes era de responsabilidade de empresas terceirizadas. "Recebíamos reclamações todos os dias sobre o sabor dos alimentos. Tínhamos que gerenciar ainda atrasos nas entregas", disse Fátima Nunes, nutricionista do Campus. Em razão disso, foi desenvolvido um novo projeto para o refeitório, que previa tanto a reforma do espaço como um novo modelo de funcionamento: o próprio Campus seria responsável pela preparação e fornecimento dos alimentos. À frente do serviço, ficariam as nutricionista Fátima e Ana Maria de Lima.

O projeto foi abraçado pela direção-geral e a reforma começou em janeiro de 2015, terminando em outubro. Depois veio a segunda fase: adquirir os equipamentos necessários para o funcionamento de uma cozinha em proporção industrial. No início deste ano, o refeitório começou a funcionar no novo modelo e a insatisfação dos estudantes se transformou em elogios.

"A nutricionista é um amor de pessoa e sempre pergunta se a comida está boa. Os funcionários também são muito receptivos. Os alimentos são bem temperados e agora temos mais frutas e verduras, além da opção para vegetarianos e suco de fruta. Antes a comida vinha sem tempero e às vezes até mal cozida", disse Heriberto Silva Nunes, aluno da licenciatura em Matemática. Ele e os colegas Thierry Ferreira Cavalcante e Itaiara Iza, do mesmo curso, são bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). "Passamos o dia quase todo no Campus. Aqui tomamos café, almoçamos e lanchamos", disse Itaiara.

Com o novo sistema, quem prepara os alimentos são os servidores terceirizados, supervisionados pelas nutricionistas. "Fazemos questão de oferecer uma comida saborosa e saudável. Compramos açafrão, cominho e outros temperos a fim de diminuirmos a quantidade de sal, o que vem sendo bem aceito", declarou Fátima Nunes. Enquanto falava isso, experimentava a canjica que estava sendo feita por João Olimpo do Nascimento, servidor terceirizado. O prato típico será servido amanhã (24) como sobremesa, em razão das festividades juninas. "A gente faz o serviço sempre pensando no melhor para os alunos. As nutricionistas acompanham a limpeza e o manuseio dos alimentos, das panelas, de tudo", declarou.

"Nós temos o maior orgulho desse espaço aqui. Eu e Arnóbio (diretor-geral) vínhamos quase todos os dias quando estava em reforma. Antes, quando era terceirizado, a gente atendia cerca de 300 estudantes. Agora, com o mesmo valor, estamos servindo quase 600 refeições, só no almoço", destacou o diretor de Administração do Campus. 

Segundo o diretor de Atividades Estudantis, estão sendo feitas visitas aos campi a fim de avaliar os espaços dos refeitórios para a implantação do modelo. "Já começamos a pesquisa para a aquisição dos equipamentos de cozinha necessários", concluiu. Os alunos atendidos com as refeições são os beneficiados com os programas de assistência estudantil.