No Campus Natal-Central do IFRN, modalidades Judô, Xadrez, Voleibol, Handebol, Basquete, Futebol, Tênis de Mesa e Vôlei de Praia movimentaram os espaços esportivos. As disputas ocorreram em quadras, tatames e áreas abertas da unidade, reunindo equipes de diferentes estados e concentrando grande fluxo de atletas, técnicos e torcidas ao longo do dia.

Distante alguns quilômetros, desde o lado de fora do Ginásio do DED, já se podia ouvir o som característico das quadras: os tênis no piso e os gritos das torcidas, onde sotaques de várias regiões do país se misturavam: havia partidas de Futsal em disputa.

Não longe dali, na UFRN, as provas de atletismo — Lançamento do Disco, Salto Triplo, 200m rasos, 800m rasos e 50m rasos PCD — ocorreram na pista ao ar livre, instalada em área com vista para a mata atlântica: o ambiente aberto favoreceu a circulação do público e permitiu acompanhar de perto o desempenho de dezenas de atletas, que se revezavam nas diferentes provas ao cair da tarde.

O clima de energia e entusiasmo tomou conta de Natal nesta terça-feira, 25 de novembro. Não havia dúvidas - os Jogos das Instituições Federais (JIFs) começaram! Reunindo mais de 900 estudantes de 31 Institutos Federais, o primeiro dia de competições foi marcado não apenas pela garra nas disputas, mas também pelas histórias de vida que se cruzaram nos locais de prova e por pódios.

Expectativas e o sonho da medalha

Chegar à etapa nacional é a realização de um sonho e o ápice de uma longa jornada de treinos. É o caso de dezenas de estudantes/atletas, como Ana Clara Silva Cruz, estudante de Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Rondônia. Ela expressou a alegria de sua equipe. "Estamos muito contentes de ter conseguido chegar na etapa nacional, para nós é muito gratificante. Por isso, o objetivo é entrar em quadra e dar o nosso melhor", declarou.

Esse sentimento é compartilhado por atletas de várias outras partes do Brasil. Diretamente do Espírito Santo, as jogadoras de vôlei de praia Larissa Mendonça e Bruna Custódio Barbosa também chegaram com otimismo. "A gente está muito animada, com muita expectativa, uma expectativa positiva. Tentar colocar nosso jogo em quadra e fazer o possível para sair daqui com a medalha representando o nosso estado", afirmou Larissa. Bruna complementou, ressaltando o valor do esforço coletivo: "Minhas expectativas para os próximos dias é que todos nós possamos fazer um bom jogo, nos desempenhar muito bem e conseguir sair daqui felizes com um bom resultado, porque é o que importa".

A força de jogar em casa

Competir em casa traz uma mistura de conforto e responsabilidade. Para Nuno Dupon Dórea, atleta de basquete do Campus Natal-Central (CNAT) do IFRN, a empolgação é grande, mas o foco permanece. "Estar em casa é mais aconchegante, mas não diminui as responsabilidades. É necessário fazer o nosso melhor em quadra e tentar ganhar, estamos competindo com os melhores times", destacou.

Participando de sua primeira competição nacional, Luca Mesquita Xavier, do futsal do CNAT, vê o evento como uma oportunidade única de crescimento. "É uma experiência muito gratificante, porque estou tendo a oportunidade de competir com atletas de todos os estados", disse. Para ele, o aprendizado vai além do placar final: "Independente da vitória ou derrota, acho que faz parte do aprendizado do ser humano".

Educação e esporte: uma aliança que traz vitórias

Um tema recorrente nas falas de cada estudante é a poderosa conexão entre esporte e educação. Artur Liana, como Larissa e Bruna, estudante de Eletrotécnica do Instituto Federal Espírito Santo e membro do time de basquete, acredita que a prática esportiva é fundamental para o sucesso acadêmico. "Para mim, o esporte traz disciplina e comprometimento, melhorando o desempenho para estudar, pois o descanso no esporte gera foco no estudo", explicou.

A mesma visão é compartilhada por João Victor e Miguel Felipe, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, que vieram representar o campus Ibirubá no vôlei. Eles afirmaram que é através dessa junção que se desenvolvem habilidades como a disciplina, característica essencial para um bom estudante e um bom atleta. Ana Clara, de Rondônia, reforça essa ideia, vendo o esporte como um fator de permanência na escola: "É um incentivo para o atleta, pois é possível a participação de campeonatos grandes como o JIFs".

O esporte como janela para o mundo

Mais do que medalhas, os JIFs proporcionam experiências que transformam vidas. Lucas Freire de Lima, do Campus Campo Novo do Instituto Federal do Mato Grosso, celebrou a vitória de sua equipe de futsal contra o Instituto Federal Maranhão e a chance de vivenciar uma nova cultura. "Viemos do Centro-Oeste, então aqui é tudo novo, o clima, tudo diferente. É uma grande oportunidade de conhecer novas culturas, novos ambientes. Está sendo um grande momento em nossa vida", relatou.

Para Maria Eduarda, do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul, o esporte foi sinônimo de oportunidade em um sentido ainda mais amplo. Ela contou que, graças ao empenho dos Institutos Federais na área esportiva, teve a chance de fazer seu primeiro voo de avião e de ver o mar pela primeira vez.

Essas histórias, assim como outras que traremos aqui durante as competições, são testemunho de que a união entre educação e esporte não se limita a conquistar vitórias, mas se expande para abrir horizontes e transformar o futuro de centenas de jovens.

Resultados

Para acompanhar os resultados de cada modalidade em disputa, acesse a página especial dos JIFs 2025 aqui no Portal IFRN.