O filme curta-metragem “A Chuva Guarda”, produzido por estudantes do Campus São Paulo do Potengi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) venceu a categoria "90 segundos IFRN" do 16º Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa. O evento ocorreu nos dias 28 e 29 de novembro no município de Baía Formosa/RN, e reuniu cerca de 2 mil pessoas.

Este ano foi a primeira vez que o Festival incluiu uma categoria específica para os estudantes do Instituto, que teve o intuito de promover um espaço de experimentação e promoção dos novos talentos estudantis na área do audiovisual. Para os estudantes a oportunidade de expor o trabalho foi importante, pois “mostra que o festival acredita na gente e dá espaço para quem ainda está começando. Isso motiva bastante, e também incentiva alunos novos, nos faz sentir realmente vistos dentro da área audiovisual”, disse Hemerson Cruz, um dos diretores do curta premiado.

A Chuva Guarda

Os filmes submetidos precisavam seguir o tema “Água”, e os estudantes contaram que fizeram o curta especialmente para concorrer ao Festival. A ideia foi fazer algo que tivesse o guarda chuva como um dos elementos centrais, e contasse a história de uma pessoa idosa.

Além de Hemerson, “A Chuva Guarda” foi dirigido e atuado pela também estudante do Curso Técnico de Informática para Internet, Danielly Rodrigues. O filme integra o projeto “Miradas”, desenvolvido pela professora de Língua Portuguesa e Literatura do Campus, Julianny de Lima, e surgiu no final do ano letivo de 2024, quando a professora fez um festival de curtas-metragens com quatro turmas de primeiros anos.

“Nós acompanhamos os alunos desde a ideia original, que surge a partir da criação de crônicas sobre o cotidiano. Essas crônicas, depois de escritas e revisadas, se tornam roteiros para a produção audiovisual e esses roteiros são filmados, editados, e os alunos também fazem a divulgação, com a preparação de cartazes e tudo, para participar, inclusive, de um festival competitivo”, contou Julianny.

Próximos passos

Outros filmes do “Miradas” também concorreram no Festival, e os estudantes do projeto já foram reconhecidos outras vezes pelo seu trabalho, tendo sido selecionado no Prêmio LED 2026 como uma das 80 iniciativas mais inovadoras da educação brasileira.

“Então, não é a primeira vez que nós passamos por essa situação de ter esse reconhecimento da qualidade desses cursos desenvolvidos, e temos a certeza que também não será a última. Os estudantes são orientados, inclusive, sobre a possibilidade de continuar a trabalhar com audiovisual depois do fechamento do ano. O Festival e outras demandas são possibilidades, então existe também a perspectiva de fazermos parcerias com outros projetos”, comentou a professora.

Para o futuro, Hemerson e Danielly pretendem continuar no ramo do audiovisual: “A experiência com o curta e com o festival só reforçou o quanto gostamos do que fazemos. Inclusive, já temos um novo projeto em andamento. Nossa equipe, a Regulus, trabalha com muita dedicação e competência, sempre buscando entregar algo de qualidade e que nos represente. Seguimos animados para os próximos passos e para continuar criando novos filmes”.