Para o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) o estágio é uma das ferramentas que mais têm contribuído para a inserção dos estudantes no mercado de trabalho, servindo como uma ponte entre o conhecimento adquirido em sala de aula e a prática no mercado de trabalho.

O estágio no IFRN é mais do que uma exigência curricular, é uma oportunidade para os alunos testarem suas habilidades, descobrirem suas áreas de interesse e começarem a construir suas carreiras profissionais. As experiências práticas vivenciadas durante o estágio permitem que os estudantes desenvolvam competências técnicas e comportamentais essenciais para a vida profissional, como a capacidade de resolver problemas, tomar decisões e trabalhar em equipe. Como é o caso de Sara e Pietro, egressos do instituto que viram no estágio, uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho.

Sara Gomes

Sara Gomes, egressa do curso técnico em eletromecânica no Campus Canguaretama (2016-2019), estagiou por cerca de dois anos na Camanor S.A, uma empresa de carcinicultura na cidade. Durante o estágio, ela atuou no setor de planejamento e controle de manutenção, onde suas funções incluíam o calendário de manutenções de máquinas, inspeções, compras de materiais e emissão de ordens de serviço.

Sara relembra o quanto o estágio foi essencial para sua formação: "Foi nesse período que eu me encontrei no curso. Apesar de ser um curso muito prático, não tínhamos uma noção completa de como seria o mercado de trabalho, e o estágio proporcionou isso. O apoio do IFRN e do meu orientador foi fundamental."

Hoje, apesar de não ter seguido na área técnica, Sara continua no IFRN, agora como estagiária de comunicação do Campus Canguaretama: "É mais uma oportunidade de crescimento que levo comigo para além da instituição. O IF abre as portas e nos acompanha em boa parte do caminho."

Pietro Dantas

Outro exemplo é o Pietro Dantas, que concluiu o curso Técnico Integrado em Logística no IFRN entre 2015 e 2019. Pietro atuou como jovem aprendiz na Miranda Computação e realizou estágio na Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante, onde trabalhou como auxiliar de almoxarifado. Ele acredita que o estágio foi essencial para sua formação acadêmica e pessoal: "A prática profissional trouxe a vivência das operações do dia a dia e me preparou para o mercado de trabalho."

Pietro reforça que a experiência no estágio abriu portas importantes: "Além da prática profissional, o IFRN proporciona o aprendizado necessário para estarmos aptos ao mercado de trabalho."

O papel do estágio

Nos últimos 13 anos de registro, o IFRN já contabiliza 5.215 estágios encerrados e 768 estágios em andamento, mostrando o impacto dessa prática na vida de inúmeros estudantes e egressos. O programa de estágio exerce uma função essencial na formação integral dos estudantes, proporcionando-lhes a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula em situações reais de trabalho.

Segundo Luciana Rabelo, assessora do mundo do trabalho, o estágio vai além do simples cumprimento de uma etapa curricular. “A maioria dos nossos estagiários vêm dos cursos técnicos integrados, que exigem não apenas habilidades técnicas, mas também o desenvolvimento de competências sociais, éticas e profissionais”, explica.

De acordo com a Resolução 25/2019 do Conselho Superior do IFRN (Consup), o estágio é considerado uma modalidade essencial de prática profissional. O principal objetivo do programa de estágio é garantir que os alunos tenham contato direto com o ambiente de trabalho de suas áreas de formação. Isso não só os ajuda a compreender as exigências do mercado, mas também a desenvolver habilidades interpessoais e ampliar sua rede de contatos profissionais. Além disso, Luciana destaca que "o estágio é uma oportunidade valiosa para os estudantes avaliarem suas escolhas profissionais, identificarem áreas de interesse e aprimorarem suas competências".

Nos últimos anos, as metas do programa têm sido alcançadas progressivamente, com o aumento do número de vagas de estágio, fortalecimento das parcerias com empresas e um acompanhamento mais próximo dos estagiários.